sexta-feira, 16 de maio de 2014

Evangélicos polarizam campanha eleitoral no Rio


As primeiras pesquisas da campanha eleitoral para governador do Estado do Rio de Janeiro (RJ) indicam os maiores percentuais para dois pré-candidatos evangélicos.

A primeira explicação é o crescimento dos evangélicos no RJ, seguida do papel da mídia – fruto da distribuição de concessões de rádio e TV da época da ditadura e da luta do governo Sarney contra as ‘Diretas Já’ – até o momento sem nenhuma regulamentação, mas com os evangélicos assegurando seu naco de poder.

Dos pré-candidatos, o primeiro é o ex-prefeito, ex-governador, radialista e deputado federal Anthony Garotinho, do Partido da República (PR) e do ex-bispo, ex-senador e ex-ministro da Pesca Marcelo Crivella, do Partido Republicano Brasileiro (PRB), ao lado do ex-prefeito, ex-deputado federal e senador Lindbergh Farias, do Partido dos Trabalhadores (PT) e do ex-vereador, ex-prefeito e ex-vice-governador Luiz Fernando Pezão, segundo os cenários recentes da pesquisa eleitoral, estas de institutos de opinião sob diversas suspeitas.

Uma campanha eleitoral que não começou, já teve denúncias e decisão da juíza Daniela Souza, coordenadora de fiscalização de propaganda eleitoral, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio proibindo o ex-governador e pré-candidato Anthony Garotinho de apresentar os programas de rádio "Fala, Garotinho" e "Palavra de Paz", além de participar das caravanas "Palavra de Paz". A decisão foi derrubada nesta quinta-feira, dia 8.

O recurso agarrou-se à Lei Eleitoral nº 9.504, que garante aos comunicadores o direito de apresentarem seus programas de rádio ou televisão até a homologação dos nomes como candidatos nas convenções partidárias. Mesmo com a explicação frágil de que o ex-governador é evangélico, comanda um show de música gospel, distribui bíblias, calendários com foto da família e um livro sobre sua vida, e que a convenção do PR será dia 29 de junho, que parece favorecer sua campanha em diversos aspectos.

A juíza, que não recebeu apoio de seus pares, criticou a distribuição de prêmios realizada no programa de rádio. "O pré-candidato criou uma verdadeira rede de distribuição de brindes”, e gosta de “presentear os seus seguidores". Talvez a “denúncia anônima” da realização de propaganda eleitoral disfarçada tenha enfraquecido seus argumentos, fazendo o pré-candidato parecer “perseguido”.

Ao mesmo tempo, o líder do PR, Rubens Bueno, fez um pedido de análise sobre a conduta do ministro Marcelo Crivella frente ao Ministério da Pesca. Sem fato mais objetivo e recente, o requerimento se baseou numa reportagem de O Globo, tentando mostrar que dirigentes de sindicatos de pescadores ingressaram no PRB após Crivella assumir o ministério, fazendo entrar em cena a disputa dos dois maiores conglomerados de mídia por audiência. A conclusão mais clara é que o simples fato da disputa ter dois evangélicos na liderança não a fez ganhar em qualidade.

O acúmulo de multas é outro aspecto da corrida eleitoral, superando a exclusividade do recurso à Justiça dos evangélicos. Ao anunciar propostas antes do tempo permitido, os pré-candidatos ao governo do Rio já deram a largada acumulando multas na Justiça Eleitoral. Segundo o jornal EXTRA, os pretendentes Luiz Fernando Pezão (PMDB), Anthony Garotinho (PR) e Lindbergh Farias (PT) acumulam cerca de R$ 1 milhão em multas por propaganda antecipada, em processos protocolados no TRE-RJ desde 2013, dos quais ainda cabem recursos.

As condenações são relativas a práticas como inserções em programas de televisão dos partidos, disfarçando ao apresentar propostas, ligando candidatos a obras e aludindo a feitos em blogs e revistas. Na antecipação da corrida, que só começa em 5 de julho, o pré-candidato Luiz Fernando Pezão já acumula 16 representações protocoladas e multas no valor de R$ 352 mil por condenação. É seguido pelo deputado federal Anthony Garotinho, com 12 representações e multas de R$ 328 mil, quatro vezes maior do que os bens declarados em 2010. O senador Lindbergh Farias (PT) tem nove representações e já foi multado em R$ 230 mil. E o senador Marcelo Crivella (PRB) não tem nenhum processo protocolado no TRE do Rio.

As práticas fraudulentas, já conhecidas da população desde diversas campanhas anteriores, têm levado os advogados dos partidos a estudarem com afinco as brechas da legislação, aprimorando a defesa dos clientes diante das fraudes.

Fonte: ALC

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