segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Quem é o meu dono?


A Bíblia é taxativa nessa questão: ou uma pessoa é escrava de Cristo ou ela é escrava do pecado, e, conseqüentemente, do deus desse século, Satanás
Talvez eu nunca tenha pensado nessa pergunta antes: “Quem é o meu dono?”. Nessa correria do dia-a-dia, é muito difícil dedicarmos tempo para pensarmos em nós mesmos; é muito difícil separarmos espaço na nossa agenda para responder a essa pergunta aparentemente vazia ou, como dizem alguns, filosófica. Contudo, antes de ser filosófica, essa pergunta é teológica, pois é o nosso dono que definirá como viveremos a nossa vida.

Alguns gostam de dizer: “Eu sou dono do meu próprio nariz”; e aí vivem de acordo com os seus pensamentos pessoais, ou melhor, de acordo com os pensamentos que lhe parecem mais interessantes. Hitler, que se achava dono do próprio nariz, em nome de uma purificação da raça, sacrificou mais de 6 milhões de judeus. Stálin, que também se achava dono do próprio nariz, objetivando fortalecer a União Soviética, assassinou milhões de pessoas em seus gulags. O banqueiro, que se acha dono do seu nariz, pensando no seu enriquecimento e no dos acionistas, discrimina os indivíduos e nações, e, lentamente, mata outros milhões de pessoas, que, por não terem acesso ao crédito, morrem de fome ou de doenças facilmente tratáveis preventivamente. O advogado, que se acha dono do seu nariz, assume causas absurdas e, às vezes, até mesmo antiéticas, em nome de um profissionalismo cego e de um dinheiro certo. O empregado, que se acha dono do seu nariz, pensa que tem o direito de furtar objetos na sua empresa porque os donos são ricos. O bandido, que se acha dono do seu nariz, supõe que pode simplesmente entrar nas casas e roubar dos outros. Enfim, todo aquele que se acha dono do seu nariz acaba, mais dia menos dia, consciente ou inconscientemente, prejudicando-se a si mesmo e também aos outros.

Certamente, essa era a razão da alegria de Paulo ao escrever em tantas de suas cartas: “Paulo, servo – escravo – de Jesus Cristo”. Ao se tornar escravo de Cristo, Paulo deixava de ser dono do próprio nariz, e, conseqüentemente, se libertava da influência e da escravidão imposta pelos desejos egoístas e ambiciosos que afetam a vida de todos os que estão fora do governo de Cristo. Essa era a alegria de Paulo. Por isso, com satisfação, ele iniciava as suas cartas chamando-se a si mesmo de “escravo de Jesus Cristo”.

É infinitamente melhor uma pessoa ser dirigida por Cristo do que pelos desejosos pecaminosos que fazem guerra contra a alma. E não há como a pessoa ficar na imparcialidade. É impossível que uma pessoa não seja dirigida por Cristo e também não seja dirigida pelo pecado e pelo deus desse século. A Bíblia é taxativa nessa questão: ou uma pessoa é escrava de Cristo ou ela é escrava do pecado, e, conseqüentemente, do deus desse século, Satanás.

Cristo veio justamente para nos libertar do império das trevas, libertar-nos do domínio do deus desse século, libertar-nos da escravidão do pecado, libertar-nos das garras manipuladoras desse mundo caído. Jesus veio para nos levar à liberdade. Em um brado de alegria e exaltação, Paulo escreveu aos gálatas: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou!”.

Mas essa liberdade não tem outro significado senão o de escravidão em Cristo. Parece um paradoxo, mas é uma das maiores revelações de Deus ao mundo. Só existe liberdade na escravidão em Cristo. Só é verdadeiramente livre aquele que é escravo de Jesus. Só pode ser verdadeiramente “dono do próprio nariz” aquele que entregou o seu “nariz” para ser governado por Cristo. Se alguém não é escravo de Jesus, esse alguém continua escravo do mundo, do pecado e do diabo.

Essa é a razão da alegria de Paulo ao escrever em suas cartas: “Paulo, escravo de Jesus Cristo”. O homem que conhecia a lei, mas não conhecia o Evangelho; que conhecia a religião, mas não conhecia a Jesus Cristo; que era dono do próprio nariz, mas que não era livre, após o seu encontro com Jesus, o Príncipe da Paz, testemunhou com todas as satisfações do seu coração: “Sou escravo de Cristo”.

Se Paulo, o apóstolo, nos faz essa afirmação tão categórica, precisamos reconhecer o quanto ela é importante. Não podemos desprezar essa pergunta. Não podemos dar de ombros e continuar a nossa vida sem saber o nome do nosso dono. Ainda que não saibamos quem é o nosso dono, não deixaremos de ser escravos de alguém. Alguém é senhor sobre as nossas vidas: Cristo ou o diabo.

Contudo, se por outro lado, afirmamos que Jesus Cristo é o nosso dono, então, precisamos nos submeter a Ele. Se Ele é o nosso dono, precisamos fazer o que Ele manda. Se Ele é o nosso dono, precisamos ouvi-lo e obedecê-lo em todas as coisas, e, não apenas naquilo que julgamos adequado ao nosso ponto de vista.

Portanto, uma vez que Ele é o nosso dono, cabe a nós responder algumas outras perguntas: Por que ainda exitamos em cumprir a grande comissão? Por que não o obedecemos e trabalhamos para a evangelização do mundo? Por que ainda temos dúvidas se vamos ou não investir recursos na obra missionária?

:: Por Pr. Gustavo Borja Bessa

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