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Ou a suspensão foi temporária para diminuir a pressão sobre o governo no caso Palocci?
Conforme publicou o Portal G1, na tarde desta sexta-feira (27), em São Paulo, o Ministro da Educação Fernando Haddad disse que o MEC vai avaliar se a base do material (kit gay) já produzido será mantida.Segundo o MEC mais de 6 mil escolas no país onde há registro de bullying ‘homofóbico’ e elas deverão receber a nova versão do kit gay ainda este ano.Satisfação à ABGLT
No mesmo dia (25) do anúncio do veto do kit gay a Secretaria-Geral da Presidência da República convidou a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais (ABGLT) para tratar do assunto na próxima terça-feira (31).A notícia deixou animado o Presidente da ABGLT, Toni Reis, que disse:— Achei de bom tom terem chamado a ABGLT para a reunião em Brasília. Vamos dialogar. Tudo na política dá para reverter. Não vejo o atual governo como homofóbico — afirma, salientando a necessidade de ações de defesa da população LGBT por parte do Estado.Kit gay no Plano governamental
A produção do material ‘didático’ está prevista no Plano Nacional de Cidadania e Direitos Humanos LGBT, página 32, item 1.4.6, conforme abaixo:
O kit gay e o caso Palocci
Há quem diga que em troca do apoio das bancadas religiosas contra uma CPI que pretende investigar o súbito enriquecimento do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, o Palácio do Planalto decidiu não mais distribuir o kit gay.
A tal CPI já havia colhido algumas assinaturas, todavia, diante da suspensão (que agora se sabe, foi temporária) do kit gay alguns parlamentares da bancada religiosa, que já haviam assinado o requerimento de convocação de Palocci, retiraram as assinaturas.
Volta tudo a ser como era antes
Com as declarações do ministro de que o material PODERÁ ser refeito, é possível notar que a atitude de suspensão foi realmente uma estratégia para se evitar mais confusão na porta do Planalto.Ao que tudo indica, o governo vai realmente levar adiante esse material, até por que está previsto no planejamento governamental. São 180 itens no Plano. Se o governo recuar neste embate, como levará adiante os demais projetos da agenda gay?A pressão sobre a bancada evangélica tem que ser aumentada.
Com informações do Blog Julio Severo e G1.
O ministro da Educação Fernando Haddad afirmou nesta terça-feira em uma audiência pública, que proporá à presidente Dilma Rousseff uma nova versão para o “kit gay” contra a homofobia, fazendo uma campanha que inclua também outros tipos de discriminação que não só contra os homossexuais.
“Há um pleito [da Frente Parlamentar da Família] de que esse material contra a homofobia não fique circunscrito a esse preconceito, a essa forma de discriminação, e está sendo avaliada a oportunidade disso.”
O ministro afirmou que lhe parece uma “postura legítima de parte de setores que querem ver o debate do fim da discriminação nas escolas envolvendo muitas dimensões e não uma específica,” logo após participar de audiência da Comissão de Educação do Senado.
O kit havia sido suspenso pela presidente Dilma Rousseff que disse não ter gostado dos vídeos propostos no material que expõem a homossexualidade. Eles tratam dos temas da transexualidade, bissexualidade e a relação entre duas meninas lésbicas.
Depois disso, Haddad afirmou que os kits poderiam ser refeitos e passados pela avaliação do MEC e da Presidenta antes de serem entregues.
Segundo o Ministro da Educação, a nova proposta do kit deverá ser discutida novamente com a comissão de avaliação criada por Dilma na Secretaria de Comunicação da Presidência, para cuidar de todo o material produzido pelos ministérios.
“Como a presidenta criou uma comissão no âmbito da Secretaria da Comunicação da Presidência para dar a palavra final sobre materiais que envolvam costumes, valores, assuntos mais delicados, que envolvem essa questão, vamos encaminhar,” declarou.
CRISTIAN POST
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