sábado, 11 de março de 2017

Vaticano inicia acordo com China e ignora cristãos perseguidos

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Relatórios sobre o estreitamento de relações entre o Partido Comunista Ateísta da China e o Vaticano têm sido recebidos com grande preocupação por alguns grupos de apoio à Igreja Perseguida, que estão alertando que a perseguição contra os cristãos poderia piorar ainda mais.

"Uma parceria entre o Vaticano e o governo chinês iria piorar a vida dos cristãos e a situação das igrejas domésticas. O Partido Comunista já tem como alvo os clérigos que não são ordenados pelo Estado, que são considerados ilegítimos, o que leva à perseguição destes. Agora, com o apoio do Vaticano, eles terão uma desculpa a mais para intensificar isso", disse Bob Fu - presidente da 'China Aid' - ao 'Christian Post' em uma entrevista no início desta semana.

"Eles [Partido Comunista] também podem se sentir encorajados em sua perseguição aos cristãos que praticam sua fé fora das igrejas autorizadas pelo governo, uma vez que tal união seria o selo de aprovação do Vaticano para a abordagem do Partido para o cristianismo".

Uma matéria da CNN na semana passada destacou que o Vaticano e o Partido Comunista poderiam estar se aproximando de um "acordo potencialmente histórico" sobre a ordenação de bispos chineses, o que poderia dar um fim a "décadas de distanciamento".

Durante décadas, o Partido Comunista recusou a autoridade do papa, com órgãos católicos chineses locais nomeando seus próprios bispos - uma medida à qual o Vaticano se opunha.

Além disso, o governo chinês introduziu leis restritivas, como as Regras Revisadas sobre Assuntos Religiosos, que busca forçar as igrejas domésticas (inclusive as evangélicas) a se juntarem à denominação do 'Movimento Patriótico dos Três Estados'. As igrejas que se recusam a atender esta exigência são proibidas de continuar com suas atividades.

Líderes de igrejas subterrâneas, que há anos enfrentam uma repressão à sua fé, também não acreditam que a nova parceria poderia de alguma forma reduzir a perseguição religiosa na China.

"Jesus disse que uma pessoa não pode servir a dois senhores, agora o Vaticano estaria disposto a servir a Deus e ao Partido Comunista", disse o pastor Paul Dong, líder de uma igreja subterrânea, de acordo com a CNN.

"Em andamento"

O Papa Francisco aparentemente manifestou interesse em visitar a China. O Vaticano, entretanto, disse que o acordo entre a Igreja Católica Romana e o governo chinês sobre a ordenação dos bispos é um "trabalho em andamento".

Fu disse ao 'Christian Post' que Francisco estaria cometendo um erro, já que a China está apenas buscando reforçar sua imagem pública.

"A China pode estar tentando fazer uma frente unida com o papa e com o Vaticano para parecer como se estivesse respeitando o cristianismo perante comunidade internacional, quando, na realidade, a religião ainda continuará a ser oprimida", argumentou.

"Por isso, um dos benefícios que a China poderia obter de uma relação com o Vaticano é a de uma imagem pública melhorada - mas falsa - tanto em nível nacional como internacional", acrescentou.

Fu observou que "atualmente, apenas alguns bispos que atuam na China foram aprovados pelo Vaticano e pelo Partido Comunista Chinês, uma vez que a vasta maioria dos clérigos não vê os critérios de ordenação do Partido como estando alinhados com os princípios da igreja, devido ao policiamento do governo".

Fu insistiu, no entanto, que o Papa Francisco não deveria estreitar seus laços com a China, enquanto o país continua a recusar-se a melhorar a vida dos cristãos perseguidos.

"Eles (o Vaticano) também devem perceber que o governo chinês não é um amigo da fé e da liberdade religiosa, não importa o quanto os funcionários tentem mostrar o contrário. Mesmo os que frequentam igrejas do governo são constantemente monitorados e perseguidos", disse Fu.

Gu Yuese, ex-pastor da Igreja Chongyi, uma das maiores igrejas oficialmente sancionadas no país, também foi preso no ano passado, pouco depois de se manifestar contra a destruição forçada de cruzes das igrejas por parte do governo, embora os funcionários o acusassem de desvio de verbas.

"Se o Vaticano e o papa concordarem em celebrar uma parceria com a China, sem antes forçar o Partido Comunista a enfrentar seus próprios abusos, será como se eles tolerassem este tipo tratamento, dado aos cristãos", advertiu Fu.

Ele pediu ao Papa Francis que "escutasse os gritos dos cristãos perseguidos e exortasse o governo chinês a pôr fim à sua agressividade".

Fonte: Guia-me

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quinta-feira, 9 de março de 2017

Fossa com 800 bebês é achada em orfanato na Irlanda

Especialistas descobriram a existência de uma fossa comum em um antigo orfanato católico na Irlanda, onde estariam enterrados sem identificação 800 bebês e crianças. O caso gerou repercussão na Europa na última sexta-feira (3).
Imagem redimensionadaTestes de DNA apontaram que as crianças enterradas nas 20 câmaras da fossa tinham idade entre 35 semanas e 3 anos.
A investigação foi feita por uma comissão, instituída pelo governo local para apurar a atuação de centros religiosos no auxílio a jovens grávidas, após uma denúncia da historiadora Catherine Corless, que descobrira a certidão de óbito de 800 crianças residentes na instituição, mas nunca os registros de enterro delas.

Localizado na cidade de Tuam, o orfanato “Bon Secours Mother and Baby Home” funcionou entre os anos de 1925 e 1961 como um lar para crianças e mães solteiras jovens.

A comissão afirma que as mulheres e jovens que viveram nas casas católicas e conventos sofreram fome, miséria e tratamentos violentos, o que levou à morte de várias meninas e de seus bebês.

Muitas jovens trabalhavam gratuitamente em troca do auxílio das freiras na gravidez e no parto. Após os bebês nascerem, eles eram colocados em uma ala separada da de suas mães e entregues para adoção.

O Governo calcula que mais de 30.000 mães solteiras passaram por algum dos centros de acolhimento administrados por ordens de religiosas católicas desde a criação do Estado irlandês, em 1922, até os anos sessenta.

Nos anos 30, 40 e 50 do século passado, a mortalidade dos filhos nascidos fora do casamento chegava a ser cinco vezes maior que a das crianças de pais casados, de acordo com dados oficiais. O achado confirma as suspeitas de que as crianças mortas no centro eram enterradas em valas comuns, sem registro.

O arcebispo de Dublin disse em 2014 que “se algo se passou em Tuam, provavelmente terá acontecido também em outros lares de acolhimento de mães e crianças do pais”.

A historiadora local Catherine Corless foi quem chamou a atenção sobre o caso de Tuam, com um estudo que descobriu certificados de óbito de quase 800 crianças, mas registro de enterro de somente duas.

Philomena

Lançado em 2013, o filme “Philomena” narra um episódio inspirado em fatos reais ocorridos na Irlanda em 1952, com uma mulher que engravidou na adolescência, foi mandada para o convento Roscrea e teve seu filho vendido pelas freiras católicas.

Em 2014, a mulher que inspirou o filme, a irlandensa Philomena Lee, reuniu­-se com o papa Francisco, no Vaticano. Atualmente, ela está à frente do “Philomena Project”, que tenta ajudar outras mães a encontrarem seus filhos e luta para que o governo irlandês promulgue uma lei que permita consultas a registros de crianças adotadas.

Fonte: Pragmatismo Político

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Comissão de Justiça aprova união estável entre pessoas do mesmo sexo

O Projeto de Lei do Senado (PLS) 612/2011, que altera o Código Civil para reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo e para possibilitar a conversão dessa união em casamento, foi aprovado nesta quarta-feira (8) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Durante a votação houve 17 votos favoráveis e uma abstenção.
Apresentada pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), a proposta recebeu voto favorável do relator, senador Roberto Requião (PMDB-PR), e aguarda votação em turno suplementar, quando terá decisão terminativa. Poderá então seguir para análise da Câmara dos Deputados, se não houver recurso para votação em Plenário.
Atualmente, o Código Civil reconhece como entidade familiar “a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. Com o projeto, a lei será alterada para estabelecer como família “a união estável entre duas pessoas”, mantendo o restante do texto do artigo.
O texto determina ainda que a união estável “poderá converter-se em casamento, mediante requerimento formulado dos companheiros ao oficial do Registro Civil, no qual declarem que não têm impedimentos para casar e indiquem o regime de bens que passam a adotar, dispensada a celebração”.

Segurança jurídica

A conversão em casamento da união estável entre pessoas do mesmo sexo já é autorizada por juízes. No entanto, há casos de recusa, fundamentada na inexistência de previsão legal expressa. O projeto busca eliminar as dificuldades nesses casos e conferir segurança jurídica à matéria.
No relatório, Requião lembra decisão de 2011 do Supremo Tribunal Federal, reconhecendo o direito à formalização da união entre casais homossexuais. No entanto, ele diz ser responsabilidade do Legislativo adequar a lei em vigor ao entendimento consagrado pelo Supremo, “contribuindo, assim, para o aumento da segurança jurídica e, em última análise, a disseminação da pacificação social”.
O projeto aguardava decisão do Senado desde 2012, quando recebeu emendas da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), que foram mantidas por Requião.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

terça-feira, 7 de março de 2017

O QUE O PT FEZ COM O BRASIL ?

 Após 13 anos, o Partido dos Trabalhadores (PT) deixa de maneira definitiva a condução do governo federal do Brasil. A história começou em 2003, com a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. Depois de dois mandatos, ele elegeu sua sucessora, Dilma Rousseff, a primeira presidente mulher da história do país.
Após o julgamento do Senado, Dilma é proibida de exercer o cargo de presidente. Agora, Michel Temer (PMDB) assume o governo de forma definitiva. Para a história, ficam os avanços sociais que chegaram ao longo do governo petista, além de grandes escândalos de corrupção — os principais sendo “mensalão” (sob a presidência de Lula) e o “petrolão” (este, sob o comando de Dilma).
Mas afinal de contas, o que fica de herança para o Brasil após 13 anos de governo do PT? “Um ponto positivo foi colocar a questão social no centro do debate. Isso foi feito sem uma ligação obrigatória com o status econômico. Os benefícios vieram independentemente do sucesso econômico”, falou a EXAME.com Rafael Cortez, cientista político da Tendências Consultoria.
Hoje, o eleitorado tem consciência da importância das questões sociais dentro de um cenário nacional. O principal impacto é que o custo político de mudanças nos programas sociais é alto demais, afirma Cortez. “A agenda social ganhou relevância política.”
A grande bandeira do governo petista nesse campo foi o Bolsa Família. O programa de transferência de renda foi criado em 2003, primeiro ano do governo de Lula. Com ele, o Brasil viu a taxa da população em situação de extrema pobreza cair (veja números no quadro abaixo). O programa foi elogiado pela ONU como boa estratégia de retirada de pessoas da extrema pobreza.
Programas foram criados em diversas áreas. Na educação, um exemplo é o Fies. Na área da saúde, o governo criou o Mais Médicos para melhorar o atendimento básico de saúde.
“Ainda tivemos o PAC, com programas voltados à infraestrutura. Sem dúvida nenhuma, eles apresentam falhas e sofrem críticas. Por outro lado, eles são importantes para a retomada da agenda de preocupação e orientação do governo”, falou a EXAME.com Cristiano Noronha, vice presidente da consultoria Arko Advice.
Ao longo dos 13 anos, o país viu a melhora de diversos indicadores sociais. A taxa de analfabetismo caiu e a expectativa de vida aumentou, por exemplo. A desigualdade também diminuiu. Sob o governo petista, o Brasil surfou em uma boa onda econômica—mas que eventualmente teve um fim.

Economia

Para os especialistas, é difícil falar sobre a herança econômica deixada por 13 anos de PT. As lideranças de Lula e de Dilma foram diferentes nesse campo—assim como os impactos deixados. Em 2003, Lula chegou à Presidência e se comprometeu com o tripé macroeconômico. Ele havia sido estabelecido pelo governo anterior e previa: metas de inflação, superávit primário e câmbio flutuante.
Nos anos seguintes, com alta das commodities e incentivo ao consumo, o país cresceu, subiu no ranking de maiores economias do mundo e ganhou grau de investimento de agências. Sob o comando de Lula, a inflação caiu. O Brasil foi capa da revista The Economist em 2009, com o Cristo Redentor decolando.
O símbolo da diferença da economia sob a batuta de Dilma pode ser medida pela própria The Economist. O Brasil voltou a ser capa da revista econômica, mas dessa vez em um cenário negativo.
Ainda no primeiro mandato de Dilma, o PIB brasileiro perdeu tração. A queda no preço das commodities, aliada a desaceleração da economia global e de gastos crescentes do governo criou um cenário de preocupação. No segundo mandato, Dilma traz Joaquim Levy para a Fazenda para colocar as contas em ordem. O resultado não é positivo e a situação econômica fica dramática.
A inflação dispara, o PIB encolhe e o desemprego começa a aumentar. “Eu não sou partidário da ideia de que a agenda social entra em risco com a crise econômica atual”, falou Cortez, da Tendências Consultoria. Mas a situação que o PT deixa como legado imediato da economia não é boa.
“As pessoas estão perdendo emprego e a inflação corrói a renda. O momento de bonança foi interrompido e as pessoas estão retrocedendo alguns anos em seus ganhos”, disse Noronha, da Arko Advice. “Mesmo em um cenário ruim, as pessoas não perdem 100% de seus ganhos. O nível de educação, por exemplo, aumentou. Isso não se perde.”
“O Brasil ficou eufórico e esqueceu do futuro. O governo deixou de fazer o dever de casa de atacar problemas estruturais que eram camuflados. Quando a água da piscina baixou, vimos a sujeira que estava por baixo”, afirma Noronha.
Uma herança negativa deixada pelo governo do PT teria sido a forma como se lidou com a questão fiscal e com gastos públicos. “Tivemos um retrocesso na questão fiscal com pedaladas e contabilidade criativa. Isso dificulta o monitoramento da sociedade e de artigos políticos”, afirma Cortez.
O professor de ética e política da Unicamp Roberto Romano concorda que é difícil acompanhar os feitos sociais com números que nem sempre são confiáveis. “Você não consegue saber quem fala com dados sérios e quem está repetindo slogans”, disse a EXAME.com.

Oportunidades perdidas

Algo lamentado pelos especialistas foi o fato de que o PT não realizou mudanças de extrema necessidade. “O último ano no qual se falou de reformas foi em 2003. Desde então, o país aboliu esse assunto”, afirma Noronha. “Perdemos uma excelente oportunidade. Você tinha no governo Lula um governo forte e popular. Também tinha força política no congresso para isso.”
O professor Roberto Romano lamenta oportunidades perdidas. Entre as áreas citadas estão investimentos em pesquisa, tecnologia e educação no país.
Hoje, reformas são novamente pautas sobre as quais a sociedade discute. Sejam elas da previdência, trabalhistas ou a política. Resta saber se próximos governos se aventurarão ao lidar com elas.

FONTE E CRÉDITO - http://exame.abril.com.br/brasil/o-que-fica-para-o-brasil-apos-13-anos-de-governo-do-pt/

Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) Prende Indivíduo por Receptação e Adulteração de Sinal Identificador de Veículo

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