sexta-feira, 27 de abril de 2012

Garotinho divulga fotos de Cabral e dono da Delta em Paris


Segundo Garotinho, as fotos em que aparecem Cabral, Cavendish e secretários foram feitas durante uma viagem oficial. Foto: ReproduçãoSegundo Garotinho, as fotos em que aparecem Cabral, Cavendish e secretários foram feitas durante uma viagem oficial
O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) publicou nesta sexta-feira em seu blog fotos do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e parte de seu secretariado em Paris com o empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta - suspeita de ter atuado no esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Segundo Garotinho, as fotos foram tiradas na porta do hotel Ritz, em uma viagem oficial do governador. Em nota, o governo não comentou a presença de Cavendish nos registros, apenas esclareceu a agenda de Cabral na ocasião, em setembro de 2009.
Em outras fotos, Cavendish e os secretários de Governo, Wilson Carlos, e de Saúde, Sérgio Côrtes, aparecem com panos na cabeça e parecem estar dançando. De acordo com o deputado, eles estavam no restaurante do hotel Ritz.
"Observem abaixo, em duas fotos tiradas dentro do restaurante do Hotel Ritz, de Paris, Sérgio Côrtes, Fernando Cavendish e o secretário Wilson Carlos, mais duas pessoas que não identifiquei, com guardanapos amarrados na cabeça, embriagados, dançando a música da Boquinha da Garrafa (segundo o depoimento de quem me enviou o material), debochando, rindo às gargalhadas, escandalizando certamente os milionários que frequentam o refinado ambiente, e ainda por cima causando uma péssima imagem dos brasileiros. É um deboche total!", escreveu Garotinho, sem revelar a fonte das imagens.
O deputado ainda divulgou fotos em que o secretário de Casa Civil, Régis Fichtner, com Cavendish. Fichtner foi designado por Cabral para fazer uma auditoria nos contratos que o governo tem com a Delta, após a divulgação de uma gravação em que Cavendish insinua pagamento de propina a políticos em troca de contratos. A empreiteira é uma das que mais recebeu verbas do governo federal nos últimos anos e integrava o consórcio para a reforma do estádio do Maracanã, negócio que a empresa deixou com o início da crise. Nesta semana, Cavendish se afastou da presidência da Delta.
Em junho do ano passado, sete pessoas morreram na queda de um helicóptero que levava convidados para a festa de aniversário de Fernando Cavendish em um resort na Bahia. Entre os mortos estavam Mariana Fernandes Noleto, namorada de um dos filhos de Cabral, e Jordana Kfuri, mulher do empreiteiro. A segunda viagem da aeronave levaria Cabral, seu filho e Cavendish de Porto Seguro até o resort. Antes, o grupo havia sido transportado do Rio de Janeiro à Bahia em um jatinho emprestado pelo empresário Eike Batista. As viagens revoltaram deputados estaduais da oposição, que pediram explicações ao governador sobre supostos favorecimentos aos empresários. O Ministério Público do Rio também abriu procedimento para apurar as relações de Cabral.
Confira a íntegra da nota divulgada nesta noite pelo governo fluminense:
Com relação a fotografias veiculadas na internet nesta sexta-feira (27/04) que mostram o governador Sérgio Cabral e secretários de Estado em Paris, o governo do Rio de Janeiro informa que:
Em missão oficial à França, realizada nos dias 14 e 15 de setembro de 2009, o governador Sérgio Cabral participou do lançamento do 'Guia Verde Michelin Rio de Janeiro', na Embaixada do Brasil em Paris; participou de encontros de trabalho para a então campanha pelas Olimpíadas de 2016 no Rio; e fez palestra na Câmara de Comércio Brasil-França para investidores franceses. Entre os seus compromissos oficiais, o governador recebeu, no dia 14, a condecoração máxima do governo da França: a Légion d'Honneur, no Senado daquele país. Coube ao presidente do Senado francês, Gerard Larcher, fazer a entrega.
Após a solenidade, o barão francês Gerard de Waldner, casado com a brasileira Sílvia Amélia de Waldner, chamou ao Clube Inglês convidados dele em homenagem ao governador e à condecoração recebida. Estavam presentes secretários de Estado; empresários brasileiros; o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman; empresários portugueses, como Antonio Pereira Coutinho; empresários franceses, como Thierry Peugeot e Martin Bouygues.

Carlinhos Cachoeira
Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina. O escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido como mensalão.
Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram contatos entre Cachoeira e o senador democrata Demóstenes Torres (GO). Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido a critérios legais.
Nos dias seguintes, reportagens dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo afirmaram, respectivamente, que o grupo de Cachoeira forneceu telefones antigrampos para políticos, entre eles Demóstenes, e que o senador pediu ao empresário que lhe emprestasse R$ 3 mil em despesas com táxi-aéreo. Na conversa, o democrata ainda vazou informações sobre reuniões reservadas que manteve com representantes dos três Poderes.
Pressionado, Demóstenes pediu afastamento da liderança do DEM no Senado em 27 de março. No dia seguinte, o Psol representou contra o parlamentar no Conselho de Ética e, um dia depois, em 29 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski autorizou a quebra de seu sigilo bancário.
O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), anunciou em 2 de abril que o partido havia decidido abrir um processo que poderia resultar na expulsão de Demóstenes, que, no dia seguinte, pediu a desfiliação da legenda, encerrando a investigação interna. Mas as denúncias só aumentaram e começaram a atingir ouros políticos, agentes públicos e empresas.
Após a publicação de suspeitas de que a construtora Delta, maior recebedora de recursos do governo federal nos últimos três anos, faça parte do esquema de Cachoeira, a empresa anunciou a demissão de um funcionário e uma auditoria. O vazamento das conversas apontam encontros de Cachoeira também com os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. Em 19 de abril, o Congresso criou a CPI mista do Cachoeira.

via GRITOS DE ALERTA.
INF. TERRA /BLOG DO GAROTINHO

Um comentário:

ricardoxavibc disse...

Gastando o dinheiro do trabalhador brasileiro em hotel chick

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...