Na última edição de sua revista digital, a"Dabiq", nesta quarta-feira, o grupo Estado Islâmico (EI) voltou a ameaçar a Igreja Católica e afirmou que irá hastear sua bandeira preta no Vaticano. A edição é a mesma em que o grupo divulgou uma foto do que afirma ser a bomba improvisada que derrubou um avião de uma companhia aérea russa sobre a península do Sinai, no Egito, no último mês.
"Pedimos a Alá que apoie os mujahideen [aqueles empenhados na Jihad] contra os agentes dos líderes da idolatria e os cruzados, até que a bandeira do Califado tenha sido hasteada em Istambul e no Vaticano", afirma a publicação.
O grupo publicou ainda uma foto do que afirma serem passaportes que pertenciam a russos mortos "obtidos pelos combatentes da guerra santa".
Reféns executados
O EI anunciou também nesta quarta-feira que assassinou um refém norueguês e outro chinês, sequestrados na Síria. Ole Johan Grimsgaard-Ofstad, de 48 anos, e o chinês Fan Jinghui, de 50 anos, foram identificados pelo grupo em setembro.
Na matéria intitulada "O destino dos dois prisioneiros", o grupo mostrou fotos dos supostos corpos dos prisioneiros. Foi reservada meia página para a frase "Executados após terem sido abandonados pelas nações e organizações apóstatas".
A autenticidade das informações não pôde ser verificada e, por enquanto, nem o governo em Pequim nem o em Oslo confirmaram a morte de seus cidadãos.
Há pouco mais de dois meses, o EI divulgou na "Dabiq" fotografias desses reféns vivos, usando macacões amarelos, segurando cartazes escritos "Prisioneiro a venda".
A bomba que derrubou um avião russo no Egito no mês passado foi colocada na cabine principal, não no compartimento de carga, como relatado anteriormente, segundo reportagem do jornal "Kommersant", nesta quarta-feira, citando uma fonte não identificada.
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