segunda-feira, 6 de junho de 2011

VOCÊS QUEREM ISSO NO BRASIL ? ENTÃO APOIEM OS RADICAIS ISLâMICOS - Licença para matar Atentado mata dezesseis em Jerusalém e conflito se rende à lei do olho por olho



 
Reuters
Masri, o terrorista suicida do Hamas, com fuzil e o Corão: bomba recheada de pregos
As cenas de horror, os corpos dilacerados, carrinhos de bebê vazios tombados no chão, a dor no rosto daqueles que perderam parentes e amigos já foram vistos antes em Israel – mas nem por isso se tornaram banais ou menos terríveis. Aconteceu de novo na quinta-feira passada numa pizzaria abarrotada de crianças e turistas no centro de Jerusalém. Às 2 da tarde, horário de maior movimento, o palestino Izzadine Masri, 23 anos, detonou dentro do restaurante os explosivos que levava amarrados em torno da cintura. A bomba continha pregos, que se espalharam por todos os lados, aumentando o poder de destruição e o número de vítimas. O atentado matou dezesseis pessoas, incluindo seis crianças, feriu outras 150, muitas com pregos enfiados no corpo. Entre as vítimas estava Jorge Balazs, 60 anos, um turista brasileiro que havia chegado a Jerusalém no dia anterior para assistir ao casamento de um filho, que mora em Israel. Ele caminhava perto da pizzaria com a mulher, Flora Rosembaum, e a filha, Deborah Balasz da Costa Faria, quando a bomba explodiu. A explosão foi tão forte que matou Balasz e feriu as duas brasileiras.
Foi o pior ataque terrorista desde junho, quando outro homem-bomba matou 21 adolescentes israelenses numa discoteca de Tel-Aviv. Nos últimos dez meses, desde o início da Intifada, a revolta palestina nos territórios ocupados por Israel na guerra de 1967, mais de 650 pessoas já morreram, cerca de 500 palestinos e 150 israelenses. A mensagem contida nessa matança é assustadora: o conflito entre israelenses e palestinos entrou na fase em que cada lado parece ter aceitado a lógica da lei do olho por olho. Os que apertam o gatilho ou acionam bombas agem como se a disputa entre os dois grupos, judeus e palestinos, lhes desse o álibi para cometer assassinatos monstruosos. Foi assim que o Hamas, a milícia islâmica que rivaliza em poder com o líder palestino Yasser Arafat, justificou o atentado na pizzaria. O massacre não passou, na lógica dos fanáticos, de uma vingança pela morte de oito palestinos na cidade de Nablus, no fim do mês passado. Militantes do Hamas, eles foram assassinados pelo Exército israelense em obediência à política de perseguir e matar palestinos suspeitos de envolvimento com terrorismo. A estratégia de causar perdas sangrentas é popular em ambos os lados. Na cidade palestina de Ramallah e nos campos de refugiados do Líbano, centenas de palestinos foram às ruas comemorar a matança na pizzaria, como se fosse uma vitória no futebol.

Fotos AFP
Fotos AFP
Vítima da bomba na pizzaria: seis crianças e um brasileiro entre os mortos Palestinos festejam o assassinato
Impressiona como a esperança de paz esvaneceu-se totalmente. Entre a assinatura dos acordos em 1993 e a explosão da Intifada, no ano passado, houve uma tentativa de convivência entre os dois povos que disputam a Palestina. Líderes palestinos e israelenses tratavam-se mutuamente como estadistas. A delicada arquitetura do entendimento desabou um ano atrás, quando Arafat rejeitou os termos da oferta de divisão da região mais ou menos do jeito que era em 1967, proposta pelo então primeiro-ministro, Ehud Barak. A eclosão da Intifada convenceu a maioria dos israelenses de que a liderança palestina não está interessada em paz, mas busca a destruição do Estado de Israel. A pesada repressão militar aos protestos mostrou aos palestinos que os israelenses nunca negociam em boa-fé e que só entendem a linguagem da violência.
O resultado da desilusão mútua é a rotina de ataques e contra-ataques. Em resposta ao atentado na pizzaria, o Exército de Israel bombardeou o quartel-general das tropas de elite de Arafat e ocupou prédios públicos, inclusive a Orient House, a embaixada informal da Autoridade Palestina. A ocupação dos imóveis foi um recado mais pesado que o bombardeio: significou o desmantelamento, ainda que temporário, dos símbolos de um futuro Estado palestino na cidade que os palestinos querem como capital. No momento, ninguém sabe como interromper o ciclo de violência. A opinião dominante é que o processo de paz está morto. A única esperança é chegar a um cessar-fogo que dê tempo para a ação dos negociadores. Todas as tentativas de calar as armas foram até agora infrutíferas. Com tantas matanças, ninguém acredita que israelenses e palestinos possam ter uma convivência fraternal. Na situação atual, o máximo que se pode esperar é que eles cheguem, um dia, a conviver sem matar uns aos outros.




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