sábado, 24 de novembro de 2012

Segundo Edir Macedo, Igreja Católica e Globo são os maiores inimigos da Igreja Universal



Segundo Edir Macedo, Igreja Católica e Globo são os maiores inimigos da Igreja UniversalSegundo Edir Macedo, Igreja Católica e Globo são os maiores inimigos da Igreja Universal
O primeiro volume da biografia de Edir MacedoNada a Perder, tem sido considerada o maior sucesso editorial de 2012. Após ser lançado em eventos concorridos em 28 cidades no Brasil, o livro vendeu 350 mil exemplares em dois meses. Também lançado na versão em espanhol em diversos países da América Latina, já alcançou mais de 94 mil cópias vendidas.
Nada a Perder chegará em breve à Europa, com lançamento programado para Madrid, (8/12) e Lisboa (15/12) Uma versão em francês deve ser lançada em Paris, no começo de 2013.
A entrevista concedida à revista Istoé desta semana, onde é matéria de capa, o bispo Edir Macedo concede a primeira entrevista em sete anos. Além de comentar o sucesso do seu novo livro, o líder religioso fala sobre a perseguição sofrida pelaIgreja Universal, o monopólio da Rede Globo e os investimentos na Rede Record.
“O nome do meu livro não é uma mera expressão literária. Não tenho nada a perder. E isso é um recado claro e direto a quem interessar”, resume.
Macedo conta também como serão os grandes investimentos no próximo ano para consolidar a busca pela liderança da Rede Record. “Construímos um departamento de jornalismo sólido e com credibilidade, uma fábrica de novelas própria com milhares de funcionários e um projeto comercial que conquistou a confiança dos anunciantes. Nossa meta é a liderança, não importa o tempo que isso demore para acontecer”.
Ele lamenta o que chama de “monopólio” da Rede Globo nas telecomunicações do país.  “No último encontro que tive com a presidenta Dilma, em Londres, durante os Jogos Olímpicos, procurei mostrar a ela e aos demais ministros que a democracia nos meios de comunicação, principalmente na televisão, é o melhor caminho para o Brasil. Alertei a presidenta que o monopólio é um caminho perigoso”.
Macedo ressalta que seu principal objetivo de vida não é esse, mas sim a expansão da Igreja Universal. Mesmo já possuindo centenas de templos espalhados pelo Brasil e por 182 países, com cerca de 5.800 pastores, bispos e outros funcionários remunerados, a IURD quer continuar ajudando o maior número possível de pessoas a encontrarem um novo caminho para suas vidas através da fé.
Ao longo dos 35 anos que lidera sua denominação evangélica, Macedo já enfrentou acusações de charlatanismo, curandeirismo e enriquecimento pela exploração da fé alheia. Mesmo assim, a Igreja Universal pode ser considerado um dos maiores fenômenos religiosos das últimas décadas.
“A Igreja Universal foi e continua sendo atacada. Isso não acabou. Somos sempre alvo de certos setores da sociedade incomodados com a perda de espaço e privilégios, como a Globo e o Vaticano. Há um claro preconceito por trás disso. Uma postura agressiva velada. Ou alguém duvida que a Globo só me ataca e ataca a Igreja Universal por causa da Record? Para eles, a Record é uma ameaça”, ressalta.
Macedo deixa claro que um dos segredos da Universal é a sua capacidade de auxiliar na reinserção social, especialmente na recuperação de criminosos e no atendimento à saúde. “A Igreja Universal permite ao Estado economizar bilhões em tratamento hospitalar e na ressocialização de presos”, descreve o bispo. Ele é enfático: “A Igreja Universal é um pronto-socorro espiritual. Ela recebe gente que sofre com os mais variados males, entre eles dificuldades financeiras”.
Mas não é só isso. “Vivemos em uma sociedade que gera tristeza e depressão. Com isso, as pessoas buscam falas confortantes como as que são feitas por Edir Macedo”, acredita João Batista Libanio, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte (MG).
O líder da IURD reafirma na entrevista que “a sina da Universal é barrar a Igreja Católica”. Para ele, sua prisão em 1992 foi uma tentativa dos católicos de interromper o crescimento da IURD. Os 11 dias em que passou numa cela naquele ano foi conseqüência do que chama de “perseguição do Clero Romano”. “Eram políticos de prestígio, empresários da elite econômica e social, intelectuais, juízes, desembargadores e outras autoridades do Poder Judiciário que tomavam decisões sob a influência do alto comando católico”, acredita.
Tudo teria começado, segundo ele, quando Edir ainda era bem jovem e ocupava um emprego público na Loteria do Rio de Janeiro. Certo dia, seguindo ordens, impediu a entrada de um monsenhor, enviado pelo arcebispo para recolher dinheiro que   algumas sociedades católicas recebiam das loterias.
“Eu barrei a Igreja Católica naquele dia… E, simbolicamente, seria um prenúncio do que se tornaria a sina da Igreja Universal ao longo dos anos”, acredita.
Perseguição, aliás, é algo o bispo conhece desde a infância. Ele lembra que sofreu bullying. O motivo seria um problema físico nas mãos: seus dedos indicadores são tortos, os polegares finos e todos se movem pouco. “Muitas vezes senti um certo complexo de inferioridade, me considerava o patinho feio da escola e até da família. Sempre fui motivo de zombaria. Muitos adultos e meninos da minha idade me chamavam de dedinho.”

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