quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

População cristã do Oriente Médio pode estar perto da extinção

População cristã do Oriente Médio pode estar perto da extinção                      
Zahle é uma cidade cristã do Líbano, que fica no alto do vale do Bekaa, numa antiga estrada ligando Damasco a Beirute.  Ela tem um testemunhado, ao longo dos séculos, batalhas entre muçulmanos e cristãos, como a guerra civil que tomou o Líbano nos anos 1980. Ou os conflitos semelhante na década de 1860, quando a cidade foi incendiada por combatentes drusos e turcos que massacraram os cristãos.
Hoje em dia, a cidade é uma espécie de refúgio para as famílias cristãs que tentam fugir da morte trazida pela guerra civil na Síria. Este é um dos lugares escolhidos pelas agências cristãs que ajudam os refugiados. A maioria dos cristãos que saíram da Síria eram partidários do regime de Assad, mas muitos foram perseguidos mesmo tendo trabalhado ativamente no movimento de oposição que tentou derrubá-lo.
Como um todo, a população cristã do Oriente Médio continua diminuindo.  Estima-se que cerca de cem anos atrás eles eram um quinto da população. Em 2012, o índice é de pouco mais de 5 por cento. Mesmo em países como o Líbano, que já teve uma maioria cristã, o número tem diminuído.  Alguns especialistas acreditam que esse é o percentual mais baixo da história e pode significar que eles podem estar perto da extinção.
Além da violência anticristã, um dos principais motivos é que os cristãos está têm uma taxa de natalidade muito menor do que os muçulmanos e uma alta propensão a emigrar.
Fadi Halisso, um ex-engenheiro católico, da cidade de Aleppo, ao norte da Síria, agora se prepara para o sacerdócio jesuíta na capital do Líbano. Ele acredita que os cristãos desejam  viver em paz nessa região turbulenta e por isso vão embora assim que a paz é ameaçada. “No Iraque os cristãos estão no meio de uma guerra. Não acho que foram alvo mais do que os outros grupos minoritários. Em geral, os cristãos nunca são maioria na região, não andam armados e por isso preferem recuar.”
Quando perguntado sobre os ataques recentes a igrejas em Alexandria ou Bagdá, ele é enfático: “Quando você tem algumas pessoas que causam problemas, acabam afetando toda uma região. Após esses ataques às igrejas, os cristãos da região se sentiram ameaçados. A impressão geral é que não somos mais bem-vindos, embora tenhamos boas relações com nossos vizinhos.”
Com informações do The New York Times

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