Um microchip - implantado na pele - vai monitorar a quantidade de insulina no corpo e ajudar o paciente a controlar a doença.
Cientistas da Universidade Federal de Itajubá, em Minas Gerais estão desenvolvendo um aparelho que promete simplificar o tratamento da diabetes.
Um microchip - implantado na pele - vai monitorar a quantidade de insulina no corpo e ajudar o paciente a controlar a doença.
Há oito anos, a vida de Antônio mudou. Ele descobriu que tinha diabete tipo 1. A alimentação passou a ser controlada.
"Eu não como açúcar de jeito nenhum. Adoçante, né?", diz ele.
Vieram as aplicações de insulina, duas vezes por dia. Sem falar das picadas no dedo para medir a glicose.
"Teve uma época que tava todos os dedos furados. Uma época que eu não tava muito equilibrado, tinha que medir todo dia.", conta.
Mas o sofrimento de Antônio e de outros milhões de diabéticos no país pode estar com os dias contatos.
Na Universidade Federal de Itajubá alguns pesquisadores se esforçam para mudar essa rotina difícil de quem convive com a diabete.
No laboratório, eles desenvolvem um microchip que vai ser usado no controle da doença.
A equipe coordenada pelo professor Tales Pimenta desenvolve os minúsculos sistemas, que vão armazenar informações importantes sobre os pacientes.
"Dados pessoais, dia de nascimento, alergias, tipo sanguíneo. Ele vai mediar a glicose e a gente pretende colocar também capacidade para medir níveis de oxigênio, uréia, colesterol e até mesmo temperatura e outras grandezas não tão complexas de se medir", afirma Tales Cleber Pimenta, professor da Universidade Federal de Itajubá.
Os bio-sensores ficarão dentro de uma cápsula, do tamanho de um grão de feijão, que no futuro poderá ser implantada no organismo. Aproximando um outro aparelho ao corpo, será possível obter todas as informações.
"Elas seriam passadas por sinais de , então poderiam passar para um computador pessoal, ou poderiam passar para um ou outro dispositivo que possa interfaciar com esse dispositivo implantável", diz o professor da universidade.
Em uma segunda etapa, o próprio chip vai poder liberar quantidades necessárias de insulina. "O paciente nem vai precisar interagir, ele deixa sozinho, o equipamento cuida de tudo sozinho”.
Promessas que surpreendem até os médicos. "Essa aproximação com a engenharia vai possibilitar, cada vez mais que problemas que a gente enfrenta na clínica possam ser solucionados", diz João Batista Macedo Viana, médico neurologista.
Antonio foi conhecer a novidade e já sonha com o alívio que ela poderá trazer. "Espero ansiosamente por esse momento", diz ele.
Segundo o coordenador da pesquisa, em dois anos o aparelho deverá estar pronto para testes.
: Jornal Hoje
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