segunda-feira, 14 de março de 2011

Pastores da Igreja Universal relatam momentos de pânico vividos



Um forte tsunami, causado por um terremoto de 8,9 graus na escala Richter, atingiu o Japão, por volta das 14 horas de sexta-feira (11), horário local, ainda madrugada no Brasil. O tremor foi seguido por mais de 50 réplicas, algumas delas de magnitude superior a 6,0. Ao longo dos 21 mil quilômetros da costa leste do país, cidades e vilarejos foram afetados por violentos tremores, que chegaram até a capital, Tóquio, localizada a 373 quilômetros de distância do epicentro. Alertas de tsunami foram emitidos para todas as localidades banhadas pelo Oceano Pacífico, incluindo países da Américas do Sul e Central, Canadá, Alasca e toda a costa oeste dos Estados Unidos.
Desde 1995, a Igreja Universal do Reino de Deus está no Japão, onde mantém 17 templos espalhados por todo o território e mais de 50 missionários sob o cuidado evangelístico do pastor Valdir Souza. Ele conta que, no momento do terremoto, estava em um voo em direção à cidade de Nagoya e, quando soube da catástrofe, imediatamente tentou contato com os pastores que estão no país. “Quando vi as notícias pelo meu celular, pensei que o mundo estava acabando. O avião que eu estava iria pousar na cidade de Nagoya, às 16h30, mas fomos para outra cidade, próxima, e só conseguimos desembarcar às 19h30”, relata.
O pastor Silvio Iomori, da província de Gunma-Ken, disse que nesses 12 anos que vive no país nunca havia presenciado um terremoto tão intenso. “No começo, pensei que seria como sempre, alguns tremores passageiros, mas esse foi diferente, demorou muito. Quando saí da igreja, vi no rosto das pessoas o desespero. O trânsito estava completamente parado, muros caídos e falta de energia elétrica. Foi quando entrei novamente no templo e comecei a orar”, descreve. Após constatar que todos os membros da Igreja estavam bem, mesmo sem luz, o pastor Silvio fez a reunião da noite e ressaltou a todos a importância de estarem preparados para a volta de Jesus.

União

Já em Tóquio, o prédio da Igreja balançava muito, alguns azulejos caíram, os sistemas de gás e de água foram afetados, por causa de rompimentos nas tubulações, como explica o pastor Ito Nario (foto ao lado, com a esposa): “Confesso que nunca tinha passado por isso. O prédio todo balançava, os postes, as placas, os carros, parecia que tudo iria desabar. O tremor não cessava. A todo instante se notava que estava acontecendo o terremoto. Muitas pessoas ficaram sem transporte para voltar do trabalho, pois as linhas de trem pararam e as estações fecharam. Aqui em Tóquio, o trânsito ficou mais intenso e congestionado, muitas pessoas na rua procurando uma forma de ir para casa e outras de saciar a fome. As lojas de conveniências não estavam conseguindo atender a todos os clientes, pois as prateleiras ficaram vazias, até por que alguns restaurantes fecharam as portas.”
Para o pastor da província de Nagano-Ken, Adhemar de Laia, o que mais o surpreendeu, além do terremoto, foi o espírito de união vivido entre os membros e pastores da Igreja Universal. “Sem contato telefônico, tivemos que nos falar pela internet e todos nós, simultaneamente, oramos um pelos outros e ficamos em união. Foi um momento difícil, mas, graças a Deus, estamos todos bem. Todo esse transtorno me fez entender que nunca estamos só e que acima de tudo temos um grande Deus, que nos guarda”, afirma.
Apesar dos danos materiais sofridos em alguns templos da Igreja Universal, o pastor Valdir afirma que nenhum missionário residente no Japão sofreu qualquer ferimento e todos estão bem. “O terremoto e os tsunamis realmente tiveram uma proporção avassaladora, mas está escrito: ‘Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem.’ (SL 91:10,11) E nós cremos nessa promessa e nos apoiamos nela”, afirma.
O pastor também faz questão de ressaltar que as primeiras medidas de ajuda já foram tomadas no país pela Igreja. Os pastores já entraram em contato com membros e obreiros da instituição para avaliar a dimensão dos estragos causados, visando realizar, em breve, ações beneficentes de emergência. “Diante disso, vamos mobilizar as igrejas mais próximas e começar o trabalho de ajuda aos necessitados. Espiritualmente, já estamos realizando orações em favor das pessoas, com alguns membros que conseguiram chegar até os templos da região”, finaliza.

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