
- Fui dar um beijo na minha mãe e ela estava respirando. Comecei a gritar "minha mãe está viva!", e todos ficaram me olhando como se eu fosse louca. Você vai ao hospital pegar uma pessoa que conhece, que te botou no mundo, e, além de ela estar na gaveta gelada de um hospital, quando abre, vê que a pessoa está respirando - desabafou a filha de Rosa, Rosângela Celestrino.
Segundo a direção do hospital, a paciente já havia sofrido dois derrames e respirava com o auxílio de aparelhos. Às 19h20m de sexta-feira, uma enfermeira da emergência teria chamado o médico de plantão porque Rosa não apresentava mais sinais de vida. O médico teria feito testes e assinado o prontuário. Com base na avaliação, o chefe do plantão emitiu uma declaração de óbito e a mulher foi levada para o necrotério. Às 22h, o erro foi constatado e a paciente voltou ao CTI.
- Ela fez algum tipo de movimento e imediatamente foi levada para o CTI, intubada novamente e colocada no respirador - disse o diretor Manoel Moreira Filho.
O médico que atestou o óbito pediu demissão e a enfermeira foi demitida, mas seus nomes não foram divulgados. A família registrou queixa na polícia. Se for comprovada a negligência, ambos podem ser autuados por lesão corporal ou, se a paciente morrer, por homicídio culposo.
Na quarta-feira, o chefe de plantão do Hospital de Saracuruna foi exonerado, porque um acidentado foi recusado na unidade. Gabriel Paulino dos Santos de Sales, de 21 anos, que sofreu um acidente às 16h30m de segunda-feira, em Caxias, passou por cinco unidades de saúde, até conseguir ser internado no Hospital Salgado Filho, no Méier.
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