Em janeiro deste ano o Portal publicou uma matéria sobre o divórcio do Pr. Jabes Alencar, que trocou sua esposa por uma bem mais jovem .
Na época, levantamos uma discussão: o cristão (ou o pastor, no caso) podem casar mais de uma vez? Os comentários foram muitos, mas a grande maioria, formada substancialmente por cristãos, repudiou o ato do pastor Jabes, defendendo que todos nós só podemos casar uma única vez, não sendo permitido, então, o divórcio. Jesus diz em Mateus 5:32 que, apenas no caso de infidelidade conjugal, podemos nos divorciar de nosso cônjuge. E aprofunda ainda mais o assunto dizendo que, caso venhamos nos divorciar e nos casemos novamente, estaremos em adultério.
Se formos seguir a questão estritamente atentos ao que a Bíblia diz vemos que divórcio é abominável aos olhos de Deus. É aquela velha história do que Deus uniu que não separe o homem. Até aí, tudo bem.
Mas por quê, então, o Pr. Silas Malafaia, que é tão conhecido por suas polêmicas e “por sempre falar aquilo que os outros queriam falar mas não tiveram coragem”, não falou nada sobre o assunto do Pr. Jabes? Silas Malafaia fechou os olhos para o pecado do seu melhor amigo?
Para muitos cristãos, Silas é o maior líder cristão brasileiro. Suas posições contra os gays, travestis, transexuais, aborto, adoção de crianças por casais do mesmo sexo, descriminalização da maconha, dentre outros assuntos polêmicos, sempre geraram muita repercussão. E o embasamento do pastor para ser contra tais pautas é sempre o mesmo: a Bíblia condena. Ainda que alguns assuntos a Bíblia nem mencione.
Tempos atrás, inclusive, Silas caiu em cima do escritor Caio Fábio, que também se separou da mulher e casou-se com outra. O que gera a dúvida é: se o pastor Silas Malafaia é tão destemido e não possui rabo preso, qual o motivo dele esconder o pecado de seu melhor amigo, Jabes Alencar? Será que, por ser amigo de Silas, o Pr. Jabes não está sujeito ao que a Bíblia diz sobre divórcio?
No twitter não tem nada. Nenhuma campanha “contra os adúlteros”. Nem um twittaço “em defesa da família”. Silas simplesmente nunca se pronunciou sobre o assunto. O silêncio sobre o tema ainda é lei.
Qual a coerência de alguém que demoniza a homoafetividade e acolhe o adultério? Santo relativismo: vai ser pecado dependendo de quem o cometa, então. Se é um gay que eu não conheço vai para o inferno, se é um adúltero amigo meu não tem problema algum. Como isso é possível?
Parece que a complexidade da natureza humana é complexa até para alguém tão doutrinário e legalista como Silas Malafaia. Os tempos ainda são os mesmos, mas tendem a mudar.
E você, o que acha?
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Tadeu Ribeirotadeuribeiro@portaldt.com
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