A mãe de uma das crianças que teriam sido abusadas
sexualmente por um diplomata iraniano foi recebida nesta quarta-feira (18)
pela Coordenação de Privilégios e Imunidades do Itamaraty. A mulher, que não
quis se identificar, disse que o diplomata teria abusado de menores mais de uma
vez.
“Ele já fez isso com outras crianças. Os pais não deram bola porque achavam que os filhos tinham exagerado”, afirmou.
Em depoimento à polícia, o conselheiro iraniano, de 51 anos, negou as acusações. A embaixada iraniana ainda não confirmou se o diplomata continua no Brasil ou se voltou para o Irã.
Como o iraniano tem imunidade diplomática, a polícia encaminhou o registro da ocorrência ao Itamaraty, que vai analisar o documento para decidir que medida deve ser adotada.
São três possibilidades: informar o caso para a embaixada do Irã; convidar o diplomata a deixar o país ou julgar o iraniano de acordo com a lei brasileira, caso o Irã renuncie a imunidade diplomática do conselheiro.
Os pais das vítimas afirmam que, no sábado (14), o conselheiro teria tocado nas partes íntimas de meninas com idades entre nove e 15 anos na piscina de um clube na Asa Sul.
A direção do clube informou que abriu processo disciplinar para apurar o caso e suspendeu o diplomata por 90 dias. Ele era sócio desde abril do ano passado.
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