terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A LIDERANÇA DO MARIDO NO LAR À LUZ DA PALAVRA DE DEUS EFÉSIOS 5:22-31

As posições que Deus estipulou para o lar já existiam antes de o pecado aparecer no mundo. Depois que o pecado veio as posições foram modificadas e ampliadas, mas não eliminadas. As posições são perfeitas e ordenadas por Deus. Há paz, harmonia e bênçãos abundantes quando as posições são implantadas nas práticas do lar.

Todos os maridos, são chamados para ser cabeça. Vamos ter que enfrentar essa situação, porque Deus nos colocou como responsáveis: “Quero, porem, que saibais que Cristo é a cabeça  de  todo  o  homem,   o   homem   a   cabeça  da  mulher;  e Deus  a  cabeça  de  Cristo...  Porque  o  homem  não  proveio da mulher, mas a mulher do homem; nem foi o homem não foi criado por causa da mulher mas sim a mulher por causa do homem” (I Coríntios 11:3, 8-9).

A posição de “cabeça” (23), não deve ser vista como o mundo a vê, pois o mundo vê o homem como um ditador que reina sobre um país, um senhor que governa um império, ou um galo que manda no galinheiro.

O homem não poderá sozinho cumprir o propósito de Deus. Ser “cabeça” do lar não é mostrar superioridade. Não é ficar sentado num trono e ficar dando ordens. É muito mais que isso. É ser responsável por cuidar, sustentar e guiar a família, para que se desenvolva em direcção ao propósito  de  Deus,  numa  convivência  feliz  e  tranquila.

A mulher é um ser criado por Deus com a mesma capacidade, para auxiliar o homem a levar adiante o propósito de Deus: “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idónea” (Génesis 2:18).

A liderança envolve a “responsabilidade” de agir em benefício de alguém, não o “direito” de mandar que os outros o sirvam. O homem responsável pelo lar nunca deve pensar na autoridade que tem fora do contexto da responsabilidade que tem (Lucas 22:24-27).

Assim como Cristo é a Cabeça da Igreja, o homem é a cabeça da mulher e do lar

Vejamos
a) O homem  foi  feito  por  Deus  e por  isso  Deus tem autoridade sobre ele: “Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva” (I Timóteo 2:13).

b) A mulher foi formada do homem e ele tem autoridade sobre ela: “E da costela que o Senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem” (Génesis 2:22).

c) As crianças  vêm  dos  pais  e  assim  os  pais  têm autoridade sobre os filhos.

d) No jardim do Éden, depois do pecado, Deus chamou, Adão e não Eva, para explicar o que tinha acontecido. Deus falou com Adão, a cabeça do lar e responsável pelas acções do lar: “Mas  chamou  o  Senhor  Deus  ao  homem,  e  perguntou-lhe: Onde estás? (Génesis 3:9).
Devido ao facto de o homem ser o primeiro a ser formado no jardim do Éden, Deus mostrou a sua vontade dando ao homem uma posição primordial no lar.

Essa posição, de ser o primeiro formado, traz consigo uma grande responsabilidade, intransferível, da qual ele tem que prestar contas diante de Deus (Génesis 3:9; I Samuel 3:13) e o não  a levar a sério, pode ter um efeito intenso sobre a sua comunhão com Deus (I Pedro 3:7).

O verdadeiro líder deve ser primeiramente um líder de si mesmo. Deve saber controlar seus próprios desejos, ânimos e apetites,  programar   bem  o tempo entre o seu trabalho e descanso, seu prazer e dever. Só depois de se controlar a si mesmo é que pode ser um líder eficaz.

Ser líder, não quer dizer que tenha de ser rude, duro ou áspero. Um líder pode ser, e deve ser, manso, culto e meigo. Moisés foi um líder de aproximadamente três milhões de pessoas por mais de quarenta anos e dele é dito: “E  era  o  homem  Moisés  mui  manso,  mais  do  que todos os homens que havia sobre a terra” (Números 12:3).

A passagem acima descrita é um dos fundamentos da família, porém existem condições para o marido exercer esta liderança (a palavra é “liderança”, não “ditadura”. Liderança se conquista, não se impõe). Liderança significa governo, direcção, enfim, ser um modelo para a conduta dos demais.

A seguir enumeramos as condições básicas para o marido exercer a liderança no seio da família

a) A liderança envolve amor – Cabe ao homem a posição primária de exemplificar o amor no lar em todos os aspectos (I João 4:19). O modelo de amor do marido para com a esposa deve ser: “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25a).

Aqui o marido não tem opção, é um mandamento bíblico. A mulher sente-se mais  valorizada  quando amada pelo marido. O marido  não  pode  ser  violento,  cruel  e  rude  com  a  esposa. O conselho  bíblico  é:  “Vós,  maridos,  amai  a  vossas mulheres, e não as trateis asperamente” (Colossenses 3:19). Quando o marido ama a esposa,  Deus tem liberdade  para  criar nela o respeito por ele.

O marido não deve poupar esforços no sentido de semear este amor, pois é um mandamento bíblico: “Assim devem os  maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus  próprios  corpos”  (Efésios 5:28-29). O homem deve ser  tão solícito para com a esposa como o é para  o  seu próprio corpo, dispensando--lhe cuidado e atenção.

O homem cuidadoso, providencia descanso ao corpo, trata-o com moderação, alimenta-o, procura o seu conforto, protege-o, cuida bem dele. O  marido deve lembrar-se que quanto  mais  ele  ama  a  sua  esposa,  mais  a  esposa  responde à altura desse amor recebido, respeitando-o e tornando-se cada vez mais submissa.

b) A liderança envolve autoridade - A autoridade que o homem tem no lar, não é de sua origem: “Pois, quem te diferença?” (I Coríntios 4:7). É uma autoridade que Deus confia ao homem no lar. Este exercita esta autoridade com firmeza e sabedoria, mas é Deus quem a mantém e estabelece.

O  marido como dirigente da esposa e da família, tem de saber que ele tem um Senhor sobre si: Jesus Cristo: “Quero, porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, o  homem  a  cabeça  da  mulher;  e  Deus  a  cabeça  de  Cristo” (I Coríntios 11:3). Numa assembleia de duas pessoas não há maioria, logo uma delas será responsável pelas decisões finais, e, para este papel Deus destinou o marido.

c) A liderança é intransferível - A liderança no lar é um poder intransferível que Deus tem estabelecido com o homem no lar. O homem não se deve esconder dessa função, nem procurar desculpar-se desta obrigação por achar que não tem uma personalidade forte ou experiência adequada, etc.. Ele deve aprender a exercer a sua função pedindo a Deus a sabedoria necessária: “Ora,  se  algum  de  vós  tem  falta  de  sabedoria, peça-a a Deus,  que  a  todos  dá  liberalmente  e  não  censura,  e ser-lhe-á dada” (Tiago 1:5)

d) A liderança envolve delegar autoridade  -  Se  o marido não delega a outros capazes, todas as decisões e acções têm, por necessidade, que ser cumpridas por ele. Assim como a mulher respeita  o  andamento e os limites da responsabilidade do  marido,  o  marido  deve  respeitar  os  limites  da responsabilidade da esposa não interferindo desnecessariamente na sua administração no lar. Cristo trata a Igreja como esposa e não como uma filha.

e) A liderança envolve o sacerdócio do lar -  O marido deve ser o guia espiritual da família, devendo estabelecer  na  mente  e  coração  de  sua  esposa  e  filhos a singular importância  de  ter  o  altar  da  família  sempre  em  pé. Deve ser o marido responsável pela manutenção da leitura diária da Palavra de Deus (Efésios 5:26).

f) A liderança envolve um espírito compassivo. O homem deve ser misericordioso com a esposa, não deve ser dogmático, autoritário e obstinado, mas deve cultivar um espírito de mansidão e sensibilidade com a esposa.

O AMOR PELA ESPOSA

O Amor que o marido deve ter pela sua esposa, é o mesmo que Jesus teve pela Sua Igreja, que “a Si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:23-33). É a mesma coisa se tivesse escrito que estivesse escrito para se sacrificar pela sua esposa como Cristo se sacrificou pela Igreja.
Esse Amor de Jesus transparece em três coisas:

1. Se entregou por ela. Todo  o  bom  marido  se deve desprender do seu egoísmo, desprender de si mesmo, se desprender de seus interesses. O marido que só pensa em si mesmo e não abdica de si mesmo para se entregar, não está maduro.

2. Santificá-la.  Como  pode  o  marido  santificar  sua esposa? Como Cristo fez com a Igreja. Santificou-a separando-a do mundo para Deus. Assim, o marido pode santificar sua esposa separando-a para Deus, não por sua palavra, não por imposição, mas por sua maneira de viver no lar.

3. Apresentá-la sem mancha nem rugas. Que significa isto? A Palavra de Deus diz que o homem é a imagem da glória de Deus, e a mulher é a glória do homem. Assim, na medida que elas são honradas, respeitadas, santificadas, os maridos são glorificados (I Pedro 3:7).

As mais graves e importantes perguntas para um casal, são as seguintes

1. Como desenvolver o amor entre o casal?

2. O amor “apaixonado” de namorados continua na vida conjugal?

3. Os anos  de  casamento  fazem  o  amor  crescer ou diminuir?

Nestas  três  perguntas  se  encerra  toda  a  nossa  vida. O casamento depende  do  amor:  nasce  no amor,  vive do amor, e sem amor o casamento acaba.

Como responder a estas três perguntas
Vejamos

1. O Amor vem de Deus. Recordemos o ensino bíblico: “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” ( I João 4: 8 ).

“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (I João 4:7).

“Amados,  se  Deus assim nos amou, nós também  devemos  amar-nos  uns  aos  outros” (I João 4:11).

Só duas pessoas que “temem” a Deus é que são transformadas à própria imagem de Deus. Faz parte desta “figura” divina implantada no casal, o amor.

2. O Amor não é “paixão”. Há um provérbio popular que faz uma caricatura do casamento: “O amor é uma flor roxa que nasce no coração do trouxa!”. Amor-paixão é assim mesmo: imaturo, infantil, irascível, errado. Pega fogo num minuto e se apaga no outro. Este é o amor que leva muitos a um casamento apressado, infeliz, fracassado.

Paulo diz: “E isto peço em oração: que o vosso amor aumente mais e mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento, para que aproveis as coisas excelentes...” (Filipenses 1:9-10).

Amor é “conhecimento”. Conhecimento tem a ver com a nossa capacidade de decisão: nós somos capazes de “tomar a decisão de amar”.

“Amar” não é ser “arrebatado” por um sentimento irracional por  uma  pessoa  qualquer.  “Amar” (amor verdadeiro) é “decidir” amar alguém. É conhecer a pessoa e adquirir a habilidade de perceber se essa é a pessoa certa para o casamento.

3. O Amor de Deus é ÁGAPE. Qual é, pois, o amor que deve  existir  entre  marido  e  mulher? Existem quatro palavras no grego, que traduzidas para o português, são a única tradução de amor:

a) Eros. É  o  amor  sensual:  o  amor  físico  e  sexual (começa sempre com os olhos), donde surgem as palavras eróticas, erotismo. É o amor mais baixo, é egoísta, individualista. É o amor que só quer ganhar, receber, sem nada dar. Não aparece nenhuma vez na Bíblia.

b) Fhiléo ou Filia. É o amor ao próximo, o amor humano. É o amor filantrópico. É o amor humanitário, altruísta, cívico e comunitário (Lucas 7:34). É amar a quem ama. É gostar de quem gosta de mim. É só fazer bem a quem me pode ajudar. Amor que necessita de resposta, subsiste enquanto for satisfeito, quando ele ama, eu amo. Quando não ama, não amo.

c) Storge.  É  o  amor  familiar,   amor   romântico,  amor conjugal. Ex: Amor entre marido e esposa, pai e filhos, etc...

d) Ágape. É o amor divino. É o amor de Deus derramado em nossos corações ( Romanos 5:5; I João 4: 8 ).  Este  amor inclui, além  do  sentimento  de  amor,  o  sentimento  de  sacrifício. É um amor que não conhece limites, é o amor desinteressado, que dá sem esperar recompensa (  I Coríntios 13:4-7 ). Este foi o amor que levou Jesus a morrer pela humanidade. Este  é  o  amor  que  um  casal  deve  ter:  cada  um  “morrer pelo companheiro”. Dar tudo. Sacrificar-se.

4. O Amor deve ser cultivado. No namoro há coisas características e peculiares: beijos, segredos, bilhetes, cartas, flores, perfumes, carícias, surpresas, presentes, etc...

Por que tudo isso não continua na vida conjugal

O romantismo do namoro deve ser preservado, cultivado,  cuidado,  como  se  fosse  uma  planta  delicada  que sem água logo seca. As coisas “fúteis”: beijinhos, carinhos, palavras românticas, etc.,  é  que são as mais importantes para um casal se amar sempre!

RECOMENDAÇÕES AOS MARIDOS

O dever do marido “Amar” é muito sábio. A palavra AMOR que aparece em Efésios 5: 2 3, é “ágape”. Refere-se ao amor de Deus. É um amor puro, sacrificial, perfeito e permanente. Por  isso  Paulo  usa  Cristo  como  exemplo:  “Como Cristo amou a Igreja”. Amou ao ponto de sacrifício. Cristo não é apenas o modelo,  mas também é a fonte do amor.  Somente através do seu  amor em nós, é  possível amar como Ele amou e Se entregou por nós ( Romanos 5:8 ).

Portanto, uma das grandes  recomendações  bíblicas aos Maridos é: amar a Esposa. Este deve ser o amor dele por ela: tudo fica em torno de lhe agradar, de fazer tudo a favor da esposa, e sem medir esforços.

O verdadeiro amor não é apenas um sentimento, mas uma conduta. Por isso queremos assinalar “cinco” expressões práticas do amor do marido para com a esposa:

1. Amabilidade – Esta  é  a  primeira  expressão  prática do amor. A amabilidade, a doçura, afabilidade, benignidade... Paulo diz: “Não as trateis asperamente” (Colossenses 3:19), e Pedro lembra: “Dando honra à mulher como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras  convosco da graça da vida...” (I Pedro 3:7).

Devemos ser amáveis com todos, principalmente com as mulheres, respeitando sua feminilidade.  Mas  muito  mais  com  a  nossa  própria  esposa. Há homens que são amáveis com outras mulheres e descuidados e duros com sua própria esposa.

A mulher é como um vaso frágil: mais sensível e delicada. Seus sentimentos estão mais à flor da pele. Isto não é debilidade, mas uma característica dada por Deus para desempenhar sua nobre condição de Mãe, a fim de criar os filhos com ternura e sensibilidade. Por isso Deus quer que o marido a trate com ternura, respeito, suavidade, paciência, carinho, doçura, delicadeza, bondade e amor. Por ser mais sensível emocionalmente a mulher está mais sujeita a ficar ressentida pelo maltrato do marido.

Ser amável não quer dizer frouxo. Muitas vezes o homem deve ser firme. Mas com uma firmeza amável e compreensiva.

2. Abnegação – É o sacrifício que alguém faz em favor de  outro.  É o negar-se a si  mesmo, abrir mão da tranquilidade, da comodidade e do prazer, em favor da pessoa amada.  Isto é amor. Foi isto que Jesus fez pela Igreja: “... a Si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25).

O contrário disto é egoísmo. O marido egoísta busca sua própria comodidade. Usa a autoridade para seu próprio bem e sempre espera ser servido. Sua atitude é de “senhor” e não de “servo”. Nunca renuncia à sua comodidade para ajudar a mulher. Este marido está longe da vontade de Deus.

Deus quer que o marido seja abnegado, participe como Jesus e aja como Ele. Deve sacrificar-se a si mesmo pela esposa. Buscar a felicidade e bem-estar dela, tanto no físico, como no emocional e no espiritual. O marido deve dizer como Jesus: “Não veio para ser servido, mas para servir” (Mateus 20:28).

3. Compreensão – O marido deve conhecer profundamente a sua mulher para a poder compreender, amar e ajudar. Esta é uma das maiores necessidades da mulher.

Para isto é necessário “escutar com atenção o que ela diz”. Saber escutar é uma das qualidades mais valiosas que se pode ter. Quando o marido entender o que a mulher pensa e sente, poderá conduzi-la e protegê-la com sabedoria.

É necessário que o marido converse com a esposa. Procure entender como ela  se  sente e quais as suas cargas, para a poder animar e confortar. O marido precisa abraçá-la e beijá-la com frequência, quando ela está preocupada e nervosa. Um abraço e uma palavra amável e terna, mostram à mulher que ela tem ao seu lado alguém que a compreende e a ama. Um gesto de carinho renova as forças e liberta a mente de pensamentos negativos.

Alguns homens têm muita dificuldade em serem afectuosos porque não têm este costume, ou porque nunca receberam carinho na infância. É tempo de romper com toda a timidez e vergonha. Devem ver a importância disto no relacionamento com a mulher. Pode conseguir-se muito mais com um beijo do que com críticas ou autoritarismo.

4. Protecção – Quando o  homem  não  dá  uma protecção real e prática, a  mulher  se vê desprotegida (Efésios 5:29). Ela precisa de se sentir segura e confiante em seu marido. O desamparo e as preocupações sobrecarregam e oprimem a mulher.

estar presente no  casamento  (Cantares 7:10-13). Tudo o que escrevemos anteriormente estabelece bases sólidas para que este amor se desenvolva e cresça. O romance não é apenas para a lua de mel, mas sim para toda a vida.

Os discípulos do Senhor devem ser os maridos mais “apaixonados” por suas esposas. O amor dos mundanos se perverteu em egoísmo. Entretanto, o amor sentimental de um marido cristão nasce do verdadeiro amor de Deus que vive nele. Por isso, os discípulos de Jesus deveriam ser os melhores maridos.

Cultivemos em  nosso  coração  este amor. Enamoremo-nos de nossas esposas, valorizando-as, apreciando-as e elogiando-as. Demonstremos nossos sentimentos, dando-lhes flores.  Procuremos  aprender  a  maravilhosa  arte  do  amor  e afecto conjugal. Assim faremos nossas esposas felizes e nós mesmos também.
CONSELHOS AOS MARIDOS - I PEDRO 3:7

Depois de se dirigir às esposas, Pedro faz agora uma curta exortação aos maridos cristãos. Embora curta, ela é muito rica de conteúdo.
Embora  Pedro  tenha  escrito  seis versículos  sobre  as  esposas,  ele  escreve  apenas um aos maridos: “Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações”.

Como  podemos  verificar,  cada  palavra  é  carregada  de  um  sentido  profundo. Novamente aparece o “igualmente”, que estabelece a sequência do pensamento. É inspiradora a lista de qualidades do marido cristão apresentada por Pedro:

 1. Entendimento, ou seja, Sabedoria
Pedro aqui está a pedir que os maridos saibam viver com a esposa “segundo a sabedoria”. O sentido aqui não é intelectual. A sabedoria cristã é a sabedoria do amor.

Grande é o número de maridos que  não  têm  a  menor sabedoria na vida comum no lar. O marido precisa saber, que, como cabeça, sua maior responsabilidade é manter a união da família. O marido precisa saber quais são as necessidades da esposa... Quantos conhecem, apenas, as suas e ignoram as da esposa...

 2. Cooperação
O marido que considera sua esposa como “cidadã de segunda classe”, apenas serve os seus propósitos egoístas. Em Efésios 5:23-31, encontramos o grande exemplo para o marido: Cristo:

a) “Amai vossas mulheres” (25)
Os maridos devem amar suas esposas “como Cristo amou a Igreja”. Desta maneira o marido jamais terá de se preocupar com a submissão da esposa. Os requisitos principais do marido estão revelados em nosso Senhor Jesus Cristo que “amou a Igreja”, e “a Si mesmo se entregou por ela”. De igual modo o marido deve amar a sua esposa, cooperando com ela.

b) “Como a seus próprios corpos” (28-29)
A finalidade do amor do marido para com a sua esposa é a de dar-se a si mesmo, para que ela desfrute das bênçãos que Cristo também preparou para ela e de esperar dela só aquilo que é aprovado por Deus.

O marido deve ser tão solícito para com a esposa como o é para o seu próprio corpo, dispensando-lhe cuidado e atenção. O que faz o homem cuidadoso? Assim como providencia o descanso para o seu corpo, o trata com moderação, o alimenta, o veste, o protege, procura o seu conforto e cuida bem dele, também o deve fazer para com a sua esposa, pois ela é uma continuação da sua responsabilidade. A união conjugal está baseada nos mesmos alicerces (Efésios 5:30)

TIPOS DE MARIDO
Na nossa vida diária encontramos diversos tipos de maridos, os quais gostaríamos de mencionar:

 1. Ditador. Ele usa  a  sua  posição  para  liderar a sua família. Manda sozinho sem ouvir a opinião da esposa. Não dá satisfação dos seus actos. É tirano, cruel.

 2. Teimoso. Ele nunca admite  que  pode  estar errado. Julga-se infalível.

 3. Democrático. As  suas  decisões  são  baseadas  em  votações,  baseando  sua decisão na maioria.

 4. Insensível. Ele  é  frio,  mau,  ingrato,  despreza os outros. É normalmente infiel.

 5. Silencioso. Ele governa  o seu lar  sem  qualquer  comunicação  verbal. Massacra com o seu silêncio doentio.

 6. Explosivo. A família nunca sabe quando ele vai explodir. Faz “curto-circuito” num momento mas logo passa a tempestade. Está sempre zangado. Governa pela força e ameaça, perdendo todo o respeito dos seus.

 7. Brincalhão.  Nada ele  leva  a  sério.  Leva tudo para a brincadeira.

 8. Crítico.  Em tudo ele vê algo errado.  Acha  que  ninguém  sabe fazer nada direito. Só ele é perfeito.

 9. Hóspede. Ele  só  vai  a  casa  para  dormir, tomar banho e mudar de roupa.

10. Negligente. É gastador. Não se preocupa com o seu futuro nem o da sua família.

11. Indeciso. Ele  nunca  é  capaz  de  tomar  decisões. É dirigido pela esposa.

12. Hipócrita. Ele fala bem  da  esposa  e  dos filhos na sua ausência, mas é hostil e conflituoso na sua presença.

13. Ciumento. (sem  causa).  É  imaturo,  desconfiado, inseguro.

14. Ocupado.  Ele  nunca  tem   tempo   para   escutar  alguém.  Todas  as  conversas ficam para depois.

15. Militarão. Lá em casa anda tudo a toque de caixa.

16. Ideal. Ele  é  amoroso,  protector,  piedoso,  prudente,  fiel,  democrático (ouve e pondera opiniões antes de agir). É firme nas suas atitudes.

QUALIDADES DUM MARIDO CARINHOSO - I PEDRO 3:7

Os maridos precisam saber entender as necessidades da esposa. É inspiradora a lista de qualidades do marido cristão apresentada por Pedro, um homem de carácter impulsivo:

 1. Ser Compreensivo, Ajudando-a
O marido tem que se mostrar sensível aos sentimentos da esposa. Para o marido que passou o dia fora do lar, o regresso  a  casa  pode  revestir-se  de  expectativas pouco realistas. Ele vai encontrar uma esposa fatigada cuidando das crianças traquinas, ou poderá não compreender a esposa, que também trabalha fora do lar, e regressa para ainda ser esposa, mãe e dona de casa. Toda a esposa precisa do espírito compreensivo dum marido atencioso e ponderado.

Ajudar nossas esposas no seu trabalho é um modo seguro para aumentar a nossa apreciação. Não é exagero dizer o quanto benéfico é para ela a nossa ajuda, conforme a oportunidade permite. Até mesmo as coisas mais rotineiras que as esposas fazem não são só exigentes fisicamente, mas exigem uma variedade de habilidades que um marido pode bem subestimar até que ele tome parte nelas.

São muitas as esposas que muito fazem, mas o fazem sob pressão. Elas sentem necessidade que lhes falemos da importância do que estão fazendo. Assim, sentir-se-ão mais motivadas a cumprir o seu dever porque seus maridos a animam.

2. Ter Apreço e Consideração
O marido deve achar maneira de mostrar apreço e consideração à esposa pelo que ela é e faz por ele e pela família. Por natureza, a mulher é mais sensível e emocional que o homem. Sua necessidade da aprovação e do reconhecimento por parte do marido constitui uma grande  preocupação para ela. No amor entre o marido e a esposa, expressões que expressem apreço devem ser prioritárias. Que feio quando o marido começa a brincar com alguns defeitos da esposa, como por exemplo: Vem cá meu palitinho... estás a ficar com muitos pneus... etc..

3. Ser Cavalheiro, Elogiando-a As esposas precisam ser apreciadas
São muitas as vezes que elas  se  sentem  injustiçadas por falta de elogios.  Elas precisam de gratidão sincera, não de representação. O dar doces no Dia dos Namorados é bonito! Mas nada terá valor se não for dado com genuíno amor. Se nossas esposas não ouvem bastante sobre o quanto significam para nós, maridos, pode ser porque  nos  esquecemos  quanto  elas  realmente significam para nós. Podemos remediar o mal redescobrindo como nossas esposas são especiais.

Os maridos têm que ser uns cavalheiros. Devem tratar a esposa com respeito, com honra e dignidade. Devem recordar que as esposas são um sexo débil e que têm de as tratar com a maior cortesia. Há maridos que tratam suas esposas como criadas, governantas, simples objectos para sua satisfação.

Já pensámos no trabalho intenso a que ela está sujeita, como esposa, mãe, dona de casa? Já alguma vez a temos elogiado? Temos tido reconhecimento pelo tanto que ela faz?

Quantas vezes, depois de tanto trabalho durante todo o dia, em vez de ser elogiada recebe um homem carrancudo, refilão, exigente, autoritário. A exortação bíblica é que cada marido tenha consideração pela esposa que Deus lhe deu, tendo-a por preciosa.

4. Dando-lhe Honra
O marido deve especial atenção à esposa por esta ser o “vaso mais frágil”, não moral ou intelectualmente mas fisicamente. Este pensamento lembra I Coríntios 12:22-27, que refere que, os membros mais fracos do corpo devem ser revestidos de honra e consideração especiais. Pedro, ao escrever “como vaso mais fraco”, referindo-se à mulher, quer dizer: “manusear com cuidado...”, pois a esposa sendo por natureza mais delicada (no trato e no aspecto sentimental), é um vaso frágil, mas importante, cheio de conteúdo maravilhoso.

Ela  suporta  melhor  a  dor  física  que  o  homem. Seu organismo é mais complexo,  mais  sujeito  a problemas, mais frágil emocionalmente. Por isso, depende muito do amor, do apoio e do carinho do marido. Paulo diz: “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não as trateis asperamente” (Colossenses 3:19).

5. Almoçarem Juntos
Os maridos fariam bem em passar algum tempo, com frequência, relembrando os atributos que suas esposas possuem. Muitas qualidades que originaram o pedido de casamento ainda lá estão. Elas, certamente com o passar do tempo, foram enriquecidas com outros atributos mais admiráveis. O marido que medita sobre sua esposa, que ora por ela, e enumera as suas virtudes diante de Deus, em suas orações, mostrando sua gratidão, está no bom caminho para mostrar sua apreciação abertamente.

É bom que os maridos se lembrem  que  as  esposas  precisam,  de vez em quando, mudar de rotina, mudar de ambiente,  esquecer-se  do  fogão  e  da  louça  e  da azáfama do dia. O almoçarem fora, juntos, será motivo para se aproximarem mais um do outro, de se conhecerem melhor através do diálogo, que, em muitos casos, já não existe depois do namoro.

6. Lembrar-se do Dia dos Anos

As mulheres, ao contrário dos homens, são mais sensíveis às datas de aniversário. Gostam de ser lembradas no seu aniversário natalício, de casamento, etc.. Para os homens pode ter pouca importância esta lembrança, atenção e ternura, mas para as mulheres é muito importante.

7. Viver Momentos de Ternura

Disse alguém que o homem deve ser de aço coberto com veludo. Alguns são veludo por fora e veludo por dentro. Alguns, são puro aço. São secos. Não são afectivos.

Quantos maridos passam uma vida inteira sem dizer a suas esposas: “Querida, eu te amo!”. Alguns já se esqueceram dos seus tempos de ternura, e outros pensam que a idade faz passar o romance. Há maridos que são capazes de chegar a casa sem beijarem suas esposas. Outros há, que se passam dias e anos que lhes não dão um beijo, lhes não dão um único carinho. Alguns maridos há que só sabem dizer “eu te amo” na hora de ter relações sexuais.

O que necessita uma esposa? Ternura, carinho, romance. O namoro deve continuar na vida de casados, agora mais forte, porque vai sendo consolidado pelo amor acumulado ao longo dos anos.

O marido precisa de aprender a abraçar sua esposa quando ela está com as mãos cheias de sabão. Aquele que não pode abraçar sua esposa suada, cansada, está precisando aprender a amar sua esposa. As esposas sentem a falta destes momentos, que lhes trazem gratas recordações.

Não há tristeza que parta mais o coração do que a do marido que amava e apreciava ternamente sua esposa, mas deixou que ela fosse para a sepultura sem saber o que seu marido realmente sentia. Não é no velório, ou no cemitério, através de algumas lágrimas, que ela sente a afeição e a gratidão que poderiam ter abrilhantado toda a sua vida. Recordemos as palavras de Salomão, em Provérbios 31:10, 28-29!

8. Ser o Responsável espiritual

Os cônjuges devem compartilhar a responsabilidade espiritual do lar: “Sois herdeiros juntamente da mesma graça”. Alguns maridos limitam-se, apenas, a providenciar as necessidades físicas e materiais do lar, deixando a responsabilidade administrativa à esposa. Outros tomam uma atitude passiva e deixam que seja a esposa a tomar a liderança espiritual da família, mesmo em assuntos relacionados com a Igreja. Mas quão belo é ver os cônjuges  “juntamente” compartilhando o que Pedro chama a “graça da vida”.

O marido cristão tem de se lembrar que a alma de sua esposa é tão preciosa aos olhos de Deus como a sua própria.  Ambos  são  “juntamente herdeiros da graça divina”,  ou seja, devem andar juntos, em perfeita harmonia, com o desejo de ajuda mútua, para glória do Senhor. A única diferença é funcional.

9. Ter Uma Vida de Oração

Outra razão para os maridos tratarem bem as Esposas é para que as suas orações  não sejam interrompidas (I Pedro 3:7b). Quando não  há  dignidade, não podem orar juntos. O relacionamento fica bloqueado. A comunhão com Deus é interrompida.

Caso não seja observada esta verdade, o marido correrá o perigo de que as suas orações  “não sejam ouvidas”, pois diante de Deus o homem não pode apelar para a sua posição  privilegiada, pois diante de Deus os privilégios são iguais, tanto para o homem como para a mulher.

Se o marido e a esposa não estiverem em perfeita comunhão  (o que será impossível  se  estiverem zangados!),  não conseguirão orar juntos. Recordemos Mateus 18:19-20: “Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.

Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” e Efésios 4:26-27: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira; nem deis lugar ao Diabo”, pois, às vezes, surgem mal entendidos entre marido e esposa que devem ser ajustados, para que a harmonia seja restaurada, antes da oração da noite. Caso contrário, os  suspiros da esposa  maltratada  se  interpõem  entre  as  orações  do  marido e o ouvido de Deus.

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