quinta-feira, 9 de abril de 2015

Não há atalhos para Maturidade Espiritual. (Gn 37)

Este é um tema relevante para cada cristão, entender que não existe atalho na vida, sabemos que é um processo contínuo e difícil (crescer),  quando você pensa que está pronto, vem uma nova situação e mostra que não está, não poderia parar  e acabar, situações frequentes e recorrentes em nossas vidas mostra que não estamos preparados ou maduros suficiente. A inaptidão parece nos acompanhar, às vezes falamos ou pensamos, “mais eu estou casado, mais eu sou pastor, mais eu tenho tantos anos de convertido, mais eu já conclui meus estudos, mais eu isso e aquilo”, mas parece que estamos inabilitados segundo o propósito de Deus. Parece que Deus olha para nós e diz: ainda  não está apto. E lembre-se não há atalhos para o caminho da maturidade. Para entender os planos de Deus, para aprender a obedecê-lo, há um caminho sem atalho. Quando analisamos o texto de Gn 37, não enxergamos apenas o título ou o tema proposto, mas sabemos que este tema, também encontra-se nele:

José trazia má fama de seus irmãos: não quero caminhar como muitos costumam pregar ou dizer que José tinha um problema de caráter, quero acreditar que José por ser novo, apenas 17 anos, não tinha maturidade suficiente para entender que seu leva e trás ou entregar seus irmãos não era a coisa mais certa a ser feita. Talvez e bem provável seu pai pedia para que ele observasse seus irmãos, a bíblia não diz isso, mas quem sabe seu pai pedia e José fazia sem perceber o mal iminente, todos nós conhecemos a história de José e sabemos que falar mal de seus irmãos não era a atitude mais nobre dele, sei também que muitas atitudes revelam  ou reflete nosso caráter ou quem somos, independente disso, havia uma plano maior de Deus por trás das circunstâncias que viria acontecer. José precisava amadurecer é lógico, era jovem e posso dizer que Deus não pensava somente naquele momento, mesmo porque, José enfrentaria fases que bem poucos conseguiriam passar.
O amadurecimento faz parte do projeto maior de Deus, seus embates circunstanciais será a forja do sonho de Deus. Amadurecer, custa, dói, machuca, causa às vezes noites sem dormir, os degraus que o imaturo tem que passar é diverso o nosso modelo é José, não quero encontrar significado nas etapas de José, a reflexão não visa isso, a ideia é entender que Deus levou da imaturidade para maturidade cumprindo o propósito de Deus na vida dele e não apenas os seus projetos. Entendam, todos somos imaturos em alguma área, essa área que você patina muito tempo na sua vida pode ser o local que a imaturidade reside, lembre-se não há atalhos para conseguir vencer, somos imaturos em alguma parte e Deus precisa agir porque Ele tem um plano maior e melhor, mas não estamos prontos do ponto de vista divino, aliás, longe disso e com base na história de José entendemos  o propósito de Deus para José.
A maturidade chegará quando conseguirmos reagir bem diante dos problemas, dificuldades, sua reação é determinante e importante. O problema sempre será circunstancial mas dependendo da reação você pode comprometer no que tange ao tempo o propósito de Deus para sua vida. O propósito será efetuado por Deus, mas sua reação corrobora  para seu amadurecimento. Fugindo um pouco da proposta de José, vemos um belo exemplo em Números, quando os 12 espias saíram espiar, na volta eles concordaram no relatório, ou seja, a terra é grande e boa, mas não concordaram nos conselhos, há gigantes, eles inflamaram o coração da congregação com medo e eles ficaram aterrorizados.
 José reagiu bem diante de seus problemas:
a)José é lançado na cisterna e reage bem.
b)José é vendido pelos irmãos e reage bem.
c)José é vendido como escravo e reage bem.
d)José é caluniado na casa de Potifar por sua mulher e reage bem.
e)José é lançado na prisão e reage bem.
Em momento algum você lê na bíblia que ele (José) reagiu mal, murmurou ou algo assim, José reagia bem nas diversas fases ruins da vida, adquiriu sua maturidade nos momentos tensos, é lógico que não é simples ou fácil passar diante dos problemas como José passou, mas faz se necessário. José para adquirir maturidade conseguiu outra façanha, ele escondia-se em Deus do capítulo 39.2 e 21 diz: O Senhor era com José. Deus estava presente todos os instantes com José, assim como Ele está contigo, a diferença é que nós queremos ver, ouvir, o agir de Deus e muitas vezes não acontecerá, e posso afirmar, que na maioria das vezes não ocorrerá do nosso jeito. Mas devemos aprender com José, esconda-se em Cristo, mesmo que tudo esteja mal, o Sl 91 retrata bem “…aquele que habita no esconderijo do altíssimo à sombra do Onipotente descansará”. Habitar, também é esconder-se e descansar.
Para alcançar a maturidade devemos entender que existe um tempo determinado por Deus para todas as coisas. Eclesiastes 3 retrata bem todos os aspectos da vida, mas quando olhamos a vida de José Gn 41.46, a bíblia diz que: era José da idade de trinta anos quando se apresentou a Faraó…”, ele começou a entender o propósito divino 13 anos depois de ter saído da casa de seu pai, há um tempo para todas as coisas, na sequencia do texto a bíblia retrata que Faraó concedeu uma esposa, ele constituiu uma família depois sua esposa gerou dois filhos, um tempo pré-determinado por Deus, reinar, casar e ter filhos. Talvez para nós se a história de José terminasse aqui, nós leríamos e iríamos louvar a Deus e dizer que Deus honrou José e etc, mas a vida de José não tem um ponto final neste momento, o ápice da maturidade espiritual não chegou com sua ascensão ao trono, Deus sabia que ele (José) precisava vencer um de seus maiores temores e medo, havia um gigante para ser derrotado, quem sabe um fantasma que poderia aterrorizá-lo, Deus tinha preparado o cenário, havia fome na terra e o ápice da maturidade seria o encontro com seus familiares.
Como José trataria seus irmãos?Como você trataria alguém que te fez mal? Se você estivesse no poder você ajudaria ou não? Será que José havia esquecido? Estas situações borbulhavam na mente de José? Um coração maduro passaria, mas o imaturo reagiria muito mal. O ápice da maturidade é o choro do perdão, é o ato de perdoar, perdão não é sentimento, perdão é decisão.
a)As atitudes de José foram legais, logo no primeiro encontro.
b)Dar comida para seus irmãos foi bacana da parte de José.
c)Convidar seus irmãos para comer a sua mesa, foi gentil, mas o choro era o perdão que faltava.
O perdão não é esquecimento, José revela-se no capítulo 45 e versículo 4 dizendo: “…eu sou José a quem vendestes para o Egito”. José não fez isso para jogar na cara de seus irmãos, isto era reflexo da consequência que eles (irmãos de José) fizeram. O perdão é consolo, no versículo cinco do mesmo texto José diz para eles não ficarem tristes nem irritados, ou seja José perdoava e este perdão consolava seus irmãos devido ao grande erro do passado. O perdão une propósitos, quando olhamos para Deus entendemos que o propósito maior, que sempre será Deus agindo em nós e através de nós, lemos que no versículo cinco, José relata que ele foi vendido para a conservação da vida, ou seja Deus tinha um propósito através da situação adversa, Deus desejava conservar a vida deles que formariam a nação de Israel, e por fim, o perdão revela o propósito divino, nos versículo seis, sete e oito, José revela a totalidade do plano de Deus e entende que não foi eles que enviaram José, mas foi Deus que enviou ele adiante (na frente) deles, o perdão sempre revelará através da maturidade o propósito divino.
“O Pastor”.

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