O padre Wilson Luís Ramos foi transferido do município de Adamantina, interior de São Paulo, depois de ser rejeitado pela comunidade. O bispo de Marília, Dom Luiz Antônio Cipolini, confirmou que um dos motivos da transferência foi o preconceito racial.
Ao jornal O Estado de São Paulo o padre, que estava na cidade desde 2012, relatou que foi humilhado pelos fiéis. “Outro dia surpreendi duas senhoras dizendo que deveriam trocar o galo que há no topo da igreja por um urubu”, relatou.
Ao longo desses dois anos o padre Wilson conseguiu realizar alguns trabalhos, mas seu jeito simples de aproximar os mais pobres e jovens usuários de drogas para a igreja deixou os fiéis tradicionais revoltados.
Esse grupo de fiéis passou a reclamar do padre através de cartas para o bispo de Marília, situação que se agravou quando o padre destituiu fiéis desse grupo dos cargos de coordenação das pastorais e colocou pessoas com menos poder aquisitivo.
“O padre Wilson tem sofrido com essa questão [racismo]. Houve preconceito por parte de fiéis, mas o padre foi vencendo e o que está jogo agora não é o preconceito, mas sim a divisão que ele causou na paróquia”, disse o bispo.
Os fiéis que não fazem parte do grupo que foi contra o padre negro fizeram uma leitura ampliada do caso: “o problema é que o padre Wilson é negro, anda pelas ruas com roupas simples e a pé, substituindo um padre branco, que usava camisas de linho e carro. Padre Wilson vai até as comunidades, enquanto seu antecessor não saía da igreja. Isso causou incômodo”, disse a servidora pública Ivanete Sylvestrino.
A transferência do padre da cidade desencadeou uma onda de protestos nas redes sociais e também no município. Os fiéis que gostavam do padre deram um abraço simbólico na Igreja Matriz de Adamantina e ainda lançaram um abaixo-assinado para impedir que ele fosse transferido. Até a Igreja Evangélica da cidade participou do ato, muitos pastores resolveram se manifestar apoiando publicamente a permanência do padre negro.
Ao jornal O Estado de São Paulo o padre, que estava na cidade desde 2012, relatou que foi humilhado pelos fiéis. “Outro dia surpreendi duas senhoras dizendo que deveriam trocar o galo que há no topo da igreja por um urubu”, relatou.
Ao longo desses dois anos o padre Wilson conseguiu realizar alguns trabalhos, mas seu jeito simples de aproximar os mais pobres e jovens usuários de drogas para a igreja deixou os fiéis tradicionais revoltados.
Esse grupo de fiéis passou a reclamar do padre através de cartas para o bispo de Marília, situação que se agravou quando o padre destituiu fiéis desse grupo dos cargos de coordenação das pastorais e colocou pessoas com menos poder aquisitivo.
“O padre Wilson tem sofrido com essa questão [racismo]. Houve preconceito por parte de fiéis, mas o padre foi vencendo e o que está jogo agora não é o preconceito, mas sim a divisão que ele causou na paróquia”, disse o bispo.
Os fiéis que não fazem parte do grupo que foi contra o padre negro fizeram uma leitura ampliada do caso: “o problema é que o padre Wilson é negro, anda pelas ruas com roupas simples e a pé, substituindo um padre branco, que usava camisas de linho e carro. Padre Wilson vai até as comunidades, enquanto seu antecessor não saía da igreja. Isso causou incômodo”, disse a servidora pública Ivanete Sylvestrino.
A transferência do padre da cidade desencadeou uma onda de protestos nas redes sociais e também no município. Os fiéis que gostavam do padre deram um abraço simbólico na Igreja Matriz de Adamantina e ainda lançaram um abaixo-assinado para impedir que ele fosse transferido. Até a Igreja Evangélica da cidade participou do ato, muitos pastores resolveram se manifestar apoiando publicamente a permanência do padre negro.