Após dias de manifestações, dentro e fora do Brasil, jornais europeus acreditam que "a euforia dos anos Lula ficou pra trás"
Para o jornal conservador Le Figaro, a esperança do brasileiro chegou ao fim e a revolta ilustra o fim do 'lulismo'
Pablo Cozzaglio/AFP/Arquivo
A imprensa internacional continua dando destaque ao Brasil após as manifestações dos últimos dias.
Na França, os jornais voltaram a falar dos protestos, lembrando que
apesar do discurso apaziguador da presidente Dilma Rousseff na
terça-feira, os brasileiros continuaram a sair às ruas, segundo o
colunista da BandNews FM na Europa, Milton Blay.
Para o conservador "Le Figaro", que resume os protestos como uma revolta social, "a esperança do brasileiro chegou ao fim e a revolta ilustra o fim do 'lulismo'".
Na mesma linha, o "Libération", de esquerda, diz que as manifestações "são um alerta geral para toda a classe política, e que a euforia dos anos Lula ficou pra trás". Ainda segundo o jornal, a má gestão do governo atual fez a inflação voltar em um contexto de crescimento econômico baixo.
Já o comunista "L'Humanité" traz o Brasil como uma "força emergente que acorda de maneira brutal". Ainda segundo o jornal, os investimentos pra acolher a Copa e os Jogos Olímpicos, e os gastos com setores básicos de saúde e educação se tornaram insuportável.
Blay informa ainda que a mobilização na Europa em solidariedade às manifestações que tomam conta do Brasil continua intensa. "A expectativa é de que até o final da semana tenha havido manifestações em mais de 40 cidades".
Ontem, em Lisboa, cerca de 2 mil pessoas compareceram na Praça Luís de Camões, em frente ao Consulado Brasileiro. Outros mil brasileiros foram para o porto de Coimbra protestar. "Todos os protestos estão sendo organizados pelas redes sociais", completa o colunista.
Em Paris, brasileiros devem se reunir no sábado em um local ainda não divulgado. No Facebook, mais de 6 mil pessoas já confirmaram presença.
Sobre os protestos
Uma onda de manifestações contra o aumento da passagem do transporte público atinge o país desde a semana passada. Na noite de ontem, sexto dia de manifestação, cerca de 50 mil pessoas manifestaram-se no centro de São Paulo. O ato começou pacífico, mas terminou com ações isoladas de vandalismo.
O protesto começou com milhares de pessoas reunidas na Praça da Sé, às 17h. A multidão cantou o hino nacional, levou cartazes e saiu em passeata pelas ruas do centro. Um grande grupo passou pela sede da prefeitura de São Paulo e depois seguiu para a avenida Paulista.
A avenida mais famosa do país foi inteiramente lotada pelos manifestantes, que seguiram até o final da noite desta terça-feira em um ato pacífico, sem tumulto e sem intervenções da Polícia Militar.
GRITOS DE ALERTA / INF. BAND
Para o conservador "Le Figaro", que resume os protestos como uma revolta social, "a esperança do brasileiro chegou ao fim e a revolta ilustra o fim do 'lulismo'".
Na mesma linha, o "Libération", de esquerda, diz que as manifestações "são um alerta geral para toda a classe política, e que a euforia dos anos Lula ficou pra trás". Ainda segundo o jornal, a má gestão do governo atual fez a inflação voltar em um contexto de crescimento econômico baixo.
Já o comunista "L'Humanité" traz o Brasil como uma "força emergente que acorda de maneira brutal". Ainda segundo o jornal, os investimentos pra acolher a Copa e os Jogos Olímpicos, e os gastos com setores básicos de saúde e educação se tornaram insuportável.
Blay informa ainda que a mobilização na Europa em solidariedade às manifestações que tomam conta do Brasil continua intensa. "A expectativa é de que até o final da semana tenha havido manifestações em mais de 40 cidades".
Ontem, em Lisboa, cerca de 2 mil pessoas compareceram na Praça Luís de Camões, em frente ao Consulado Brasileiro. Outros mil brasileiros foram para o porto de Coimbra protestar. "Todos os protestos estão sendo organizados pelas redes sociais", completa o colunista.
Em Paris, brasileiros devem se reunir no sábado em um local ainda não divulgado. No Facebook, mais de 6 mil pessoas já confirmaram presença.
Sobre os protestos
Uma onda de manifestações contra o aumento da passagem do transporte público atinge o país desde a semana passada. Na noite de ontem, sexto dia de manifestação, cerca de 50 mil pessoas manifestaram-se no centro de São Paulo. O ato começou pacífico, mas terminou com ações isoladas de vandalismo.
O protesto começou com milhares de pessoas reunidas na Praça da Sé, às 17h. A multidão cantou o hino nacional, levou cartazes e saiu em passeata pelas ruas do centro. Um grande grupo passou pela sede da prefeitura de São Paulo e depois seguiu para a avenida Paulista.
A avenida mais famosa do país foi inteiramente lotada pelos manifestantes, que seguiram até o final da noite desta terça-feira em um ato pacífico, sem tumulto e sem intervenções da Polícia Militar.
GRITOS DE ALERTA / INF. BAND
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