sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Obama em culto no Arizona: “Não podemos usar essa tragédia para disputar uns com os outros”

Obama tenta confortar a esposa durante o culto Obama tenta confortar a esposa durante o culto
Nesta quarta-feira, 12, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pregou em um Culto em memória às vítimas do ataque no Arizona, em que, no sábado, 8, um homem atirou contra um grupo e matou seis pessoas. Num ginásio repleto de uma universidade local, Obama prestou solidariedade aos familiares das vítimas, citou textos da Bíblia, falou de esperança e convocou a todos os presentes a uma reflexão sobre o recente acirramento dos conflitos entre pessoas que pensam o país de forma diferente. Leia alguns trechos do seu discurso na cidade de Tucson:
“Quando uma tragédia como essa acontece, é parte da natureza humana buscar explicações. Já vimos um debate nacional começar a acontecer, não apenas sobre as motivações deste crime, mas sobre tudo que o cerca, desde as leis relacionadas a porte de armas até nosso sistema de saúde mental. E muito deste processo de entendimento do que aconteceu e de prevenir outras tragédias semelhantes tem a ver com esse tipo de exercício democrático que é essencial. Mas neste tempo quando nosso discurso tem se tornado tão polarizado - num momento em que estamos muito ansiosos para colocar a culpa em alguém por tudo o que aflige o mundo, especialmente de quem pensa diferente de nós - é importante para nós uma pausa para ter certeza de que estamos falando uns com os outros de uma forma que cure, e não de uma forma que aumente as feridas”.

Obama disse ainda: “A Bíblia diz que o mal é uma possibilidade no mundo, e que essas coisas terríveis acontecem por razões que desafiam a compreensão humana. Nas palavras de Jó (capítulo 30, verso 26): "Quando eu procurava luz, vieram trevas". Coisas ruins acontecem, e temos de evitar explicações simples no calor dos acontecimento. O que não podemos fazer é usar essa tragédia como mais uma ocasião para disputar uns com os outros. Vamos cada um de nós discutir essas questões com uma boa dose de humildade. Ao invés de ficar apontando dedos ou atribuindo a culpa, vamos aproveitar esta oportunidade para ouvir uns aos outros com mais cuidado, para aguçar nossos instintos de empatia e lembrar que as nossas esperanças e sonhos estão ligados”.

No começo de sua fala, o presidente explicou o motivo de sua presença ali com a seguinte frase: “Vim aqui esta noite como um americano que, como todos os outros, se ajoelha para orar com vocês hoje e se coloca de pé por vocês amanhã”. Em seguida, leu versos 4 e 5 do Salmo 46: “Há um rio que alegra a cidade de Deus, a casa sagrada do Altíssimo. Deus vive nessa cidade, e ela nunca será destruída; de manhã bem cedo, Deus a ajudará”.

Para manifestar sua solidariedade aos familiares das vítimas, homenageou contando histórias pessoais de cada uma delas, nome por nome, incluindo a menina Christina Taylor Green, de nove anos, que, como contou Obama, costumava dizer à sua mãe: “como nós somos abençoadas. Nossa vida é maravilhosa”. Falou da recuperação da deputada democrata Gabrielle Giffords, que chamou todo o tempo de “Gabby”, que ainda está no hospital e com possíveis graves sequelas a enfrentar. Aplaudiu o voluntário que atravessou o tumulto em meio aos tiros para salvar a vida da deputada, e aqueles que renderam o assassino enquanto ele tentava recarregar sua arma. Também ressaltou os que socorreram os feridos naqueles momentos terríveis. Terminou pedindo o conforto e as bênçãos de Deus.

 
Acompanhe o vídeo lendo a transcrição do discurso do presidente dos EUA sobre a tragédia, em inglês.

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