Nos corredores do programa “Direito de Viver”, que tem como propósito arrecadar fundos para o Hospital do Câncer de Barretos, um encontro entre as maiores referências cristãs no Brasil aconteceu: Ana Paula Valadão se encontrou com o Pe. Fábio de Melo, que também iria participar do evento que se realizou em 2010.
“Não devemos prestar atenção nas nossas diferenças, mas sim naquilo que nos une” Disse o Pe. Fábio.
Na ocasião, foram divulgados por ambos apenas fotos do encontro, mas agora o Diante do Trono divulgou através do programa ‘Nos Bastidores Com o DT’ o vídeo completo do encontro.
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
O Rico e Lázaro , O contraste entre materialismo e espiritualidade
No capítulo dezesseis do Evangelho Segundo Lucas, encontramos o Senhor Jesus Cristo encerrando uma série de seis parábolas — pequenas histórias que ensinam verdades espirituais. A última história que ele contou é similar às parábolas, mas um ponto principal de distinção alerta-nos para o fato que não é uma parábola. Nas parábolas, nenhum nome é citado, mas nesta história, há um mendigo chamado Lázaro. É perfeitamente concebível que esse pobre homem tenha sido alguém que encontrou-se com o Senhor durante Suas andanças e cuja vida e morte Ele usou para fazer uma ilustração às pessoas. Começando com o verso 19 do capítulo 16, temos:
"Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; e desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite."
Este é um comentário muito interessante feito pelos próprios lábios do Senhor e contém muitas coisas que devemos considerar com atenção. Suponho que a primeira coisa que devamos observar é que as vidas terreais de dois homens estão sendo comparadas. Por um lado, somos apresentados a um homem rico, um indivíduo não nomeado, mas que certamente é representativo dos homens ricos e influentes daqueles tempos. Ele pode ter sido um membro da realeza, pois o texto diz que se vestia de púrpura, uma cor que tradicional e historicamente está associada com a realeza. Seus mantos e as outras vestes eram de linho finíssimo, um tecido muito caro e usado somente por pessoas importantes. Seu estilo de vida incluía tudo que um homem mundano poderia querer — festas, banquetes e diversões em lugares sofisticados — todos os dias.
A mansão onde morava o homem rico tinha um muro alto que oferecia proteção contra os visitantes indesejados — e o acesso à rua era por meio de um portão de ferro todo ornamentado e vigiado por seguranças. Era nesse portão que alguns amigos de Lázaro o deixavam, talvez com a idéia que ele pudesse conseguir alguns restos de comida da mesa ou receber algumas moedas. Lázaro era um homem doente, faminto, desempregado e tinha poucas chances de sobrevivência — e menos ainda de melhorar sua situação. Seu corpo estava coberto por feridas que possivelmente eram decorrentes da deficiência de vitaminas provocadas pela desnutrição. Para piorar as coisas, os cães eram atraídos pelo cheiro das feridas abertas que Lázaro tinha em seu corpo. Esses cães não eram animais de estimação! Eram cães ferozes que perambulavam pelas ruas procurando comida. Provavelmente eles tentavam lamber o sangue das feridas abertas, de modo que Lázaro corria o risco de até ser devorado por eles. Pelo que sabemos, ele até pode ter sido morto e devorado pelos cães, pois o texto diz que ele morreu de repente. Nossa reação natural é de tristeza diante desse quadro lamentável, mas a tristeza rapidamente transforma-se em alegria quando lemos que os anjos o levaram para o "seio de Abraão" — uma expressão hebraica para o Paraíso. Lázaro era um dos filhos eleitos de Deus e, quando deixou as tribulações deste mundo, entrou imediatamente no reino glorioso dos redimidos.
Aqui, é adequado falarmos rapidamente sobre o conceito de "Seol" (hebraico), ou "Hades" (grego) — o "túmulo" ou morada dos mortos. Acredita-se que esteja localizado no centro da Terra e que todos os que morriam (justos ou não) iam para lá após a morte. Alguns teólogos conservadores concluíram que o Seol, ou Hades, era formado de dois compartimentos — um era o "Paraíso", a morada dos redimidos, e o outro o Seol ou o Hades propriamente — o raciocínio deles baseia-se grandemente nessa passagem bíblica.
Em seguida, vemos a curta afirmação que o rico também morreu e que foi sepultado. Não há dúvida que ele teve um funeral magnífico, condizente com seu nível social e meios financeiros. Provavelmente algumas carpideiras profissionais foram contratadas para chorarem durante o velório e um orador discursou, exaltando suas realizações mundanas. O corpo foi colocado em um túmulo caro e bem ornamentado. Nenhum gasto foi poupado e o funeral foi realmente magnífico. No entanto, o rico não era um filho de Deus e, após a morte, encontrou-se em circunstâncias totalmente diferentes das de Lázaro! Estando em tormentos entre as chamas, olhou para cima e viu Abraão e Lázaro ao longe — no Paraíso. Acho muito interessante que o rico conhecia a Lázaro — ele o reconheceu e o referenciou pelo nome! Podemos especular sobre a interação que eles tiveram em vida, mas acho que é seguro dizer que o rico não se preocupou nem ajudou Lázaro, como deveria ter feito. Esses dois homens eram irmãos na fé judaica — um deles era rico e o outro era pobre — e a Lei de Moisés mandava os ricos socorrerem os pobres em suas necessidades. Obviamente, o rico falhara completamente nessa sua responsabilidade (e podemos imaginar em quantas outras). Durante sua vida, ele sempre viveu na sombra e água fresca, mas agora a situação era totalmente diferente, ele não tinha mais seus cartões de crédito para comprar o que quisesse, nem tinha mais seus empregados para servi-lo. As chamas do fogo o queimavam e ele queria encontrar um pouco do vinho, do champanhe e da água mineral importada que ele sempre tinha na geladeira para se refrescar, mas também não encontrava isso. "Onde estão minhas moedas de ouro e de prata? Talvez eu possa subornar alguém para que me deixe sair daqui — todos gostam de dinheiro, não é mesmo?"
Mas as chamas são implacáveis. Em desespero, ele grita a Abraão que está ao longe. "Tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.".
Neste ponto, não posso deixar de fazer uma observação: Estas palavras que encontramos no evangelho de Lucas foram ditas pelo próprio Senhor Jesus Cristo e Ele diz que o Hades (o inferno) é um lugar de tormentos para aqueles que passarão a eternidade ali!! O evangelista mais famoso do mundo declarou recentemente que não sabe exatamente se as chamas existem e que, portanto, não prega sobre o assunto. O conceito dele sobre o inferno é somente a separação de Deus. Será que ele não sabe ler? Confira em qualquer tradução ou versão da Bíblia que quiser e verá que elas falam claramente de chamas nesta passagem. Se ele está errado neste ponto sobre o inferno, no que mais pode estar se afastando das doutrinas fundamentais da fé cristã?
Abraão, então, é forçado a dar as más notícias para o ricaço: "Filho, lembre-se que você teve muitos bens na sua vida; mas Lázaro só teve males; agora, porém, aqui ele está consolado; e você, em tormentos. E além de tudo, há um grande abismo nos separando e Lázaro não pode ir até você, nem você pode vir até nós." Quando as palavras de Abraão fazem o homem rico reconhecer a realidade da sua situação, pela primeira vez ele pensa nas outras pessoas e diz: "Então envia Lázaro aos meus cinco irmãos, porque não quero que venham para este lugar de tormentos!" Entretanto, mesmo essa solicitação altruísta não pode ser atendida, pois Abraão diz que os irmãos têm os livros de Moisés e dos profetas — as Escrituras do Antigo Testamento — que os advertem. Mas o homem rico retruca: "Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam." Mas Abraão lhe diz a dura verdade: "Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.".
Logicamente, sabemos que esse fato aconteceu, talvez pouco tempo antes de Jesus contar a história. Naquela cruz no Calvário, o Filho de Deus e o Filho do Homem morreu pelos seus pecados e pelos meus, para que não tenhamos de passar nossa eternidade no inferno. Depois de três dias no túmulo, Jesus Cristo ressuscitou, e apareceu a mais de quinhentas pessoas diferentes durante um período de quarenta dias! No entanto, até mesmo o retorno de Jesus Cristo do túmulo não convenceu a maior parte do povo judeu e, virtualmente, a nenhum dos fariseus e saduceus. Assim, não pense que uma pessoa hoje tenha mais dificuldade de crer, pois a crença é uma questão de fé, não de vista. O povo nos dias de Jesus pôde realmente ver Seus milagres e mesmo assim não creu. Não compreendo esse aspecto da natureza humana, mas ele é verdadeiro. As pessoas podem ver um milagre sobrenatural e não acreditar, nem mesmo se alguém voltar dentre os mortos.
Como mais uma ilustração desse fenômeno, chamo sua atenção ao capítulo 11 do Evangelho Segundo João. Nesse capítulo, encontramos a ressurreição de outro Lázaro dentre os mortos! Esse Lázaro, juntamente com suas irmãs, Marta e Maria, eram amigos pessoais do Senhor. Quando Lázaro morreu, o Senhor o trouxe de volta à vida de uma maneira calculada, para provar, sem margem para dúvidas, que era uma ressurreição sobrenatural. Lázaro já estava morto há quatro dias e o Senhor esperou intencionalmente esse tempo. Segundo alguns comentaristas, Ele esperou esse tempo devido a uma superstição que havia entre os judeus, que dizia que o espírito pairava sobre o corpo por dois ou três dias após a morte. Após quatro dias, até essa esperança de o espírito voltar desaparecia. Portanto, quando o Senhor chamou Lázaro para fora do túmulo, o corpo dele já tinha entrado em processo de decomposição e começava a cheirar mal. No entanto, quando o Senhor chamou "Lázaro, vem para fora!", Lázaro veio caminhando para fora do túmulo, todo enfaixado, como se fosse uma múmia! O método judaico de sepultamento incluía o enfaixamento de todo o corpo com tiras de um lençol de algodão e a utilização de especiarias embalsamadoras. Quanto mais rico fosse o indivíduo, mais especiarias eram utilizadas. A regra de ouro era "nenhuma carne deve tocar outra carne", de modo que cada dedo, cada braço e cada perna eram enfaixados individualmente. O corpo era então enfaixado até o pescoço e o rosto e cabeça eram cobertos por um lenço especial. Esse enfaixamento era tão grande que Lázaro certamente precisou de ajuda para se livrar de tudo aquilo!
Pouco tempo após esse maravilhoso acontecimento — que levou muitos judeus a crerem em Jesus, vemos no capítulo 12 de João que o Senhor participou de uma ceia oferecida por Maria, Marta e Lázaro. O verso 9 diz que muitas pessoas vieram sem serem convidadas e que não queriam ver o Senhor, mas queriam ver a Lázaro, que ressuscitara! A natureza humana não é interessante? Em vez de honrar o seu Messias, que realizara o milagre, eles estavam meramente curiosos a respeito do homem que ressuscitara! Depois, nos versos 10 e 11, encontramos ações que validam a afirmação de Abraão feita ao homem rico que mesmo se alguém voltasse dentre os mortos, ainda assim alguns não acreditariam:
"E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro; porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em Jesus."
O verso 53 do capítulo 11 revela que eles já estavam planejando como matariam Jesus. Aqueles homens ímpios sabiam que a ressurreição era sobrenatural e que somente Deus poderia realizar uma coisa como aquela, mas o coração deles estava tão endurecido que desconsideravam totalmente o testemunho das Escrituras sobre o Messias e não O aceitavam. Com diz o velho adágio: "O pior cego é aquele que não quer ver!".
E você? Já é um filho de Deus, ou precisa admitir que ainda não nasceu na família dele? Recusar-se a crer em Jesus Cristo e arrepender-se dos seus pecados (não apenas estar entristecido pelos pecados praticados, mas estar disposto a fazer uma mudança de rumo correspondente em sua vida, em direção àquilo que é reto) de acordo com a Bíblia fará com que você faça companhia ao homem rico por toda a eternidade! Aconselho-o a examinar os fatos descritos na Bíblia, a Palavra de Deus, e então orar e pedir o perdão e a salvação que há em Jesus Cristo.
Se você recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos. Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.
Se você nunca colocou sua confiança em Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim dos tempos está próximo, e quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer isso agora, na privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como seu Salvador, você nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já estivesse lá. Assim, pode ter a certeza de que o Reino do Anticristo não o tocará espiritualmente. Se quiser saber como nascer de novo escreva para ubpes@yahoo.com.br.
Esperamos que este ministério seja uma bênção em sua vida. Nosso propósito é educar e advertir as pessoas, para que vejam a vindoura Nova Ordem Mundial, o Reino do Anticristo, nas notícias do dia-a-dia.
A Parabóla do Homem Rico e o Mendigo Lázaro Lucas 16:19-31
Por suas atitudes, quem merece de fato, o Céu? – O Rico ou Lázaro?
Manda a sinceridade que o todo desta parábola seja interpretado literalmente, já que parte assim é feita, para financiar a fugaz doutrina da imortalidade da alma.
“E com muitas parábolas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender. E sem parábolas nunca lhes falava; porém tudo declarava em particular aos Seus discípulos.” Marcos 4:33 e 34.
Vamos, com a ajuda do Espírito Santo, desvendar a parábola do Rico e Lázaro. Como ponto de partida, descubramos pelo dicionário qual o significado da palavra parábola. Diz o Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa que é uma “narração alegórica”. Isto é: Parábola é uma alegoria e, segundo o mesmo dicionário, alegoria é: “Exposição de um pensamento sob forma figurada; ficção que representa um objeto para dar idéia de outro; continuação de metáforas que significam uma coisa nas palavras e outra no sentido.”
A palavra grega traduzida por “parábola” significa: “comparação”, “tipo”, “figura”. Isto é: Uma linguagem em códigos.
Mal comparando, e com a devida anuência do irmão, digo: Uma estória engendrada, um conto, que esconde e acoberta uma verdade importante (Eze. 17:2; 24:3). A parábola, pois, tem o objetivo de transmitir uma verdade; mas ela mesma não é esta verdade. Ouça o testemunho de Jesus e do evangelista Mateus:
“Por isso lhes falo por parábolas; porque eles vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis mas não compreendereis. E vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido. E ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam os seus ouvidos; para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e Eu os cure.” – Mateus 13: 13-15.
“Tudo isso disse Jesus por parábolas à multidão. E nada lhes falava sem parábolas, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta que disse: Abrirei em parábolas a Minha boca; publicarei coisas ocultas desde a fundação do mundo.” – Mateus 13: 34-35.
Compor parábolas era o método particular que Jesus usava para o ensino. Ao expor através destas ilustrações a verdade que queria apresentar, Ele o fazia por um motivo todo especial; e a respeito, diz-nos Ellen G. White, abalizada escritora:
“Entre as multidões que O rodeavam, havia sacerdotes e rabinos, escribas e anciãos, herodianos e maiorais, amantes do mundo, beatos, ambiciosos que desejavam, antes de tudo, achar alguma acusação contra Ele. Espias seguiam-Lhes os passos, dia a dia, para apanhá-Lo nalguma palavra que Lhe causasse a condenação, e fizesse silenciar para sempre aquele que parecia atrair a Si o mundo todo.
“O Salvador compreendia o caráter desses homens e apresentava a verdade de maneira tal, que nada podiam achar que lhes desse ensejo de levar seu caso perante o Sinédrio. Em parábolas, Ele censurava a hipocrisia e o procedimento ímpio daqueles que ocupavam altas posições. E, em linguagem figurada, vestia a verdade de tão penetrante caráter, que, se as mesmas fossem apresentadas como acusações diretas, não dariam ouvidos às Suas palavras e teriam dado fim rápido ao Seu ministério.” – Paráb. Jesus, pág. 22.
Está claro então que havia um motivo especial para o Mestre falar em parábolas, sobretudo para que se cumprisse também a profecia messiânica que diz: “Abrirei em parábolas a Minha boca...” Salmo 78:2.
Há uma corrente de leitores da Bíblia que afirma com veemência ser a narrativa de Jesus sobre o Rico e Lázaro não uma parábola, e sim uma doutrina real. Ao agirem assim, além de contradizê-la, chocam-se com uma barreira evangélica, formada pelos mais respeitáveis teólogos dos mais variados ramos protestantes, que concordam ser este conto puramente parábolico. Portanto, é preciso ficar sacramentado, sem nenhuma sombra de dúvidas, que a narração é uma parábola: A parábola do Rico e Lázaro.
Por conseguinte, a doutrina da imortalidade da alma e do galardão após a morte, extraída, como fazem, dessa parábola, é acima de tudo inconveniente, pois sabido é, e aceito pelos mais eminentes exegetas, que não se pode firmar doutrina sobre parábolas, pois ela é uma ficção, uma alegoria, uma metáfora.
O Doutor Joseph Angus, teólogo evangélico (da Igreja Batista), em sua obra – História, Doutrina e Interpretação da Bíblia, pág. 181 aconselha-nos judiciosamente a respeito das parábolas. Diz ele:
“Converter delicados pormenores em grandes verdades escriturísticas é obscurecer o grande desígnio do todo. E assim trazemos um significado para a parábola em vez de extrair dela o significado. Isso é um hábito que nos pode levar aos enganos mais sérios.” – Grifos meus.
Particularmente, não acho existir “engano mais sério”, do que esconder-se o verdadeiro sentido parabólico desta estória, para apresentar a doutrina da imortalidade da alma, a doutrina do Céu e inferno, ou seja: O Céu para o bom, e o inferno para o mau, imediatamente após a morte. Ouça, ainda, E.G. White:
“Nesta parábola Cristo se acerca do povo em seu próprio terreno. A doutrina de um estado consciente de existência entre a morte e a ressurreição era mantida por muitos dos que ouviam as palavras de Cristo. O Salvador lhes conhecia as idéias e compôs Sua parábola de modo a inculcar verdades importantes em lugar dessas opiniões pré-concebidas.” – Parábolas de Jesus pág. 263.
Em síntese, prezado irmão, estamos diante de uma estória contada por Jesus, que, se estudarmos diligentemente (cavando fundo), notaremos a beleza da verdade que o Salvador queria ensinar. Antes de começarmos a estudar a parábola, deixe-me dizer-lhe o que falou um eminente teólogo:
“É regra aceita em teologia que as doutrinas não devem ser baseadas sobre parábolas.” – F.D. Nichol, Answers to Objections, nota ao pé, pág. 567 – citado em Subtilezas do Erro.
Pois bem, façamos de conta que estes teólogos, pesquisadores e escritores estejam errados, e chegamos à incongruência de considerar essa parábola literalmente, como a aceitam muitos sinceros cristãos. Então vamos considerá-la assim, toda literalmente, certo? Coloquemos, portanto, em pauta, o Rico da parábola.
• Nem a Bíblia nem Jesus disseram que o rico era mau. Dizem apenas que era rico. E ser Rico não é característica do desagrado de Deus; pelo contrário, a riqueza do cristão é sinal de bênçãos do Céu.
• Abraão foi chamado “amigo de Deus” e os cristãos sabem do cuidado do Senhor sobre ele e sua família, e, no entanto, lemos em Gênesis 13:2: “Era Abraão muito rico em gado, em prata e em ouro.”
• Jó, o habitante da terra de Uz, homem sincero, reto e temente a Deus, foi tam-bém amado por Ele e lemos em seu livro, capítulo 1 versículos de 1 a 3: “...e era o seu gado 7.000 ovelhas, 3.000 camelos e 500 juntas de bois e 500 jumentas, era também muitíssima a gente a seu serviço, de maneira que este homem era maior que todos os do Oriente”. Aí está o homem mais rico do Oriente e também um grande amigo de Deus, e por Ele lembrado e amado.
• Salomão, José de Arimatéia, Nicodemos, este, afirmam, era tão rico, que sua fortuna daria para sustentar a nação judaica por 10 anos, e no entanto não foi repelido por Jesus; pelo contrário, o Mestre amou-o profundamente.
Então, caro irmão, depreendemos daí que não é nenhum pecado ser rico. E a Bíblia informa simplesmente, nesta parábola: “Havia um homem rico... e ele morreu...” (Luc. 16:22). E isso não é, nunca foi, jamais será pecado tão grave que o possa lançar ao inferno. Vê, se formos tratar esta parábola literalmente, pergunto: O que é errado? O que fez o Rico para se perder e ser lançado no inferno?
Não esqueça, Jesus apresentou simplesmente um homem Rico. Não disse que ele era transgressor da Lei de Deus, nem mau, nem avarento. Nem que tenha adquirido sua riqueza com fraude, injustiça ou roubo. Apenas um homem rico. Coloquemos em pauta, agora, o mendigo Lázaro.
• Nem a Bíblia, nem Jesus, mencionam que ele tenha sido um crente bom e fiel, e muito menos cumpridor da Lei de Deus. Diz, simplesmente: Era um mendigo.
• Ouça irmão, e não se escandalize: Mendicância é prova do desfavor de Deus (perdão Senhor!). Não precisa desencostar-se da cadeira, nem engolir seco, estamos considerando literalmente a parábola, e é isso o que diz a Bíblia, e aqui está Davi para provar; diz ele: “Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência mendigar o pão.” Sal. 37:25.
(Por conseguinte, literalmente falando, o nosso bom mendigo parabólico, coitado, não era justo, muito menos descendente de algum justo. Ademais, a Bíblia silencia quanto ao fato de que pelo menos ele tenha feito algo de bom, para merecer o Céu).
Por isso, irmão, aceitar essa parábola literalmente, como se quer admitir, forçoso será crer que o mendigo foi salvo pelos “méritos da pobreza”, o que contraria frontalmente o plano de salvação, pois é notório que o homem só será salvo mediante sua fé na aceitação de Jesus Cristo como seu Salvador.
A Bíblia não ensina, em nenhum lugar, que por ser pobre ou ter sofrido muitas agruras, padecido muitas dores, alguém ganhe por isso o Céu por recompensa. Tal não é bíblico! O que as Escrituras mencionam a respeito é que os pobres sempre teremos conosco (Mat. 26:11), e que temos o dever de ampará-los, mas também eles deverão fazer sua decisão ao lado de Cristo, se é que desejam habitar o Céu um dia. (Sabe, eu já fui tão pobre, meu pai morreu deixando minha mãezinha com 4 filhos. Minha irmã era a mais velha e contava 10 anos. Morei em morro e favela. Carrego com orgulho uma marca de fome em meu braço esquerdo. Com ela irei para o Céu, mas... só porque eu também fiz minha decisão por Cristo.)
Literalmente falando, a benemerência deste Rico parabólico assumiu proporções maiores, porque Lázaro não era um mendigo somente, era um farrapo de gente, com o corpo todo carcomido por uma doença terrível, possivelmente a lepra.
Sabe você como era que um leproso deveria andar quando não estava enclausurado? Sua obrigação, por Lei, era passar ao largo e gritar: “Sou leproso”, “estou imundo”, “afastem-se”. (Lev. 13:44-46). Isto quando não eram apedrejados. Coitados! Pobres criaturas!
Agora meu irmão, imagine o seguinte:
– Você acorda de manhã, e junto com seus filhos se prepara para sair, quando, ao abrir o portão, depara com esse pobre “trapo” de gente, caindo aos pedaços, e os seus cães lambendo aquelas feridas em carne viva, devorada pela lepra. Diga sinceramente, qual seria sua reação? Daria a ele comida, mesmo sendo migalhas (migalhas de rico é fartura) de sua mesa ou chamaria a Polícia ou a Saúde Pública?
– Sim, qual seria sua atitude ao encontrar, na porta de sua casa um leproso, em avançado grau de enfermidade?
Sua reação, meu amado, é uma incógnita, mas a do Rico da parábola, não. Permitiu-lhe comer migalhas e não o expulsou de sua porta; e, do relato, imaginamos haver durado dias essa beneficência. Portanto, esse Rico parabólico não é um homem mau, mas bom, de coração inclinado a apiedar-se dos desvalidos da sorte, não acha?
Agora lhe pergunto sinceramente: Considerando as virtudes de ambos, (certamente baseando-se no literal, que é o que estamos fazendo com toda a parábola), quem merece o Céu? Sim, argumentando literalmente, se Lázaro por ser mendigo foi para o Céu, o Rico não pode deixar de ir também, porque não é pecado ser rico, e, esse da parábola, demonstrou genuína humanidade, não expulsou o mendigo de sua porta, não chamou a Polícia nem a Saúde Pública, e ainda permitiu-lhe alimentar-se do pão de sua mesa.
Isto bastaria para derrubar a tese de que essa parábola tem que ser aceita literalmente para fundamentar a doutrina da imortalidade da alma e do galardão imediato após a morte; mas, não paremos aqui.
Continuemos considerando-a literalmente, e segure-se firme, para que a terra não fuja de debaixo dos seus pés, porque diz o relato fictício que Lázaro morreu, e foi para o “seio de Abraão”. Lucas 16:23.
Então, ensina esta parábola, se tomada ao pé da letra (literalmente), que o homem, sendo pobre, mendigo, desvalido, ao morrer, tem como prêmio, ou recompensa, o Céu (seio de Abraão). Então, façamos as seguintes perguntas:
• Você não acha que o seio de Abraão seja muito pequeno, porque no máximo este patriarca devia ter de altura, 2,30 m?
• E os pobres e mendigos que morreram antes de Abraão, para que seio foram?
• Caberá no seio de Abraão todos os pobres do mundo quando morrerem, pois é sabido que a maior parte da população mundial, que já se aproxima dos 5 bilhões, são pobres?
• Bem, se apenas por ser mendigo alguém tem direito ao Céu, o crente então jamais poderá ficar fora dele, e que seio é esse para caber tanta gente? Abel, que viveu antes de Abraão, para que seio foi?
• Agora, pasme o irmão. Para onde fugir, diante desta pergunta: E Abraão, chamado o amigo de Deus, homem justo e bom, o pai da fé, morreu, e para onde foi? Para o seu próprio seio?
Percebeu?
Como se pode notar, uma parábola jamais poderá ser interpretada literalmente, porque, se assim for, teremos de admitir que Abraão tem um seio descomunal para acolher tanta gente. Os que aceitam essa parábola literalmente, terão de crer nesse absurdo, ou então aceitá-la no que lhes satisfaz, o que é uma grande desonestidade para com a Palavra de Deus.
Pois bem, continuemos considerando a parábola literalmente, e como tal, em seguida, temos na narrativa de Jesus que admitir seja a fronteira entre o Céu e o inferno tão próxima uma da outra que permite conversação, diálogo entre as pessoas que gozam as delícias do paraíso com as do suplício eterno.
Se a parábola ensina assim (como querem os imortalistas), que os eleitos de Deus personificados pelo mendigo conversam com os ímpios no inferno, personificados pelo Rico; imaginemos por exemplo, que você, irmão, esteja no Céu, gozando a bem-aventurança, contemplando a face gloriosa do Salvador, usufruindo da calmaria celestial, passeando por entre aquele belo jardim, sentindo o frescor e perfume das flores, quando, de repente, você ouve gemidos, e estes aumentam gradativamente. Então, você contempla seu parente no inferno, o fogo inclemente devorando-o; dores, gritos horripilantes, tormento indizível. Medite: Como você se sentiria no Céu, vendo do lado de lá, ali bem pertinho, um seu querido neste estado? Afinal, o Céu e o inferno estão separados por uma “parede-de-meia”? Ora irmão, é inadimissível; é insuportável crer numa coisa dessa! Mas é o que se terá de admitir ao aceitar que esta parábola foi um conto real, uma doutrina de Jesus.
Não terminemos aqui! Ainda deve nos impressionar o fato de que, ao se basear nessa parábola para afirmar que a alma é imortal, e se, de crente, vai para o Céu após a morte, volto a perguntar: Que almas eram essas? Sabe por quê?
• Tinham dedos (Luc. 16:24).
• Tinham línguas (Luc. 16:24).
• Tinham olhos (Luc. 16:23).
• Tinham sede (Luc. 16:24).
• Falavam e ouviam (Luc. 16:27-31).
Ora, se essas almas tinham dedos, é lógico que deveriam ter braços. Se tinham línguas, forçoso é crer que tinham boca, se possuíam olhos, era preciso terem rostos.
– Meu irmão, um rosto precisa de um pescoço, o pescoço precisa de um tronco, um tronco precisa de membros, braços, pernas, pés, etc. E, se falavam e ouviam, certamente tinham sentimento, e esse era traduzido pela sede, e tudo isso porque o cérebro funcionava.
Então, por favor, que “almas” eram essas que têm um corpo completo, com cabeça, tronco e membros? Ou não eram almas? E agora amado, para onde ir?
Bem, ainda assim, os que preconceituosamente crêem na imortalidade inerente da alma, e do galardão imediato após a morte, asseveram que essa parábola é uma doutrina porque as “almas” estavam conscientes através do diálogo que mantiveram. Mas, desculpe-me, isto é um equívoco, porque o diálogo havido não foi entre as “almas” que se imaginam, pois segundo a narrativa os personagens eram pessoas reais com corpo e tudo.
Quer ver algo mais estranho e inquietante? Releia a parábola e considere também que nela não aparecem o Senhor Jesus, nem Deus, nem anjos. Ora, que Céu é esse que não se encontra o Criador? Nem o Seu trono? Despido de toda a beleza de que é provido!!
Finalizando, para os que aceitam essa parábola literalmente e sobre ela fundamentam a doutrina mencionada, não poderão, então, fugir da aceitação de outras parábolas similares relatadas pela mesma Bíblia, no campo literal.
Há, por exemplo, no livro de Juízes 9:7-15, a parábola de Jotão. Lemos ali que as árvores falavam, e que levantaram reis sobre elas, certamente outras árvores. Você crê que as árvores falavam? Eram conscientes? Certamente que não. Temos absoluta certeza. Mas é uma parábola. Então, aceita-se uma e outra não? Como é isso?
Observe esta outra parábola bíblica:
II Reis 14:9
“Porém Jeoás, rei de Israel, enviou a Amazias, rei de Judá, dizendo: O cardo que está no Líbano enviou ao cedro que está no Líbano, dizendo: Dá tua filha por mulher ao meu filho; mas os animais do campo que estavam no Líbano, passaram e pisaram o cardo.”
Então, que lhe parece? Cardo e cedro são árvores. Árvores de lei e estão falando. E que casamento de filhos de árvores é esse? Querido irmão, são parábolas, e parábolas são metáforas, ficção, estória, não podem ser entendidas literalmente. Jamais.
Tudo aí é figurado. É uma ilustração. Nada mais que dois reis: O de Judá (Amazias), e o de Israel (Jeoás); são personificados pelas árvores. Jeoás compôs a parábola para Amazias. Este não a atendeu (II Reis 14:11), e por isso, o povo do “cardo” (Amazias) foi ferido pelos “animais do campo” (exército do “cedro” – Jeoás).
Na parábola da ovelha perdida, a ovelha é um animal, mas representa o pecador (Lucas 15). Não há o que negar, parábola é um ilustrativo para extrair-se uma verdade. Na parábola do semeador, a semente é o evangelho. A vinha do Senhor é a casa de Israel. Isaías 5:1-7.
Nenhuma das quarenta e quatro parábolas proferidas por Jesus podem ser aceitas literalmente, porque parábola é uma ilustração para clarear o ensino.
Chegamos então à conclusão de que é um equívoco considerar parábolas pelo lado literal e aplicá-las para sedimentar doutrina bíblica. Fica, por conseguinte, claro, que Jesus não ensinou o que se prega hoje em dia, baseando-se nesta parábola.
Finalmente, afirmo, essa parábola não foi mencionada por Jesus como uma doutrina. Digo-lhe no Senhor. A única coisa de escatológica e doutrinária, em toda a narração, só é o verso 31, que é o final da estória e que trata da ressurreição, nada mais.
O que, afinal, desejava ensinar o Senhor? É o assunto que estudaremos a seguir, com toda a sinceridade de uma meiga criança.
Fizemos o estudo literal dessa parábola, apenas para demonstrar a que absurdos chegaríamos caso a aceitássemos como uma doutrina e não uma estória, ficção, como realmente é, uma vez que ela tem sido usada literalmente para abonar a doutrina da imortalidade da alma.
O Rico da parábola era uma “símile” dos judeus, a quem Deus fez os depositários dos oráculos divinos. Deveriam por isso ser a luz das nações. Os reis da terra deveriam caminhar vendo a glória de Deus sobre eles. Isaías 60:3.
O mendigo parabólico também era uma “símile” (analogia – semelhança) dos gentios, que eram, coitados, considerados como cães, imundos e indignos do favor do Céu, pelos judeus.
Destacamos ainda, da lavra desta célebre escritora evangélica, Ellen G. White, este outro pensamento:
“O Senhor fizera dos judeus depositários da verdade sagrada. Nomeou-os mordomos de Sua graça. Deu-lhes todas as vantagens temporais e espirituais, encarregou-os de partilhar estas bênçãos. Uma instrução especial fora-lhes dada concernente ao tratamento de irmãos empobrecidos, dos estrangeiros dentro de suas portas e dos pobres entre estes. Não deveriam procurar ganhar tudo para o proveito próprio, antes deveriam lembrar-se dos necessitados e repartir com eles. E Deus prometeu abençoá-los de acordo com as obras de amor e misericórdia. Como o rico, porém, não estendiam a mão auxiliadora para aliviar as necessidades temporais e espirituais da humanidade sofredora. (Permitia-lhe comer das migalhas. Mas ele poderia fazer muito por ele e não o fez). Cheios de orgulho, consideravam-se o povo escolhido e favorecido de Deus; contudo não serviam nem adoravam a Deus. Depositavam confiança na circunstância de serem filhos de Abraão. ‘Somos descendência de Abraão’ (João 8:33), diziam, com altivez. Ao chegar a crise, foi revelado que se tinham divorciado de Deus, e confiado em Abraão como se fosse Deus.” – Parábolas de Jesus, págs. 267/268, grifos meus.
Assim que, foram os judeus comparados ao homem Rico da parábola, porque tinham as riquezas do evangelho; no entanto, não cumpriram a vontade de Deus a seu respeito, que era de ser a luz dos gentios. No campo religioso, os pobres gentios pegavam mesmo, apenas as migalhas.
No pátio do Templo de Jerusalém havia uma linha demarcatória que, se os gentios dali passassem, eram mortos no ato, isso porque eram considerados indígnos de cultuar a Jeová neste santuário. (Leia-a à página 379).
Entretanto, encontramos nas Escrituras belos exemplos de verdadeira fé entre os gentios, como é o caso do centurião romano de Cafarnaum pedindo a Jesus que curasse seu criado, conforme se lê em Mateus 8:5-13. Nesta experiência o centurião expressou exatamente o que os judeus pensavam dos gentios:
“No sou digno de que entreis em minha casa...” (verso 8).
No entanto, o centurião demonstrou grande fé quando disse: “Diga somente uma palavra e meu criado sarará...” (verso 8). Jesus curou o servo daquele gentio e publicamente elogiou sua fé com estas palavras: “...Nem mesmo em Israel encontrei tanta fé...” (verso 10), assegurando que muitos gentios assentar-se-ão à mesa com Abraão (Veja Gálatas 3:27-29; Romanos 10:12). Anote agora, este outro belo exemplo de sublime e sincera fé:
“E, partindo Jesus dali, foi para as bandas de Tiro e Sidom. E eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou dizendo: Senhor, filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoniada. Mas Ele não lhe respondeu palavra. E os discípulos, chegando ao pé dEle, rogaram-lhe dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. E Ele respondendo disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Então chegou ela e adorou-O dizendo: Senhor, socorre-me. Ele porém, respondendo disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé: Seja isto feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã.” – Mateus 15: 21-28.
Jesus não possuia o preconceito dos judeus com relação aos gentios. Ele apenas procedeu assim para que fosse revelada, publicamente, a fé daquela mulher gentílica, naquEle que veio para o Seu próprio povo, e este não O aceitou.
Aqui estão, amados, dois exemplos de grande fé, revelada por aqueles que eram literalmente considerados como “cães”, indígnos dos favores e bênçãos divinos, por serem gentios. No entanto, mereceu do Mestre elogios tais, por uma fé que não havia encontrado em Seu próprio povo.
Por favor, observe a preferência de Jesus pelos FILHOS. Quem são eles?
Mateus 10:5-6
“Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel.”
Eram, portanto, os filhos, a casa de Israel, nação judaica, aquele povo tão amado por Deus, nação diferenciada entre todas com bênçãos inefáveis; e agora, para sedimentar, provar o cuidado, amor, preferência de Deus por ela, o próprio Jesus vem, e envia discípulos a lhes pregar as boas-novas do Reino.
Por conseguinte, queria Jesus ensinar, na parábola do Rico e Lázaro, que os judeus (Rico) banqueteavam-se na mesa da verdade, enquanto os gentios (Lázaro), coitados, eram os cachorrinhos que procuravam a todo custo apanhar migalhas do evangelho. E parabéns para eles, passaram das migalhas para as gemas puras e cristalinas do santo evangelho do Senhor.
Os ricos vestiam-se de linho branco. O branco significa paz, pureza, e era isso que Deus lhes desejava, caso ouvissem, e fossem fiéis ao legado divino. Os gentios eram o Lázaro tão repelente quanto o leproso. Eram os leprosos espirituais. Não tinham direito, como pensavam os judeus, às bênçãos e favores de Deus. Mas, irmão, a mesa da verdade, da qual se orgulhavam os judeus, tornou-se em laço para eles.
Romanos 11:9
“E Davi diz: Torne-se-lhes sua mesa em laço, e em armadilha, e em tropeço, por sua retribuição.”
E, na verdade, esse foi o quinhão de um povo recalcitrante, endurecido por tanta desobediência e rebelião. Embora representassem a preferência nacional de Deus, os judeus rejeitaram e mataram o Senhor do evangelho, por isso foram “quebrados” e outros “galhos” foram “enxertados” na Oliveira – nós, os gentios – representados na parábola, por Lázaro, o mendigo. Romanos 11:17-21.
A maior prova de que o Rico (nação judaica) recebeu “seus bens em sua vida”, como informa a parábola, foi o fato de ter sido chamada para ser o sacerdócio real de Deus na Terra, nação santa, peculiar. Sobre ela dispensou o Senhor, por séculos, bênçãos sem medidas, deu-lhes uma terra onde mana leite e mel e por fim deu-lhes o próprio Messias. E qual foi a reação do Rico (judeus)?: “...Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam...” João 1:11.
Os judeus, portanto, rejeitaram o Messias (o Rico morre). Esta rejeição consolidou-se com o apedrejamento de Estêvão, o primeiro mártir (Atos 7:54-60), quando então os filhinhos ou o Rico da parábola, perderam definitivamente a preferência divina, bem como o direito à salvação como um povo, embora individualmente tenham direito a ela.
Após o apedrejamento de Estêvão, ocorreu uma grande perseguição aos cristãos (Atos 8:1). Esta perseguição, conquanto não pareça, constituiu-se em uma milagrosa operação celestial, pois o evangelho foi anunciado poderosamente aos gentios (Lázaro), para que eles também participassem do banquete da salvação. Agora, não comeriam mais migalhas da mesa de seu Senhor, mas fariam parte inconteste da mesa da verdade. Veja que maravilhoso:
“Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era mister que a vós se pregasse primeiro a Palavra de Deus; mas visto como a rejeitais, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios; porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te puz para luz dos gentios, para que sejas de salvação até os confins da Terra. E os gentios ouvindo isso, alegraram-se, e glorificavam a Palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna. E a Palavra do Senhor se divulgava por toda aquela província.” Atos 13: 46-49.
“Ouviram os apóstolos e os irmãos que estavam na Judéia, que também os gentios tinham recebido a Palavra de Deus.” Atos 11:1.
Perceba o quadro atual:
O RICO EM TORMENTO
(judeus)
Perderam a hegemonia nacional, conforme a Parábola. Perderam o privilégio de ser o povo escolhido de Deus (Deut. 7:6). Perderam o majetoso templo, a nação, e dispersos foram por todo o mundo. Muito embora Deus os ame a todos, e, individualmente tenham direito à salvação, desde que aceitem a Jesus Cristo como Salvador pessoal.
LÁZARO CONSOLADO
no seio de Abraão
(gentios)
Possuem a verdade, exercem fé, crêem, vivem e pregam o evangelho, esperam a volta de Jesus e transformaram-se na geração eleita de Deus, ouça: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquEle que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz; vós que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tinheis alcançado misericórdia, mas agora alcan-çastes misericórdia.” I. Pedro 2:9-10.
ABRAÃO
Entrou nessa parábola, porque é considerado o pai da fé, segundo a Bíblia. E todos os que se salvarem, o serão pela fé em Cristo, e nunca por obras ou méritos próprios; e serão chamados filhos de Abraão pela fé. Gálatas 3: 9.
O SEIO DE ABRAÃO
Quer dizer, simplesmente: Privilégios e favores. Ó gentios! Como Deus nos ama!
Para finalizar, tenhamos em mente este pensamento:
“Na parábola do Rico e Lázaro, Cristo mostra que nesta vida os homens decidem seu destino eterno. Durante o tempo da Graça de Deus, esta é oferecida a toda alma. Mas, se os homens desperdiçam as oportunidades na satisfação própria, segregam-se da vida eterna. Não lhes será concedida nova oportunidade. Por sua própria escolha cavaram entre eles e Deus um abismo intransponível.” – Paráb. de Jesus, pág. 260. E.G. White. Grifos meus.
Meus queridos irmãos, está claro que, nesta parábola, Jesus continua apresentando a lição iniciada com a parábola do mordomo infiel de Lucas 16:1-12, e a tônica de Seu ensino é que o “destino eterno” de uma pessoa é determinado pelo uso que ela faz das oportunidades que se apresentam HOJE.
Assim, pois, sem sombras de dúvidas, a parábola do Rico e Lázaro foi apresentada por Jesus para esclarecer definitivamente que o destino do homem – rico ou pobre é decidido aqui nesta vida, “pelo uso feito dos privilégios e oportunidades” conferidos por Deus.
Leia, como complemento: Mateus 16:27; 25:31-41. I Coríntios 15:51-55. I Tessalonicenses 4:16-17. Apocalipse 22:12, etc.
Tenho ânsias de explodir em brados de aleluias ao Senhor, pois que Ele é bom, e nos dá sabedoria para andarmos na luz. – Aleluia! Glória a Deus!
Ronaldo , o fenomeno abandona a carreira - lista sete motivos para Ronaldo pendurar a chuteira
Fenômeno convocou entrevista coletiva para o início da tarde desta segunda-feira (14)
Do R7
Fernando Pilatos/12.05.2009/Gazeta Press
Eleito pela Fifa como melhor jogador do mundo em três oportunidades, campeão nas Copas de 1994 e 2002 com a seleção brasileira, e maior artilheiro da história dos Mundiais, Ronaldo Luís Nazário de Lima, o Ronaldo Fenômeno, dará adeus à bola nesta segunda-feira (14), em entrevista coletiva programada para o início da tarde, no CT Joaquim Grava.Ex-presidente Lula é fã e maior "corneteiro" do Fenômeno Ronaldo
Aos 34 anos, o camisa 9 do Corinthians já não consegue mais lutar contra a balança e, visivelmente fora de forma, não repete o desempenho brilhante de quando chegou ao clube, há dois anos, conquistando os títulos paulista e da Copa do Brasil.
Afastado pelo técnico Tite para se recondicionar fisicamente, o atacante admitiu estar cansado e disposto a colocar um ponto final em uma trajetória brilhante dentro dos gramados brasileiros e europeus.
O R7 lista, a seguir, sete motivos que podem ter contribuído para a decisão do Fenômeno de abandonar a carreira antes do término de seu contrato com o Timão, que vai até dezembro deste ano.
1 - Luta contra a balança: apesar de ter chegado acima do peso ao clube quando deixou o Milan-ITA, Ronaldo conseguiu dar a volta por cima e foi decisivo para a conquista de dois títulos na temporada 2009. Hoje, apesar do esforço, o Fenômeno não consegue mais se livrar dos quilinhos extras e da marcação adversária. Resultado: não fez um gol sequer no ano.
2 - Saída prematura do “irmão”: grande amigo e considerado como um irmão pelo jogador, Roberto Carlos não suportou a pressão da torcida e, apesar dos apelos de Ronaldo, pediu rescisão contratual para atuar no futebol russo.
3 - Perda da vaga na Libertadores: quando o Timão foi eliminado pelo Flamengo na Libertadores de 2010, Ronaldo brincou e disse que o “centenário só terminaria em 2011”. Depois da vexatória derrota para o Deportivo Tolima-COL, na Pré-Libertadores, que tirou a equipe da fase de grupos da competição, Ronaldo deu adeus ao sonho de se tornar campeão continental.
4 - Pressão da torcida: apesar de ser o jogador mais aplaudido ao ter seu nome anunciado pelo sistema de som antes dos jogos no Pacaembu, Ronaldo não é mais unanimidade entre os torcedores e virou alvo nos protestos. No último, que beirou a violência, antes do clássico contra o Palmeiras, viu uma faixa com os seguintes dizeres: “maior salário, maior barriga, menor futebol”.
6 - Chegada de Liedson: ciente de que Ronaldo não renderia mais em alto nível, o Corinthians foi buscar em Portugal um novo dono para a camisa 9, Liedson. Em seu primeiro jogo pelo Timão, o atacante fez jus ao número que veste e marcou dois na goleada por 4 a 0 sobre o ituano.
7 - Dores incessantes: Conforme declarou ao colunista Daniel Piza, do jornal O Estado de S. Paulo, Ronaldo não aguenta mais as dores pelo corpo, cansado após encarar oito cirurgias ao longo da carreira.
- Eu queria continuar, mas não consigo. Penso uma jogada, mas não executo como quero. Tá na hora. Mas foi lindo pra caramba.
FONTE R7
Deputada que teve filho assassinado quer aumentar pena para 100 anos
O caso do sequestro e assassinato do garoto Ives Ota, em 1997, então com 8 anos de idade, fez a mãe dele, Keiko Ota, criar um abaixo-assinado a favor da prisão perpétua para crimes hediondos. Segundo ela, a lista com 3 milhões de assinaturas foi encaminhada ao Congresso Nacional, "mas nada foi feito". Agora, eleita deputada federal com mais de 200 mil votos, vai defender, como principal bandeira, o aumento do tempo limite que o detento pode permanecer preso.Keiko vai apresentar uma proposta aumentando a pena máxima de 30 para 100 anos no Brasil.
A parlamentar acredita que, mesmo a nova lei sendo aprovada, com a possibilidade de progressão de pena, seria possível manter um preso na cadeia por, no máximo, 40 anos. Para a deputada, sua eleição reflete um "anseio" da sociedade por mudança. "Muita gente chegava questionando, cobrando por uma mudança no Código Penal, por uma lei mais rígida". Especialistas ouvidos pelo terra não acreditam que a alteração possa ajudar no combate à violência e à impunidade.
O juiz federal Ivo Höhn Jr acredita que a proposta pode ser viável, mas não deveria ser o foco do Legislativo. "Não vejo nenhum problema em aumentar o limite para cumprimento de pena, mas isso é um paliativo para um problema maior. Nós temos um sistema penitenciário falido no Brasil, de onde os presos saem pós-graduados em crime".
O juiz, que atua no Maranhão, considera que tornar o processo penal mais ágil e reduzir a quantidade de recursos seriam medidas mais eficientes. Além disso, Höhn acredita que a mudança proposta pela deputada não reduziria a criminalidade. "Não é o tamanho da pena que inibe o crime, é a certeza da punição".
A professora Soraia Mendes, do núcleo de estudo para paz e direitos humanos da Universidade de Brasília, interpreta a proposta como inconstitucional. "Aumentar para 100 anos significa burlar o que a Constituição determinou como inaceitável, que é a prisão perpétua. Mesmo com a progressão podendo reduzir esse período, o princípio estaria sendo burlado".
"Dia do Perdão"
Além do projeto alterando o tempo de cumprimento de pena privativa de liberdade, a deputada também quer instituir 30 de agosto, data do assassinato de seu filho, como o "Dia do Perdão". "Eu consegui perdoar, acredito que o perdão é a cura de todos os males", diz. "A Justiça também tem que ser feita, mas primeiro é preciso tirar o ódio, senão caracteriza vingança".
Depois da morte de Ives Ota, o casal Keiko e Masataka criou um instituto que leva o nome do filho. A ONG (organização não-governamental) realiza palestras e oferece orientação a crianças, jovens e famílias vítimas da violência.
FONTE TERRA.COM.BR
Polícia do Rio investiga se agentes de delegacia lacrada cobravam propina Titular da unidade está reunido com corregedor da Polícia Civil. Suspeita é que agentes arquivaram inquéritos em troca de vantagens.
O delegado da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), Cláudio Ferraz, está reunido com o corregedor da Polícia Civil, Gilson Emiliano Soares, no prédio da unidade, que foi fechada no domingo (13) por determinação do chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski.
Segundo Soares, a delegacia foi lacrada após denúncias de que agentes da unidade estariam envolvidos num esquema de cobrança de propinas de empresários investigados em licitações com suspeita de fraude.
"Eles estariam envolvidos em procedimentos ilícitos, arquivando inquéritos a pretexto de recebimento de vantagens", disse o corregedor.
O delegado Cláudio Ferraz afirmou não estar surpreso com a noticia. "Soube disso pela imprensa ha um mês".
A ação é um complemento da Operação Guilhotina, realizada na última sexta-feira (11) pela Polícia Federal, na qual 38 dos 45 mandados de prisão já foram cumpridos. Deste total, 30 presos são policiais militares ou civis, que formava quadrilhas que ajudavam traficantes, milicianos e contraventores, com informações sobre as operações policiais e negociar material de apreensão e até dar proteção a criminosos. O chefe de Polícia Civil chegou a ser chamado para prestar esclarecimentos.
Ha boatos de que Ferraz seria o nome de confiança cotado para uma possível substituição de Turnowski. Segundo o corregedor, está para ser assinada uma medida que determinará que a Draco fique diretamente subordinada à Secretaria de Segurança, e não mais à chefia de Polícia Civil.
G1
Segundo Soares, a delegacia foi lacrada após denúncias de que agentes da unidade estariam envolvidos num esquema de cobrança de propinas de empresários investigados em licitações com suspeita de fraude.
"Eles estariam envolvidos em procedimentos ilícitos, arquivando inquéritos a pretexto de recebimento de vantagens", disse o corregedor.
O delegado Cláudio Ferraz afirmou não estar surpreso com a noticia. "Soube disso pela imprensa ha um mês".
A ação é um complemento da Operação Guilhotina, realizada na última sexta-feira (11) pela Polícia Federal, na qual 38 dos 45 mandados de prisão já foram cumpridos. Deste total, 30 presos são policiais militares ou civis, que formava quadrilhas que ajudavam traficantes, milicianos e contraventores, com informações sobre as operações policiais e negociar material de apreensão e até dar proteção a criminosos. O chefe de Polícia Civil chegou a ser chamado para prestar esclarecimentos.
Ha boatos de que Ferraz seria o nome de confiança cotado para uma possível substituição de Turnowski. Segundo o corregedor, está para ser assinada uma medida que determinará que a Draco fique diretamente subordinada à Secretaria de Segurança, e não mais à chefia de Polícia Civil.
G1
Ronaldo Fenômeno abandona o futebol
Um outro motivo, certamente, foi a decepção pela eliminação do Corinthians na Taça Libertadores da América, o que era a sua grande motivação para a última temporada, já que esse é o único título que falta na galeria corintiana. No dia 2 de fevereiro último, o que pode acontecer a qualquer grande clube de futebol, o Corinthians foi eliminado pelo Deportivo Tolima, que o venceu por 2 x 0 em jogo realizado na cidade colombiana de Ibagué.
No retorno ao Brasil, todo o elenco e comissão técnica do clube sofreram com um violento protesto de parte da torcida, que eu prefiro chamar de marginais, que se agruparam à porta do Centro de Treinamento do clube e passaram a xingar os jogadores, atirar pedras no ônibus e até para depredar carros de funcionários, numa deprimente demonstração de baixaria e violência, própria, aliás, de um país onde a impunidade é a regra.
Ronaldo, como maior liderança da equipe, foi um dos mais visados. Faixas pediam a sua saída e os muros do Parque São Jorge foram pichados com frases de ordem contra o atacante. Pelo Twitter, ele respondeu chamando os manifestantes de “vândalos”. Ele chegou a pensar em parar de jogar, mas resolveu continuar.
- Cogitei (parar), falei com a minha família e com alguns amigos e tomei a decisão de continuar porque é um momento difícil, mas tenho certeza que vamos dar a volta por cima mais uma vez para reverter esse quadro triste que estamos vivendo. Vou continuar e cumprir meu contrato dignamente e honrar a camisa do Corinthians até o final do ano – disse ele na ocasião.
Mas Ronaldo mudou de ideia. Roberto Carlos, seu amigo pessoal, também deixou o Corinthians, transferindo-se para o Anzhi Makhachkala, da Rússia. O lateral conseguiu um contrato de R$ 22 milhões por duas temporadas. Mas além do dinheiro, Roberto usou como argumento a pressão que vinha sofrendo de torcedores. Segundo ele, alguns corintianos chegaram a perseguir seu carro e o ameaçá-lo.
Pra completar, na última semana Ronaldo sentiu uma fisgada muscular durante um treinamento. Com 34 anos de idade, ele sabe que não tem mais o poder de recuperação que o fizeram protagonizar diversos casos de superação, principalmente nas quatro vezes que precisou ser submetido a cirurgias.
A coletiva desta segunda-feira servirá para Ronaldo se despedir dos corintianos e dos brasileiros, mas também para esclarecer alguns pontos. Como muitos contratos publicitários do clube estão atrelados a ele, é possível que siga, de alguma forma, ligado ao Timão.
É o fim de uma brilhante carreira, com alguns tropeços, é bem verdade, como sempre acontece na história esportiva dos grandes ídolos, o que não apaga o brilho das conquistas e dos grandes momentos de glória. Obrigado por todas as alegrias que você nos deu. Siga em paz, Ronaldo...
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