domingo, 25 de setembro de 2011

Opinião: Corrupção na doação de Órgãos

 



É muito estranho saber que a palavra “CORRUPÇÃO”, ultimamente, tem sido associada a DOAÇÃO DE ORGÃOS, pois estamos acostumados a vê-la associada a atitudes sem nenhum vínculo afetivo.
Agora, vê-la associada a um GESTO ou ATITUDE de solidariedade e amor ao próximo é o fim dos tempos.
Mas enfim, vivemos num mundo moderno de constantes transformações. Vivemos numa busca constante de soluções e melhorias, porém há situações em que apenas com um gesto ou uma atitude, podemos mudar o rumo de uma outra vida.
Uma destas Atitudes é a DOAÇÃO DE ÓRGÃOS, onde encontramos uma fila considerável de pessoas que aguardam pelo simples gesto de amor e solidariedade.
Doar é sem dúvida o maior ato de amor ao próximo, onde entregamos uma parte de nossos entes queridos e até de nós mesmo, para proporcionar uma vida normal a um desconhecido.
O número de doações tem aumentado nos últimos anos, mas ainda está muito fora de nossas necessidades. No Brasil, temos poucos doadores, o que causa mais esperas e sofrimentos para as pessoas que esperam o dia de serem transplantados.
Diante da necessidade de aumentar o número de doações é fundamental identificar as motivações e percepções das pessoas a respeito das doações. Sabemos que hoje as pessoas têm medo de serem doadoras por diversos motivos: a desinformação da população, a corrupção e tráfico de Órgãos, a religião, além dos valores morais e pessoais.
A informação escassa vai ao encontro de crendices, facilitando as opiniões contrárias às doações.
Além disso, muitas vezes a publicação de matérias na mídia sobre o tráfico e venda de órgãos, confunde a população, sem comprovação da ocorrência, deixando dúvidas sobre o verdadeiro destino do órgão captado, lançando até mesmo suspeitas sobre o diagnóstico de morte cerebral, fazendo com que a credibilidades da comunidade médica seja posta em XEQUE, fator que fica em evidência quando o assunto é corrupção e Tráfico de órgão.
Culturalmente, estamos acostumados a “dar um jeitinho” para solucionarmos nossos problemas, e por causa disto vivemos em constantes escândalos envolvendo corrupção para venda e tráfico de órgãos.
Nota-se que a DOAÇÃO DE ÓRGÃOS não está culturalmente inserida em nossas vidas, pois vivemos com valores fortalecidos pelas crenças, pela corrupção e pelos próprios valores pessoais e que fortalece o medo da DOAÇÃO.
Portanto, é necessário que as autoridades façam algo para resgatar a credibilidade, ocasionada pela falta de informações, propondo soluções para o problema que nos aflige, atuando com ética para que os nossos interesses sejam atendidos, diminuindo assim o sofrimento de diversas pessoas que aguardam na fila de espera.

Márcia Amorim é Gerente Administrativa

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