“Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia.”
Apocalipse 13:1
Já é chegada a hora de mais e mais cristãos, e tantos quantos se interessarem, saberem mais à respeito do último dos Livros da Bíblia, o Apocalipse. Tanto mais se vai aproximando o Grande Dia, o Dia do Senhor, quando retornará o Senhor Jesus Cristo, mais se vai tornando necessário o exame e o estudo das revelações que Deus concedeu ao seu povo a fim de preparar-nos para os últimos dos últimos dias.
Muito diferentemente do que se passou (e que ainda se passa) nos corredores da Igreja Católica Apóstata Romana, a qual obstaculizou, por muitos anos (e ainda o faz), a leitura e a interpretação das Escrituras, a interpretação da Bíblia nunca foi um privilégio de um grupo seleto de teólogos e estudiosos. Muito pelo contrário, o que está escrito é para toda a Igreja, independentemente de nível intelectual, formação acadêmica, títulos ou mesmo cargos. A vontade de Deus é que cada membro singular do Corpo de Cristo cresça em conhecimento, treinamento e preparo a fim de se tornar cada vez mais atuante e proveitoso segundo o ministério (serviço) que o próprio Deus distribui a cada um, segundo a Sua vontade.
De forma tremenda e espetacularmente sábia, Deus ocultou em enigmas e simbolismos muitas das revelações sobre o fim dos tempos, reservando assim, a Si próprio, a autoridade de desvendar, a seu tempo, este ou aquele acontecimento predito. Desta forma, não depende de quem simplesmente deseja conhecer este ou aquele significado de alguma revelação das Escrituras, mas depende de Deus conceder ou não a revelação sobre o que está escrito, não havendo, portanto, lugar para qualquer jactância humana, pois o conhecimento vem do alto, onde está o trono de Deus, não de baixo, onde habita o homem.
Certamente que alguns lerão este texto e não o compreenderão, enquanto outros o entenderão e louvarão a Deus, estando na dependência d’Ele o conceder que se entenda isto ou aquilo, segundo a revelação dos mistérios das Escrituras. Permanece assim o princípio verdadeiro e imutável do conhecimento das Escrituras, segundo o qual a Bíblia interpreta a própria Bíblia, na iluminação do Espírito Santo.
“Respondeu Daniel na presença do rei e disse: O mistério que o rei exige, nem encantadores, nem magos nem astrólogos o podem revelar ao rei; mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias.” Daniel 2:27,28
“Vi emergir do mar uma besta”
O apóstolo João foi levado pelo Senhor a presenciar todos os acontecimentos narrados no Apocalipse, pois a João foi dado que escrevesse sobre o que via:
“Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: Eu sou o Alfa e o Omega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Asia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.” Apocalipse 1:10-11
Ao escrever o capítulo 13 do Apocalipse, João relata e narra que viu emergir do mar uma besta. O mar, aqui e em outros trechos das Escrituras, simboliza o mundo, assim entendido como todo o universo visível no qual vive e atua o ser humano. Besta (do grego therion) significa um animal feroz, uma fera, um ser indomável e implacável. No Apocalipse há três Bestas descritas:
1-O Líder Mundial Blasfemo (1)
2-A Aliança de Dez Nações (2)
3-O Falso Profeta (3)
“Tinha dez chifres e sete cabeças”
Seria impossível entendermos esta passagem das Escrituras, não tivesse o Senhor concedido a explicação sobre essas cabeças e esses chifres, no capítulo 17 do Apocalipse:
“Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco. E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição. Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora.” Apocalipse 17:9-12
“Os dez chifres que viste são dez reis”
Segundo as Escrituras, dez reis se unirão em uma aliança e terão grande autoridade sobre o mundo. Na realidade, esses dez reis serão dez governantes de dez nações que se unirão em uma poderosa aliança internacional, uma das mais poderosas, e também a última, de toda a história da humanidade. Essa aliança é a besta (2). Podemos ler sobre essa aliança das dez nações em Daniel:2:
“Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino; e, depois deles, se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis” Daniel 7:24
Os dez chifres da besta (2) serão, portanto, dez reis que se unirão em uma aliança política, militar e econômica. Esta aliança será um poder imperialista e ditatorial, e dominará sobre o mundo. As características deste reino, o último antes que venha o fim, será de crueldade e destruição. Vejamos o que diz a Bíblia sobre esse reino:
“A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade.” Apocalipse 13:2
Quem ler o Livro do Profeta Daniel entenderá que quando as Escrituras se referem a um reino semelhante a leopardo, isto significa um reino feroz, implacável e destruidor. Semelhantemente, os pés como de urso significam a força para esmagar e para abater, e é isto o que o império da besta (2) procurará fazer aos seus opositores. Boca de leão significa um reino que devora e que dilacera, como o faz a poderosa boca de um leão. Esta simbologia fica bem entendida, como já escrevi, quando se lê o Livro do Profeta Daniel. Estas, portanto, serão as características do império da besta (2), a Aliança das Dez Nações, os Dez Chifres.
“Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora. Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem.” Apocalipse 17:12,13
No trecho bíblico acima, vemos que os dez reis da aliança das dez nações oferecem seu poder, sua influência política, militar e econômica à besta, ie, à Confederação das Dez Nações, sendo os seus governos submissos às causas e aos interesses da confederação das dez nações, a besta (2).
“e sete cabeças”
Novamente aqui, não seria possível entendermos o significado dessas sete cabeças, não fosse o trecho de Apocalipse 17:
“Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco. E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.”
Este trecho mostra uma sucessão temporal de sete reis que se levantarão, sendo eles, cada um à sua vez, o líder da confederação dos dez chifres, a besta (as dez nações). “Dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou” mostra o sexto rei (ou líder) no momento de sua atuação, e que será substituído pelo sétimo rei, o qual virá, seguindo a cronologia dessa sucessão, após a queda do sexto rei. O sétimo rei governará por pouco tempo: “e, quando chegar, tem de durar pouco”. “E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.” Este será o Anticristo, a Besta (1) que dominará o mundo, sendo o último líder da confederação das dez nações (2), o qual receberá autoridade para liderar como nenhum dos seus antecessores.
“Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela? Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu. Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça.” Apocalipse 13:3-9
Antes de prosseguirmos, uma breve recapitulação:
A Besta (2) será uma Aliança de Dez Nações, a qual será liderada por sete cabeças (sete reis) que ocuparão a liderança da confederação, um após o outro, e que oferecem todo seu poder a essa confederação (os dez chifres). O último desses reis, o oitavo, e que procede dos sete, será o Anticristo, o Líder Mundial Blasfemo (1).
“Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta;”
Esta cabeça “como golpeada de morte” se refere ao oitavo rei, o que “procede dos sete, e caminha para a destruição”. É este (1) o último dos líderes da confederação (2). Pelo trecho bíblico acima, podemos ver que esse homem será ferido e tido por morto, e quando reaparecer causará grande surpresa ao mundo, o qual se maravilhará diante desse acontecimento, e passará a aceitá-lo como o Líder do Mundo.
Esse líder mundial falará coisas horrendas contra Deus, será um líder blasfemo e instrumento do diabo:
“e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela? Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu.”
No Livro de Daniel encontramos a referência a esse rei:
“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que se cumpra a indignação; porque aquilo que está determinado será feito.” Daniel 11:36
Empreenderá uma grande e internacional perseguição contra os cristãos:
“Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse.”
A perseguição se dará devido ao ódio que Satanás nutre por Deus e por Seus filhos, os cristãos. Nós, cristãos, evidentemente que nos recusaremos a adorar esse Líder Mundial (1), e, também por isso seremos perseguidos. O mundo inteiro, os que estiverem separados do Senhor Jesus Cristo, se renderão à sedução do diabo e adorarão o Líder (1) da Confederação das Dez Nações (2):
“Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça.”
Novamente, um breve resumo:
Dez nações se darão em aliança (2), e esta aliança culminará com o governo mundial do último dos líderes desta aliança, a Besta (1), o Anticristo, o qual será um homem dominado por Satanás, blasfemo e completamente arrogante e implacável. Este líder (1) da Confederação das Dez Nações (2) dominará sobre o mundo inteiro, e todas as nações o aceitarão como sendo o Líder do Mundo. APENAS OS CRISTÃOS O REJEITARÃO, por causa da fidelidade e do conhecimento de Deus, por esta razão a Igreja composta pelos verdadeiros servos e filhos do Senhor Jesus Cristo, será perseguida, até que venha o Senhor.
O líder mundial blasfemo receberá permissão do Céu a fim de que domine por quarenta e dois meses, três anos e meio:
“Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses;” e será morto pelo próprio Senhor Jesus Cristo, quando Este retornar à terra para o Dia do Senhor, o Dia do Juízo:
“então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. 2 Tessalonicenses 2:8.
Esse império mundial, formado por dez nações em aliança, e que será liderado pelo Anticristo, o oitavo rei, a última cabeça, terá apoio religioso. E esse apoio religioso será dado pelo Falso profeta (3).
“Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão. Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada.” Apocalipse 13:11,12
Pelo atual desenrolar dos acontecimentos, é bem possível que a segunda Besta, o falso profeta, seja um Papa da Igreja Católica Romana, o ramo traidor e herege do Cristianismo. Karol Vojtila, o atual Papa, se encontra muito enfermo e avançado em idade, 82 anos. O Vaticano já demonstra evidentes sinais da grave manifestação final da apostasia (traição a Cristo) da Igreja Católica Romana. A promiscuidade explícita do Ecumenismo Mundial, o qual aceita a comunhão entre todas as religiões do mundo, muito provavelmente será grandemente intensificada pelo sucessor de Karol Vojtila. Católicos, Hinduístas, Budistas, Judeus, Muçulmanos, Espíritas, Feiticeiros, Gurus, Bruxos e até mesmo Protestantes (apóstatas) se entrelaçarão em uma promiscuidade espiritual das trevas e farão forte oposição aos verdadeiros cristãos. E terão ódio de nós, visto que jamais nos curvaremos diante de tamanha afronta a Deus. Esta união pagã e politeísta das religiões do mundo inteiro é a mais intensa e a maior de todas as proposições do New Age Movement, o Movimento Nova Era.
Este falso profeta, “a besta que é semelhante a cordeiro mas fala como dragão” operará sinais da mentira, enganado o mundo inteiro, e seduzirá as nações a fim de que adorem a Besta (1) como se fosse um deus.
“Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.” 2 Tessalonicenses 2:9-12
Vemos a mesma narrativa em Apocalipse 13:
“Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão. Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens. Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu; e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta.”
Sendo reconhecido pelo mundo como o seu líder, a Besta (1) será venerada e adorada pelo mundo, e uma imagem será feita a esse rei, e a adoração à imagem da besta será a última manifestação de idolatria da história da humanidade. Durante esse tempo, será colocada uma marca sobre a fronte ou sobre a mão direita de todos os adoradores da besta (1):
“A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis.” Apocalipse 13:16-18
Essa atitude de adoração à imagem da besta será letal e sem perdão. Deus adverte, solenemente, que os adoradores da besta e da sua imagem estarão irremediavelmente perdidos por toda a eternidade:
“Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome. Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” Apocalipse 14:9-12
Diante de tudo o que foi exposto, vemos que só há uma única maneira de estarmos seguros e de não sermos nem enganados e nem pegos de surpresa: Tendo fé no Senhor Jesus Cristo. A submissão a Cristo é a grande e única proteção efetiva contra todo o mal que, em breve, sobrevirá ao mundo.
“Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.” Senhor Jesus Cristo, João 6:37
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