segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

REBELDES .

 

Esta é uma reflexão despretensiosa sobre as divisões que já há muito tempo vêm acontecendo em escala ascendente no meio das nossas igrejas.
Divisões causadas por crentes rebeldes?
 
Sim! Em parcela significativa, todavia, não em sua totalidade, me arriscando a afirmar que sequer são a maioria.
 
Primeiro, devemos frisar que as divisões são causadas basicamente pela presença de duas palavras, rebeldia e autoritarismo, sendo que na maioria das vezes estão presentes as duas ao mesmo tempo.
 
 
 
Segundo o Dicionário Aurélio, rebeldia é:
 1. Ato de rebelde; rebelião, revolta.
 2. Qualidade de rebelde.
 3. Fig. Oposição, resistência.
 4. Teimosia, obstinação, birra.
 
 
No mesmo dicionário encontramos a palavra autoritarismo:
Regime político que postula o princípio da autoridade, aplicada com freqüência em detrimento da liberdade individual; despotismo, ditatorialismo.
 
 
 
Assim, só poderemos classificar como rebelde a pessoa que está em posição hierárquica inferior. Da mesma forma, só pode ser autoritário quem está no comando.
 
Em uma Bíblia digital, digitei rebeldia e achei setenta e seis menções (Nm 14.9; Dt 1.26; Js 1.18; I Sm 12.15; II Rs 25.11; Ez 20.38; I Pe 3.20. – principais exemplos), onde o povo era sempre alertado a respeito das conseqüências danosas da rebelião, sendo que não encontrei autoritarismo, porém, o ato, como definimos hoje, está presente em toda a Bíblia.
Poderia citar o Faraó da época de Moisés, que, além de escravizar o povo judeu, ainda não o queria deixar partir, todavia, quero me ater aos exemplos de governos autoritários dentro do povo de Deus. Assim, talvez a mais eloqüente demonstração de autoritarismo de um rei hebreu tenha sido o de Roboão, filho de Salomão, que desprezando o conselho dos anciãos, seguiu às idéias de seus amigos de infância e falou duramente ao povo (I Rs 12.1-14), gerando uma revolta que culminou com a divisão do reino.
 
Seria incompleto falar somente sobre o governo de Israel enquanto nação se não chegar até o Israel espiritual, a Igreja.
 
Um leitor mais atento à leitura neo-testamentária percebe a preocupação da maioria dos escritores com a estrutura que a igreja primitiva estava assumindo. Conforme os discípulos iam pregando e a igreja tomava forma era preciso normatizar o funcionamento (At 2; At 4; At 6.1-6; Ef 4.11). E se não há hierarquia no que tange ao livre acesso e à importância diante de Deus, no que diz respeito à organização daqueles que se juntavam aos crentes, era necessário uma hierarquização de funções, priorizando os que já haviam abraçado o evangelho há mais tempo, portanto, mais experientes.
 
Sobre a obediência dos que congregavam em relação aos seus pastores, em algumas versões, guias, temos a proeminência do texto de Hebreus 13.17, onde explicita o dever de sujeição aos seus ensinamentos. Todavia, a Bíblia não fala somente às ovelhas, mas igualmente aos pastores, que de certo modo, também não deixam de ser ovelhas, ou ainda, pastores subordinados ao Sumo Pastor (I Pe 5.4). Assim, todos os textos que detalham os deveres daqueles que hoje intitulamos pastor (Atos 20.28; I Timóteo 3.2; Tito 1.7), resumindo, frisam a necessidade da temperança, sobriedade, aptidão ao ensino e que não seja, no popular, desonesto, corrupto ou ladrão.
 
Aqui temos um modelo ideal de igreja, onde o dono do rebanho é Deus e os pastores cuidam com amor e dedicação das ovelhas, que recebendo amor, mesmo quando necessariamente repreendidas e disciplinadas, obedecem com prazer, sabendo que têm alguém em que podem, dentro dos limites humanos, confiar.
 
Contudo, sabemos que isto só não é utopia porque realmente há muitíssimos homens de Deus que assim procedem no exercício do ministério pastoral, e eu conheço um grande número destes, estando o meu pastor entre eles. Bem como, há também inúmeras comunidades que predominantemente honram os seus líderes, sendo a minha igreja uma delas. Mas infelizmente, não é a maioria das nossas igrejas que experimentam este casamento perfeito entre líder modelo e ovelhas modelo.
 
 
 
 
Na hipótese de uma comunidade marcada pela apostasia e rebeldia, o líder fiel aos ensinos bíblicos terá que, antes de tudo, buscar ao Senhor para receber a direção do que fazer, pois, em uma situação desta, se outra coisa não lhe for revelada, ele só terá três opções:
 
1ª – deixar a direção desta igreja e pedir a Deus uma nova igreja ou outra forma de servir ao evangelho;
 
2ª – bater de frente, correndo o risco de perder um número considerável de membros, ou ainda, ser transferido ou destituído; ou,
 
3ª – se conformar, cauterizar a mente e fingir que nada está acontecendo.
 
 A poucos meses a trás , eu fui experimentado em uma rebelião que aconteceu na igreja que eu liderava ,.
Eu sou um líder que tenho experiência ministerial , mas da forma que vivi essa rebeldia contra meu ministério , eu nunca tinha passado .
Tive que tomar a decisão mais coerente em meio aquela rebelião,  e tomei a decisão numero um , para não incorrer nos problemas causados se tivesse tomado a decisão numero dois, e nem me colocar como um que concorda com a rebeldia e cauterizar a mente para o erro.
 
Somos lideres e devemos estar prontos para tomarmos decisões , mesmo que sejam as mais difíceis .
Essas decisões doem demais da conta ,pois amamos as almas que pastoreamos , mas Deus sabe de todas as coisas e coloca novamente o trem nos trilhos.
 
Sai da igreja que eu pastoreava e demos inicio ao MINISTÉRIO GERAÇÃO GRAÇA E PAZ , CUJO A IGREJA SE CHAMA COMUNIDADE CRISTÃ PENTECOSTAL GRAÇA E PAZ.
Hoje , estamos em um local um pouco menor , mas crescendo em graça e paz .
Projetando aberturas de novas igrejas em outras localidades .
 
Lembre se . Qualquer que seja a decisão tomada, ele terá que pagar o preço.
Agora, se o problema estiver no líder que assume uma igreja dedicada, conhecedora e cumpridora de seus deveres, mas também de seus direitos e da liberdade garantida na Palavra, estaremos diante de um problemão, não sei se maior que o caso anterior, mas com certeza, de proporções inimagináveis, trazendo conseqüências na medida do tamanho do rol de membros e no comprometimento e no histórico de cada família agregada.
 
 Há relatos de famílias arrasadas pelo autoritarismo de líderes, que inconseqüentemente esfacelam igrejas inteiras, que anteriormente eram vigorosas e frutíferas.
 
 Dificilmente uma pessoa autoritária conseguirá formar uma igreja do nada, digo, igreja, porque há exceções. Muitas pessoas simples (Pv 14.15), por falta de conhecimento (Is 5.13) ou por medo, se ajuntam em torno de usurpadores tiranos.
 
Repito, não me preocupo quando um grupo realmente rebelde forma outro grupo, ou quando um ditador perde membros ou o “cargo”.
Minha constante preocupação é que sempre classificamos a todos os que deixam suas comunidades, como rebeldes, sem saber o real motivo.  Também percebi outro problema atual, que surge quando muitos líderes sinceros se comportam como “fabricantes de rebeldes”, não por prepotência, mas por entrarem no jogo de rebeldes reais, por má formação pastoral, ou por simplicidade mesmo.
 
O pastor tem que entender que quando um trabalho é iniciado por um rebelde, ou vários, ele deve ficar contente e liberá-los sem alarde. Pode ter certeza, o dízimo deles não compensa o prejuízo espiritual que causam. Faça o caçulo e me responda. Vale a pena ficar na mão de rebelde por dinheiro?
 
O que acontece é que ninguém gosta de perder, assim, quando um grupo sai, o maior divulgador do trabalho recém aberto é o próprio pastor da igreja que fica. Muitas vezes fica até repetitivo, gastando o tempo da Palavra para praguejar contra os que se foram. Valorizando mais os que vão embora do que os remanescentes, que geralmente são a maioria.
 
Muitos membros vão por curiosidade, outros por amizade com os membros de lá, e ainda, os que ficam irritados ou curiosos com tantos comentários sobre a nova igreja pelo pastor local na hora do culto. Porém, a grande maioria se arrepende e quer retornar à antiga congregação, onde muitas vezes nasceram e cresceram. Contudo, recebendo um tratamento rude, sendo achincalhados e chamados de rebeldes, dificilmente voltarão.
Houve uma situação desta em minha antiga congregação, onde enfrentamos a problema da abertura de outro ministério bem próximo ao nosso templo.
 
Perdi em uma semana duas senhoras que colaboravam de forma espetacular com o grupo de jovens que eu liderava. Embora triste, conversei com o pastor e pra minha feliz surpresa, confirmei a minha impressão de que ele seria um daqueles ministros que valorizam mais a obra que o ego.
 
Assim, resolvemos que nenhum dos irmãos que tinham ido ou que porventura fossem, por curiosidade ou com intenção de ficar, seriam tratados como rebeldes. Seriam tratados com o mesmo amor e respeito, sendo saudados da mesma forma.
Duas semanas depois, dos seis irmãos que se debandaram, só dois ficaram lá. Nossa igreja, em um período de dois anos, só perdeu uns três membros, recebendo um número muito maior de novos convertidos.
 
Devemos sempre lembrar que a igreja é de Deus e cada crente deve ter a liberdade de ficar onde quiser.
Membros, sejam benção! Se não dá pra continuar na igreja, saia em paz.
Pastores, sejam benção! Se alguém não quer ficar com vocês, não os prendam. É melhor você ter noventa membros satisfeitos que cem, onde dez insatisfeitos façam o clima pesar pra maioria.
 
VIA GRITOS DE ALERTA   / INF. http://wyehahh.wordpress.com

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