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terça-feira, 3 de janeiro de 2017
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
Deputado Sóstenes Cavalcante fala sobre desentendimento entre Edir Macedo e Malafaia
Uma aliança entre quatro forças evangélicas promete potencializar a Bancada da Bíblia em Brasília, formada por 92 deputados. Quem avalia o cenário é o deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), ligado ao pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. No partido, ainda estão Marcos Soares, filho de R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, e Francisco Floriano, da Igreja Mundial, do Pastor Valdemiro. Além disso, Malafaia, como conta Sóstenes, reaproximou-se do grupo político de Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, ao festejar com Marcelo Crivella (PRB) sua vitória no Rio. Em entrevista no escritório do deputado, na Barra, ele falou sobre os planos políticos de Malafaia, que incluem apoio a Eduardo Paes (PMDB) para o governo do estado em 2018 e a Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na eleição para a Presidência.
Qual a força dessa união das lideranças religiosas?
Representamos 70% do segmento evangélico. Isso daria 20% a 25% dos eleitores, algo a ser considerado para qualquer tipo de eleição. Marcos Pereira (presidente nacional do PRB), no dia da vitória de Crivella, começou a conversar com os pastores para pensar apoios mútuos para compor candidaturas daqui a dois anos. O PRB tem alguns interesses, Pastor Silas tem outros, assim como R.R. e Valdemiro.
Quem é o nome preferido do pastor Silas Malafaia para o governo do Rio em 2018?
Eduardo Paes pode ser um dos candidatos. Pastor Silas tem apreço por ele. Logicamente, tem que sair ileso da Lava Jato, que é pelo que a gente torce. Outro que saiu fortalecido da eleição municipal com chance para disputar o governo do estado é Indio da Costa (PSD). Fez uma candidatura solitária. O partido era a segunda bancada do Rio, mas saímos todos do PSD. Eu, por causa do impeachment, e os outros, para enfraquecê-lo e apoiar o PMDB. Foi uma ordem do partido. A terceira opção seria alguém como o prefeito de São Paulo (João Dória, do PSDB), de fora da política. Um que apoiaríamos seria Bernardinho.
E para a Presidência?
A simpatia de Pastor Silas é por uma candidatura mais ligada à direita ou de centro-direita. Ele apoiaria Bolsonaro. Mas não desgosta da ideia de apoiar o (senador) Ronaldo Caiado (DEM-GO), que não decidiu ainda se concorrerá e deve definir até março.
Por que Edir Macedo e Silas Malafaia se distanciaram?
Houve um desentendimento entre Silas Malafaia e Edir Macedo na primeira eleição de Dilma. Soubemos de uma reunião, naquele ano, no Palácio no Planalto, para identificar por que Dilma não ganhou com mais folga. Foram verificados dois pontos: o caso Erenice Guerra e a rejeição que Dilma encontrou no segmento evangélico. Atribuiu-se isso ao pastor Silas Malafaia, que tinha programas na TV. O Palácio, então, decidiu reunir seis evangélicos para rodar o Brasil em aviões fretados para desdemonizar Dilma no segmento. Entre eles, estavam Crivella, Magno Malta e Everaldo Pereira. No dia seguinte, Edir Macedo publicou um artigo descendo a marreta em Pastor Silas, que ficou chateado e gravou um vídeo contra a Record.
Como foi a aproximação de Silas com Marcelo Crivella?
Foi na eleição para a prefeitura. Fiz a interlocução. Cinco meses antes da eleição, Pastor Silas me garantiu que não iria bater em Crivella. No segundo turno, a gente não ia apoiar Freixo (PSOL). Depois da vitória nas urnas, o senador convidou o pastor para a festa. Ali, concretizou-se a volta.
O senhor é a favor da criminalização da homofobia?
Tenho dificuldade para confiar nos dados do governo petista. Dilma foi afastada justamente porque fraudou números. Acho que os números de crime de homofobia são manipulados. Tem que se definir o que é um crime passional e o que é crime por causa da opção sexual. Entretanto, uma vida para mim tem o valor de milhares. Vida é vida, seja de quem for, inclusive de quem tem outra opção sexual. Temos que criar no país um endurecimento de leis contra todo e qualquer tipo de preconceito. Temos várias leis de preconceito racial. Agora, não dá para criar uma lei específica para opção sexual e esquecer outros tipos de preconceitos, contra gordos, magros, pessoas com nariz grande, orelha grande...
O senhor não acredita que o preconceito contra homossexuais é mais violento do que contra quem tem nariz grande?
Não tenho essa convicção. Precisamos fazer estudos sobre isso para saber o real número de casos. A forma como o movimento LGBT tentou impor a pauta criou o distanciamento dos evangélicos.
O que o senhor achou da condução coercitiva de Pastor Silas Malafaia à Polícia Federal?
Estamos tentando articular para que a lei de abusos de poder do Judiciário seja a Lei Silas Malafaia. Foi um absurdo. Acreditamos totalmente na inocência dele. Não só por esse caso, mas vamos articular um projeto equilibrado.
Fonte: Jornal Extra
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Pesquisa do Datafolha revela que 44% dos evangélicos são ex-católicos
Três em cada dez (29%) brasileiros com 16 anos ou mais atualmente são evangélicos, dividindo-se entre aqueles que podem ser classificados como evangélicos pentecostais (22%), em maior número e frequentadores de igrejas como Assembleia de Deus, Universal do Reino de Deus, Congregação Cristã e Quadrangular do Reino de Deus, e 7%, como evangélicos não pentecostais, pertencentes a igrejas como Batista, Presbiteriana e Metodista, entre outras. Esse segmento evangélico fica abaixo do formado por católicos (50%), e ainda há 14% sem religião, 2% de espíritas, kardecistas e espiritualistas, 1% de umbandistas, 1% de praticantes do candomblé, 1% de ateus e 2% de outras religiões. Desde a década de 90, quando o Datafolha iniciou sua série histórica de consultas sobre o tema, esse quadro tem se alterado, com a diminuição na diferença dos índices de católicos e evangélicos e, mais recentemente, o aumento no número de brasileiros sem religião.
Em agosto de 1994, quatro em cada dez (75%) dos brasileiros com 16 anos ou mais eram católicos, 10%, evangélicos pentecostais, 4%, evangélicos não pentecostais, outros 4%, espíritas, e 5%, sem religião. Passados pouco mais de dez anos, em outubro de 2005, a parcela de católicos havia diminuído para 66%, e a de evangélicos pentecostais, crescido para 14%. Além disso, os não pentecostais eram 7%, os espíritas, 3%, e os sem religião, 7%. Em julho de 2015, os católicos representavam 55% da população adulta brasileira, e os evangélicos pentecostais, 22%. Os evangélicos não pentecostais somavam 8%, os espíritas, 3%, e os sem religião, 7%. A comparação dessa evolução com o quadro atual mostra uma continuidade na queda no percentual de católicos,porém, desta vez, com uma migração mais intensa para os declarantes de sem religião, grupo que dobrou sua representatividade na população (neste segmento, 33% têm entre 16 e 24 anos).
Os evangélicos, considerando pentecostais e não pentecostais, tem idade média de 37 anos, ante 40 dos brasileiros. Uma parcela de 34% tem escolaridade fundamental (entre os brasileiros, 35%), e 51% estudaram até o ensino médio (ante 45% entre os brasileiros), o que faz com que uma parcela menor deles (de 15%) tenha chegado ao ensino superior (na população brasileira, 20%). Metade (49%) dos evangélicos estão na região Sudeste (ante 43% da população), 23%, no Nordeste (na população, 27%), 10%, no Norte (ante 8% dos brasileiros), 9%, no Sul (ante 15% dos brasileiros) e outros 9%, na região Centro Oeste (no Brasil, 8%).
A parcela com renda familiar mensal de até 2 salários mínimos representa 53% dos evangélicos, ante 49% entre os brasileiros. Uma fatia de 33% tem renda entre 2 e 5 salários (no Brasil, 36%), e 9% obtém mais do que 5 salários (na população são 10%).
Dos que se declaram evangélicos, 34% pertencem atualmente à Assembleia de Deus, e num patamar abaixo aparecem, na sequência, Igreja Batista (11%), Universal do Reino de Deus (8%), Congregação Cristã no Brasil (6%), Quadrangular (5%), Deus é Amor (3%), Adventista (3%), Presbiteriana (2%), Internacional da Graça de Deus (2%), Mundial do Poder de Deus (2%), entre outras menos citadas.
Cerca de metade (48%) dos evangélicos não teve outra religião ao longo da vida, e 44% deles já foram católicos. Há também aqueles que já foram de outras denominações evangélicas, pentecostais (1%) ou não pentecostais (4%), e os que já foram espíritas (2%), umbandistas (1%), e praticantes do candomblé (1%), entre outras menos citadas. Na fatia dos católicos, 90% nunca tiveram outra religião.
Os evangélicos também foram consultados sobre outras igrejas evangélicas que frequentaram ao longo da vida, e 18% mencionaram a Assembleia de Deus. Em seguia aparecem Batista (13%), Universal (7%), Deus é Amor (7%), Quadrangular (6%), Congregação Cristã (4%), Presbiteriana (4%), Adventistas (3%) e Mundial do Poder de Deus (1%), entre outras com menor percentual.
O movimento de migração de religião entre os evangélicos, principalmente de origem católica, fica mais evidente quando se compara o tempo de ligação com a igreja atual. Em média, os evangélicos frequentam sua igreja atual há 12 anos (para uma idade média de 37 anos), enquanto os católicos estão ligados à sua igreja há, em média, 32 anos (eles têm, em média, 42 anos, e 11% do segmento não frequenta cultos religiosos).
Fonte: Datafolha
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
Qual o significado do nome Pison em Genesis 2? É o nome de um rio?
A passagem se encontra em Gênesis 2,10-14: Um rio saía de Éden para regar o jardim e de lá se dividia formando quatro braços. O primeiro chama-se Pison; rodeia toda a terra de Hévila, onde há ouro; é puro o ouro dessa terra na qual se encontram o bdélio e a pedra de ônix. O segundo rio chama-se Geon: rodeia toda a terra de Cuch. O terceiro rio se chama Tigre: corre pelo oriente da Assíria. O quarto rio é o Eufrates.
A descrição diz que de um rio, que saía do Éden (em hebraico gan Eden = "Jardim das delícias"), nasciam outros 4 rios. Pison, Geon, Tigre e Eufrates. A intenção dessas indicações não é a de indicar a localização do paraíso, mas sublinhar que toda a água que dá vida ao mundo vem do paraíso.
O Tigre e o Eufrates são muito conhecidos, nascendo nas montanhas da Turquia. Ambos os rios passam pela Síria e vão para o Iraque. Antes de entrar no Mar se unem. Esses rios dão vida à região conhecida na época bíblica como Mesopotamia. Os outros dois rios não são conhecidos.
Quando se fala do Rio Pison, é indicado Hévila. Conforme Gênesis 10,29 trata-se de uma região da Arábia.
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