Polícia quer dados telefônicas de presos pela morte do prefeito de Jandira.
Homens foram transferidos de delegacia na manhã deste sábado.
O delegado Marcos Carneiro, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), pediu na manhã deste sábado (11) à Justiça a quebra do sigilo telefônico dos quatro suspeitos de participarem da morte de Braz Paschoalin, prefeito de Jandira, na Grande São Paulo. O objetivo é saber com quem eles falaram antes e depois do assassinato do prefeito, ocorrido na manhã desta sexta-feira (10).
A Justiça de São Paulo decretou nesta madrugada a prisão temporária por 30 dias dos quatro homens. Ainda pela manhã, eles foram transferidos da delegacia de Santana do Parnaíba, também na região metropolitana, e foram para outra cidade da região, que não foi divulgada por razões de segurança.
Outra pista investigada pela polícia é o carro abandonado e possivelmente usado pelos criminosos. A polícia já sabe que se trata de um veículo roubado e que teve documentos falsificados na capital paulista.
Os delegados também procuram por câmeras de segurança que possam ter registrado a movimentação do carro que perseguiu o prefeito e também depois do crime, durante a fuga. A polícia suspeita que outro veículo também tenha sido utilizado no crime.
O velório de Paschoalin é realizado desde a tarde desta sexta ginásio de esportes do município. O enterro está marcado para as 16h45 no Cemitério Municipal de Jandira.
Moradores de Jandira comparecem ao velório do prefeito da cidade (Foto: Mário Ângelo/AE)
O polícia trabalha com a possibilidade de os dois detidos que apresentaram resquícios de pólvora nas mãos terem sido os executores do crime, enquanto que os outros dois seriam os responsáveis por sumir com o carro prata, que havia sido roubado dias antes. Os quatro estão desempregados e têm passagem por roubo e tráfico de drogas.Investigações do Ministério Público
Políticos de Jandira são alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo, que apura um esquema de corrupção envolvendo o prefeito assassinado e cinco vereadores. Segundo a promotoria, Paschoalin pagaria propina a vereadores para que projetos fossem aprovados na Câmara.
Um ex-secretário e braço direito dele é suspeito de entregar mais de R$ 200 mil para cinco vereadores. Dois deles foram flagrados em gravações telefônicas autorizadas pela Justiça. O Gaeco obteve também a quebra do sigilo bancário de um ex-secretário e dos cinco vereadores. Os promotores vão acompanhar as investigações da polícia porque há suspeita que o esquema de corrupção tenha relação com a morte do prefeito.
“A hipótese de crime político também é investigada assim como varias outras uma vez que há comprovadamente um esquema de corrupção envolvendo alguns vereadores na cidade de Jandira”, explicou o promotor Roberto Porto.
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