quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Maldivas: 150 condenadas por adultério são chicoteadas


(Murni Amris é chicoteada como parte de sua sentença no pátio de uma mesquita no distrito de Aceh Besar, na província indonésia de Aceh, nesta sexta-feira (1º). Murni foi condenada a chicotadas pela abertura de barracas de comida durante o mês de jejum do Ramadã.)
Cerca de 150 mulheres que vivem nas Ilhas Maldivas estão sendo chicoteadas em público por manterem relações sexuais fora do casamento, depois de terem sido condenadas por tribunais muçulmanos. Cerca de 50 homens receberam a mesma pena, de acordo com o site do jornal Huffington Post.

No início deste mês, uma mulher de 18 anos desmaiou depois de ser chicoteada 100 vezes. Ela foi condenada por ter mantido relações sexuais com dois homens diferentes. A mulher, que estava grávida quando foi condenada, teve a pena adiada para depois do nascimento da criança. O tribunal usou a gravidez como prova para a condenação. Os dois homens acusados do mesmo crime foram absolvidos, um deles unicamente por negar a acusação.
O chefe do Tribunal Penal do país, Abdulla Mohamed, disse, em entrevista à imprensa local, que a pena tem o efeito de dissuadir outras pessoas e não foi planejada com o objetivo de causar ferimentos, tanto que o responsável por dar as chicotadas foi proibido de levantar o braço acima do seu ombro. "O público deve saber se esta mulher ou homem fez estas coisas, e eles vão se afastar de tais coisas", disse.
Quanto às razões pelas quais poucos homens foram perseguidos, ele disse que "o homem, depois de fazer isso, vai para longe, enquanto a mulher talvez tenha relações com mais de um homem e não saiba quem é o responsável. Ou o homem nega".
A Anistia Internacional (AI) não concorda com a Justiça maldívia. Faiz Abbas, representante da AI, diz que o açoitamento é "um tratamento cruel, desumano e degradante, proibido pelos direitos humanos internacionais. A prática é humilhante e traz problemas psicológicos, bem como cicatrizes ficas para aqueles submetidos a ela durante anos. É uma forma de tortura".
As estatísticas  mostram que 184 pessoas foram condenadas ao açoitamento por terem relações sexuais fora do casamento. Destas, 146 eram mulheres e, na maioria, ainda aguardava para que a punição fosse colocada em prática.

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