Segundo a Cruz Vermelha local, 68 pessoas morreram, entre elas várias
crianças. Há cerca de 175 feridos que foram levado aos hospitais da
cidade. Testemunhas relatam que homens entraram com os rostos cobertos e
usando coletes à prova de bala empunhavam rifles AK-47, além de
granadas.
Relatos de sobreviventes dizem que eles jogaram uma granada e todos
começaram a correr. Muitos se jogaram ao chão. No início, gritavam para
os muçulmanos saírem dali, pois não eram os alvos. Depois de alguns
minutos, começaram a atirar. O shopping Westgate é conhecido por ser
frequentado por quenianos de classe alta e estrangeiros. O prédio estava
cheio durante o atentado.
Foi confirmada a morte de três britânicos, dois franceses, dois
indianos, um sul-africano, uma chinesa, um médico peruano que trabalha
no Unicef, um ganês e um sobrinho do presidente do Quênia, Uhuru
Kenyatta.
Usando sua conta no Twitter, a Al Shabab explicou que seus militantes
escoltaram os muçulmanos para fora do prédio antes de começar o
massacre. O Departamento de Estado dos EUA anunciou que “vários
americanos” foram feridos, mas nenhum morreu.
A BBC informa que algumas pessoas ficaram até 40 minutos escondidas
em lojas e nos banheiros até conseguirem escapar. Agências de notícias
afirmam que ainda há reféns em poder do grupo. O chefe de polícia Benson
Kibue explica que um grupo de 15 soldados de turbante negro foram
responsáveis pelas mortes. Após 30 horas, as forças do exército tomaram
conta da maior parte do prédio. O ministro do Interior, Joseph Ole
Lenku, relatou que alguns dos atiradores “muito provavelmente” morreram
durante a ação. Dentr os 30 reféns, apenas 10 ainda estão nas mãos dos
terroristas.
Unidades do Exército chegaram ao local para auxiliar a polícia. O
governo não tem fornecido muitas informações, apenas divulgou que a
situação está sob controle e a segurança foi reforçada em outros
shoppings da cidade. Estranhamente, o governo queniano e muitas agências
internacionais evitam falar sobre a questão religiosa determinante para
o atentado. O Quênia tem 82% da população de cristãos e apenas 11% de
muçulmanos.
Horas depois, quem assumiu a autoria do atentado foi o grupo
extremista somali al-Shabab, baseados na vizinha Somália, onde 99% dos
habitantes são muçulmanos. Desde 2011, eles tem feito ataques em
protesto ao envio de tropas quenianas para seu país. Os alvos
incluíam igrejas, bares, shoppings e instalações militares.
Este ano, outros ataques com mortes ocorreram em diferentes cidades
do país, mas os terroristas não se identificaram. No mês passado, 18 das
19 embaixadas e consulados dos Estados Unidos em todo o Oriente Médio e
África foram fechadas após a interceptação de mensagens da Al-Qaeda
sobre os planos para um grande ataque terrorista este mês.
Reconhecidamente, a al-Shabab é um grupo extremista muçulmano ligado ao
braço da Al-Qaeda na África.
Com informações de BBC, Telegraph, Daily Mail e Guardian
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