Segundo o diário
britânico "London Times", a Força Aérea Israelita está-se preparando para a
possibilidade de um ataque ao Irão "dentro de dias, ou até de horas, assim
que for dada luz verde". Um membro do Instituto de Estudos para a Segurança
Nacional diz que apesar desta notícia, o ataque é improvável sem que haja apoio
norte-americano.
Segundo a informação dada ontem
pelo London Times, os militares israelitas estão se preparando para
lançar um ataque aéreo massiço contra as instalações nucleares iranianas dias
após de ser dado o OK pelo seu governo.
Entre os passos dados para
preparar as forças israelitas para aquilo que poderá ser um raide arriscado
exigindo ataques aéreos cirúrgicos estão a aquisição de três aviões Airborne de
aviso e controle (AWAC) e missões regionais para simulação do
ataque.
Dois simulacros de defesa civil
a nível nacional programados para as próximas semanas são vistos como preparação
do público para a retaliação que Israel poderá ter de
enfrentar.
"Israel quer saber se as
suas forças receberem luz verde poderiam atacar o Irão num espaço de dias ou até
de horas. Estão fazendo preparações a todos os níveis para essa eventualidade. A
mensagem ao Irão é a de que a ameaça não é só palavras". - referiu o
diário, citando as palavras de um oficial israelita.
Oficiais acreditam que Israel
necessitará de atingir mais de uma dezena de alvos, incluindo comboios em
movimento. Os sítios incluem Natanz, onde milhares de centrifugadoras produzem
urânio enriquecido, Esfahan, onde estão armazenadas 250 toneladas de gás em
túneis, e Arak, onde um reactor de água pesada está produzindo
plutónio.
A distância de Israel até um
dos locais é de mais de 1.200 kms., uma distância que as forças israelitas já
"ensaiaram" no ano passado, cobrindo essa distância com jactos F15 e F16,
helicópteros e aviões de reabastecimento.
O possível ataque de Israel ao
Irão atrai comparações ao ataque semelhante contra a facilidade nuclear de
Osirak, perto de Bagdade, no Iraque, em 1981. O ataque erradicou as instalações
em menos de 100 segundos, sem quaisquer perdas israelitas.
"Não faríamos esta ameaça
ao Irão sem que tivessemos a força para a suportar" - afirmou um oficial
israelita ligado aos serviços secretos, acrescentando: "Têm havido movimentações
recentes e diversas preparações no terreno indicando que Israel está preparado
para atacar."
Adiantou ainda que não será
provável que Israel avance com o ataque sem receber pelo menos aprovação tácita
por parte dos EUA, que estão actualmente mostrando um tom mais conciliatório ao
lidarem com o Irão nesta nova administração.
Um ataque israelita ao Irão
obrigaria a que os aviões sobrevoassem o espaço aéreo da Jordânia e do Iraque,
onde forças americanas têm uma forte presença.
A visita do presidente Obama a
Israel programada para Junho vai "coincidir" com as eleições nacionais no Irão,
um timing que daria aos EUA tempo para reavaliarem resoluções
diplomáticas com o Irão antes de ouvirem a posição israelita.
O ataque da aviação israelita
ao comboio de veículos carregados de armas dirigidas ao Hamas recentemente
realizado no Sudão poderá ter sido o "ensaio" para o que poderá acontecer no
Irão. O exercício anti-míssil a realizar conjuntamente pelos EUA e Israel é
também uma preparação para a defesa de Israel no caso de uma retaliação
iraniana.
"Israel tornou bem claro
que não irá tolerar a ameaça de um Irão nuclear. Segundo os serviços secretos
israelitas, eles terão a bomba dentro de dois anos. Uma vez com a bomba, será
demasiado tarde e Israel não terá outra escolha senão atacar - com ou sem a
América" - afirmou um oficial do Ministério da Defesa de Israel.
Shalom, Israel!
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