terça-feira, 11 de agosto de 2015

BENÇÃO PURA - Em 1ª votação, Câmara Municipal de SP aprova Plano de Educação sem 'gênero'

O plenário da Câmara Municipal de São Paulo aprovou na noite desta terça-feira (11) com 42 votos a favor, dois contrários e nenhuma abstenção o PME (Plano Municipal de Educação). O substitutivo, que excluiu a palavra gênero, já havia sido aprovado no dia 10 de junho pela Comissão de Finanças e Orçamento. Uma nova votação será realizada em 25 de agosto. Essa foi uma derrota do movimento LGBT, que reivindicava a inclusão da diversidade de gênero no plano.
O projeto de lei, que prevê uma série de metas para a educação no município ao longo de dez anos, tem causado polêmica por ter retirado o debate de gênero nas últimas discussões da casa. Durante toda a tarde, cerca de 300 manifestantes se reuniram na frente do Palácio Anchieta para pressionar os vereadores sobre a questão de "gênero". Em todas as sessões, movimentos opostos - LGBT e religiosos - tem disputado espaço no plenário para protestar.
Em julho, os vereadores de São Paulo derrubaram, por sete votos a um, parecer ao texto do PME que incluía, entre as metas, a promoção da igualdade de gênero nas escolas. Com isto, a discussão ficou fora do PME e segue o mesmo caminho do Plano Nacional de Educação (PNE), que no ano passado enfrentou resistência quanto a este ponto, que acabou eliminado do texto final.
A bancada do PMDB e de outros partidos da oposição discursou pela não inclusão da diversidade de gênero no plano. "Na cidade de São Paulo esse absurdo não vai entrar, não", afirmou o vereador Ricardo Nunes (PMDB). "Vocês estão sendo usados por essa história de gênero. Isso é balela. Eu sou pela família."
O vereador Adilson Amadeu (PTB) também se mostrou contra e chegou a mandar que um manifestante calasse a boca durante a sessão. "No campo da religião, a ideologia de gênero é a mais radical rebelião contra Deus", disse. "Não podemos deixar que o Estado tente definir o que é melhor para nossos filhos em termos de educação."
Vereadores do PT, partido do prefeito Fernando Haddad, discursaram em favor da inclusão da diversidade de gênero. "O que está sendo colocado aqui como ideologia de gênero são inverdades, até porque ideologia de gênero não existe", rebateu a vereadora Juliana Cardoso (PT).
"Sem discutir a homofobia, não combatemos o bullying que milhares de crianças e adolescentes sofrem diariamente. Não combatemos a evasão escolar dessas crianças que diariamente têm sua humanidade ridicularizada e acabam desistindo de frequentar a escolar", defendeu o vereador Netinho de Paula (PDT).


UOL

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