quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Pastor impede bruxos de matarem crianças em sacrifícios na África


Jackline Mukisa soluçava enquanto descrevia como seu filho de 8 anos foi encontrado em um pântano, sem dentes, lábios, orelhas e órgãos genitais. “Meu filho inocente teve uma morte dolorosa”, lamentou a jovem mãe, de 28 anos.
Pastor impede bruxos de matarem crianças em sacrifícios na ÁfricaO pequeno John Lubega desapareceu depois que um motociclista ofereceu uma carona na volta da escola. Seus restos mortais evidenciam que seu corpo fez parte de um ritual de sacrifício humano realizada por feiticeiros, segundo um relatório da polícia.
Em Uganda, um país sem ligação com o mar no leste da África, muitos acreditam que os rituais de sacrifício podem trazer riqueza e saúde. Sacrifícios humanos, especialmente de crianças, ocorrem com frequência, apesar dos esforços do governo para impedir esses rituais.
Diante de uma intensa seca, Uganda apresenta um cenário precário que deixou mais de 11 milhões de pessoas em escassez alimentar e 1,6 milhão à beira da fome, de acordo com o governo do país.
“Não há alimentos devido à seca, e alguns acreditam que ela foi trazida por espíritos ancestrais”, disse o feiticeiro Joel Mugoya. “Portanto, há um grande desejo das pessoas de realizar sacrifícios para que elas saiam deste problema”.
Recentemente, a polícia de Uganda prendeu 44 suspeitos na cidade de Katabi, que estavam conectados a uma série de assassinatos de crianças e mulheres. O tribunal condenou metade dos criminosos.
Mais de 21 mulheres foram mortas entre 3 de maio e 4 de setembro, segundo o inspetor geral da polícia, Kale Kayihura. “Os assassinatos eram para rituais de sacrifícios. Estamos trabalhando duro para prender os suspeitos restantes e acabar com a prática”, afirmou.
Os líderes cristãos estão se unindo com a polícia para impedir as mortes. O pastor Peter Sewakiryanga, líder da organização Kyampisi Childcare, que combate o sacrifício de crianças em Uganda, revelou que as crianças desaparecem no país a cada semana.
Elas são frequentemente encontradas mortas ou vivas com partes do corpo faltando. A maioria dos sobreviventes não arquivam relatórios policiais, segundo Sewakiryanga. “É um problema sério, mas estamos lutando com a ajuda do governo”.
Na maioria das vezes, os sacrifícios envolvem a remoção de algumas partes do corpo, enquanto a criança ainda está viva. “É um ritual brutal que destrói a vida de nossos filhos e afeta seus pais mentalmente. Estamos trabalhando com a polícia para prender feiticeiros envolvidos no ritual. Também estamos ajudando os sobreviventes financeiramente e com apoio moral”, disse o pastor.

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