segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Evangelismo em Trens de São Paulo Levam a Denúncias

CPTM-trensA pregação religiosa crescente no interior dos trens de São Paulo está levando a passageiros irritados se queixarem à polícia.
A pregação religiosa crescente no interior dos trens de São Paulo está levando a passageiros irritados se queixarem à polícia.
O Estadão revelou dados da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), mostrando um aumento de 42% na média de denúncias diárias contra pregadores de trem em relação a 2010.
A CPTM informou que no período de janeiro a junho, 177 mensagens de celular reclamando das orações foram feitas, cerca de 1 por dia. No ano passado, o total de queixas foi de 261.
“às vezes, chegam a gritar. Atrapalha as pessoas, quem tenta voltar dormindo de um dia cansativo”, disse o operador de logística Vanderlei Aparecido Luiz, de 38 anos, que usa a Linha 10-Turquesa da CPTM.
Aparecido testemunhou passageiros revoltados que chegaram a expulsar um evangelizador.
Já outros defendem a pregação, entretanto, sugerem que seja em outros lugares.
“Tem que ser em um lugar como uma Igreja. Nem todo mundo que está no trem tem a mesma religião”, disse Adriane Proença, 23 anos.
Por outro lado, Agostinho Ferreira da Silva, 46, analista de informática, vê o uso do quarto vagão da linha que liga a capital a Poá, uma grande oportunidade para converter as pessoas.
“A maioria das pessoas gosta”, disse ele que a aproveita a possibilidade para evangelizar diariamente depois de seu trabalho às 19h30 no Brás.
O irmão Guto, que silva, ora e canta hinos evangélicos diz que já teve sua camiseta rasgada por seguranças. Mas disse que a situação melhorou.
Os evangelistas têm apoio para não se sentirem intimidados por agentes da CPTM. Teresinha Neves, assessora jurídica, auxilia os evangelizadores nesse sentido alegando estar em um Estado democrático.
“Eu quero tirar a ideia de que deixaram de incomodar o trabalho de pregação como se fosse um favor. Se eles quiserem, são truculentos. Isso eu acho que é ilegítimo em um Estado democrático”.
A CPTM responde dizendo que a proibição “não se confunde com direitos assegurados na Constituição”, alegando que o Estado é laico e vê isso como imposição de fé.

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