terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Homossexualidade e o verdadeiro Amor cristão



O tema é por demais polêmico. Tratar do assunto é delicado, pois provoca as mais variadas e extremadas reações. Todavia, é muito importante ensinar o que o verdadeiro cristianismo bíblico aborda sobre a questão, para fazer um contrapeso com a postura preconceituosa da igreja contemporânea. De cara já se vê que minha abordagem não será conservadora nem terá aplausos dos cristãos ortodoxos radicais.
De um lado, uma coisa é certa: conforme a Bíblia, tanto no Antigo quanto Novo Testamento, a prática da homossexualidade é reprovada por Deus, sendo pecado contra a Sua santidade, por fugir do padrão heterossexual estabelecido na Criação divina: Adão e Eva, homem e mulher. O problema é que isso deve ser proclamado como confissão de fé religiosa, uma crença, e não imposto à força a quem quer que seja.
Mas, por outro lado, uma coisa é possível perceber na prática: os cristãos, eles mesmos, costumam condenar tanto a homossexualidade quanto as pessoas que fizeram essa opção sexual, tendo da parte do próprio Deus o livre arbítrio para assim se expressarem sexualmente, caso queiram estar nem aí para Deus, religião e Bíblia, ou aqueles que, por diversos motivos, se encontram envolvidos nessa opção, quer estejam satisfeitos ou não. Simplificando: Deus não aprova, mas permite. A igreja nem aprova, nem permite, não ama, condena antecipadamente, rejeita e discrimina, como se a convivência com homossexuais fosse tornar “impuro” o cristão que não concorda com a opção objeto dessa reflexão.
Eu creio e comunico minha fé que a homossexualidade é errada em termos bíblicos mas na mesma proporção dos demais pecados encontrados na Bíblia, como homicídio, adultério, sexo antes e fora do casamento, feitiçaria, idolatria, roubo, mentira, hipocrisia, falta de perdão, e por aí vai. Contudo, não é isso que vejo a atual igreja proclamar. Nunca tive envolvimento homossexual, mas, segundo a Bíblia, sem arrependimento, todos nós estaremos fadados a condenação perante Deus, e o primeiro desses pecadores sou eu mesmo. Entretanto, a porta da graça de Cristo está aberta para todos os que pecaram, e a Bíblia diz que todos pecaram. Repito: todos.
Satanizar o homossexual, não demostrando o amor real e sincero que brota de Jesus e não acolhê-lo em suas necessidades humanas como Cristo sempre fez com todos, inclusive quando ele(a) desejar ouvir o evangelho, independente de como ele(a) esteja, é fechar a porta da graça para uma pessoa preciosíssima aos olhos de Deus e fazer uma discriminação que Deus não faz, muitas vezes hipócrita, com os demais pecados nossos de cada dia.
Exemplo. Faz muito tempo que um amigo me confidenciou que era homossexual. A vida dele tinha muitos problemas em várias áreas. Ele encontrava em mim uma referência de confiança para compartilhar os fardos de sua vida sofrida. Descobrindo que sou evangélico, pediu para ir para a igreja comigo. Com alegria, disse que era pra já! Porém senti no ar certos comentário que não seria bom que eu, como “evangélico”, andasse com aquele amigo, pois as pessoas poderiam pensar mal ao meu respeito, manchando minha imagem de crente “santinho” que nunca tive nem quero ter, pois de máscaras e fingimentos religiosos já estou farto.
Em Cristo o ser é ser. Mas, aos homens, a aparência é extremamente importante, ainda que isso mate o amor e o Amor. E, quanto melhor for a aparência e a reputação, somado ao uso de terno e gravata, mais prestígio esse religioso terá dentro da estrutura, e ainda terá a audácia de dizer que está fazendo tudo em nome de Deus!
A mensagem nesse texto é que definitivamente a igreja atual não está preparada para aceitar , respeitar e conviver em sociedade com os homossexuais convictos e aceitar sua opção, muito menos para lidar com a questão do acolhimento dos homossexuais que desejam se aproximar de Cristo, repelindo-os num preconceito fariseu. Pro inferno com a boa reputação diante dos homens e desobedecer a Deus: todos os pecados tem o mesmo peso diante de Dele, de forma que Ele não faz acepção de pessoas.
Minha missão era, é e será comunicar o Evangelho do Amor de Cristo, que me salvou e que é poderoso para salvar a todos quanto invocarem ao Senhor Jesus Cristo. Terminou que aquele amigo passou a visitar a igreja comigo, mas se ele não demonstrasse interesse, não iria discriminá-lo de forma alguma. É um direito de todos aceitar ou não os indicativos bíblicos, e, no plano humano, isso precisa ser respeitado, sem negar que todos nós, um por um, seremos julgados por Deus no último Dia. Nisso eu creio e clamo a misericórdia de Deus sobre a minha vida, através do sangue purificador de Cristo, que é a causa de eu não já ter sido consumido.
Certa vez Jesus ouviu dos fariseus que, se de fato ele fosse um profeta de Deus, não estaria jantando com publicanos e pecadores, dentre os quais uma prostituta. Podemos nos dias atuais (escrevo em janeiro de 2011) acrescentar os homossexuais como alvo da refeição do Mestre. O mesmo Jesus convida a todos para a mesa, e, aquele que vier, de maneira nenhuma ele lançará fora, embora muitos cristãos lancem. De qual das duas posturas nós faremos parte?

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