Ricardo Flores, sacerdote responsável pela igreja, explica que existe uma tradição de colocar todos os anos a faixa presidencial na imagem no dia de “Cristo dos Jalpa”, padroeiro daquele Estado.
“Para as pessoas, cantar o Hino Nacional e colocar a faixa tricolor é algo sagrado”, disse o padre, acrescentando que independe do partido que está no poder.
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O diferencial deste ano é que o governador de Hidalgo, Francisco Olvera, criticou o uso do símbolo. Pela primeira vez há uma queixa contra o ato feito por uma autoridade. Embora reconheça que se trata de uma tradição, o governador recriminou o uso do símbolo característico dos presidentes, lembrando que o Estado é laico. Exigiu que o prefeito lembrasse das leis sobre o uso de símbolos nacionais, pois o povo não as conhece.
Obviamente a polêmica surgiu e foi fomentada tanto por defensores católicos, que acreditam ser essa uma maneira de pedir a proteção divina sobre o país, quanto pelos que se opõe a essa proximidade histórica entre o governo mexicano e a igreja católica.
A constituição do México diz no Artigo 34: “A faixa presidencial é uma representação da bandeira do país e do emblema do Poder Executivo Federal, por isso só pode ser feita pelo Presidente, e terá as cores da bandeira nacional”.
Ou seja, na prática, o que o prefeito fez foi colocar Jesus no lugar do presidente do México, que mesmo simbólico, seria anticonstitucional. Enrique Peña Nieto, atual presidente do país, não quis comentar o assunto. Com informações Terra.
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