terça-feira, 11 de setembro de 2012

Crise da água deve ser prioridade para ONU, dizem ex-presidentes


O planeta enfrenta uma crise crescente em relação à água, advertiram nesta segunda-feira ex-chefes de Estado em um informe, no qual consideraram que o tema deveria ser reconhecido como prioridade pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“O impacto político da insuficiência de água poderá ser devastador no futuro”, afirmou o ex-primeiro-ministro canadense Jean Chretien, co-presidente do Conselho do InterAction, grupo formado por 40 chefes de Estado e governo, entre eles o ex-presidente americano Bill Clinton.
“Usar a água como usamos hoje não permitirá responder às necessidades da humanidade no futuro”, insistiu, em teleconferência com jornalistas.
Por causa disto, “o Conselho do InterAction faz um apelo ao Conselho de Segurança da ONU para que a água seja considerada uma das principais preocupações que a comunidade internacional enfrenta”, acrescentou Chretien.

Ahmad Masood – 5.ago.12/Reuters
Mulher carrega galão de água na cabeça na cidade de Charanka, na Índia
Mulher carrega galão de água na cabeça na cidade de Charanka, na Índia
ASSEMBLEIA GERAL DA ONU
Ministros de Relações Exteriores de vários países devem se reunir para discutir a questão da água à margem do encontro da Assembleia Geral, que acontecerá em Nova York entre 23 e 29 de setembro.
“O uso mais eficaz dos recursos hídricos permitirá à humanidade responder aos problemas de hoje e às dificuldades e surpresas que podemos esperar com o aquecimento global”, continuou Chretien.
O informe do Conselho do InterAction insiste em que na China e na Índia a maioria das pessoas poderá ter uma demanda maior de água do que a disponível em menos de 20 anos.
O risco da crise da água já é alto em muitas partes do mundo, principalmente no norte da África e na região subsaariana, onde já há escassez, alertou o documento.
Seus autores acrescentaram que o acesso à água é uma das chaves para se alcançar a paz entre israelenses e palestinos.
Também anteciparam eventuais conflitos causados por mudanças importantes devido a secas e inundações que, dependendo das circunstâncias, podem provocar graves tensões.
Segundo o informe, aproximadamente 3.800 quilômetros cúbicos de água doce são bombeados ao ano dos ecossistemas aquáticos em todo o mundo. Com 1 bilhão de habitantes a mais no planeta estimados para 2025, só a produção agrícola precisará de 1.000 km cúbicos a mais de água por ano.
Fonte: Folha/UOL/GRITOS DE ALERTA

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