Esse efeito positivo, na análise do partido deverá transformar Feliciano em um “campeão de votos”, com cerca de um milhão de eleitores optando por ele na próxima eleição, ajudando a eleger outros candidatos do partido em São Paulo.
Como no momento o PSC está na base governista, mesmo não tendo cargos, parece inevitável o rompimento com a presidente Dilma Rousseff. Afinal, tanto o deputado como o partido acreditam que o Planalto interferiu diretamente para tentar retirar a indicação de Feliciano para a presidência da CDHM.
O PSC já divulgou que as ministras Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, e Ideli Salvatti, da Secretária de Relações Institucionais, telefonaram para André Moura (SE), líder do PSC na Câmara, e para a deputada Antônia Lúcia (AC), vice de Feliciano na comissão, pedindo a troca. “Com isso, Dilma nos disse que não quer o PSC em 2014”, assevera Everaldo Pereira. Oficialmente, o governo nega a interferência.
Com essa ruptura cada vez mais próxima e o apoio de membros da Bancada Evangélica, que se sente fortalecida no episódio, o “efeito Feliciano” serviria como combustível para o lançamento do pastor Everaldo Pereira (PSC-SP) a presidente ano que vem.
Pereira é o principal apoiador de Feliciano. Outro aliado do Pastor Marco Feliciano é o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), amigo íntimo do pastor Everaldo. Cunha e Everaldo dividiram um apartamento funcional em Brasília e ambos têm ligação com a Rádio Melodia FM, de programação gospel voltada ao público evangélico.
Eleito com 212 mil votos, Feliciano pode ser responsabilizado pela verdadeira corrida por filiações e uma disputa pelas vagas de candidato a deputado federal pelo PSC para o próximo pleito. O presidente do diretório de São Paulo, Gilberto Nascimento, faz um contraponto interessante, afirmando que após tudo o que ocorreu, “o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) também deverá ter muito mais votos”.
Ironicamente, revela Nascimento, o nome de Feliciano foi sugerido pelo deputado Jean Wyllys, ativista da causa gay e possivelmente o maior adversário do pastor na Câmara. “Assim que a presidência da comissão ficou definida para o PSC, deputados foram ao plenário falar sobre o risco de Feliciano assumir a comissão. Entre eles, o Jean Wyllys, o Chico Alencar, o Ivan Valente. O Jean Wyllys foi o primeiro a falar no nome do Feliciano. O partido ainda nem tinha pensado nisso”, lembra. Com informações IG. GP
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