segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Os políticos e nós, o Povo

Discorro sobre a inaceitável disparidade de situação dos membros dos Poderes e a dura realidade do trabalhador brasileiro . - Foto: Mirna Cavalcanti de Albuquerque
Sinto-me no dever de não só informar, como mesmo defender de todas as formas possíveis os interesses de nosso já tão sofrido povo, principalmente no que se refere ao percebimento dos valores dos benefícios previdenciários, assintoticamente aviltados por todos os governos.

Todos - sem exceção - têm descumprido o contrato firmado entre o INPS/INSS e os participantes.

Esses políticos, no entanto, além de "trabalharem" muito menos que a maioria de nós, quando o fazem, é em causa própria. Locupletam-se sem pejo algum, com salários surreais e benesses outras, recebem - "ajudas" de toda a espécie (como se necessitassem...).

É bem diferente a vida do cidadão comum - seja qual for a profissão que exerça. Se assalariado, sente que o valor de compra de seus dinheiros acaba sempre antes do fim do mês - e cada vez mais cedo. Se for um trabalhador braçal, além de receber salário ínfimo, nem mesmo viver dignamente consegue... se for um lavrador - e dependendo em que região deste gigantesco País viva, sua situação é ainda mais angustiante...

À exceção de alguns poucos corretos políticos e membros dos "poderes", e que se podem contar nos dedos das mãos - estamos todos sendo tratados de forma desrespeitosa e desumana. Pagamos impostos escorchantes e vemos os mesmos serem desviados de seu objetivo primacial.

Apesar de garantido constitucionalmente, nosso sistema de Saúde é extremamente precário. A Educação, por sua vez, encontra-se em estado crítico e decadente (é muito mais fácil governar um povo ignorante). Quanto ao nosso direito de "ir e vir" , é cerceado pela total e absoluta falta de Segurança Pública que é dever do Estado e por ela pagamos todos.

Enquanto trancafiados em nossas moradias, os senhores do povo vivem como nababos às nossas custas...

Acima e além, os "detentores do poder" têm ainda o despautério de "acusar" todo e qualquer mísero "aumento" (sequer "reajuste" poderia ser considerado) aos aposentados e pensionistas do Regime Geral de Previdência Social, como (sic) "causadores do deficit do Estado" ...

Essa assertiva, ninguém pode ou deve aceitar calado, por carecer do respaldo da verdade. É, sim, deslavada mentira, pois até mesmo os índices de reajuste aplicados aos cálculos têm sido manipulados despundonoradamente pelos governos, conforme a supérflua e irreal "necessidade" de seus gastos que, de ano para ano crescem de forma assustadoramente espantosa. Nesta "plutocracia tupiniquim", é-nos ainda dado o direito ao "espanto"?

Vejamos: até março deste ano, os gastos atinentes aos cartões de crédito de S. Excelência, Lulla, "o Magnífico", sua família e entourage foi muito maior do que o ano findo, à mesma época.
É desregramento.
É abuso.
É desrespeito a nós, o povo brasileiro.

Outro indicativo são os gastos do Senado da República - inaceitável sinecura, onde, para beneficiar aliados, parentes et alii, foram criadas, no transcorrer do tempo, "diretorias desnecessárias" - e tantas - que seu atual presidente, José Sarney, "desconhecia"... como também devia "desconhecer" em passado recente os dólares que sua filha mantinha ilegalmente em seu poder e que até hoje não se sabe de onde vieram... "desconhecia", outrossim, que a mesma havia requisitado - e obtido - passagens aéreas gratuitas para trazer do Maranhão gente de seu partido.

Quanta candura... de um político de carreira que chegou a chefe de Estado e de Governo por via oblíqua, foi um desastre como presidente (a inflação chegou a 80% ao mês...) e não só colocou quase toda a família na política como ainda lhes obteve postos elevados em ministérios e similares...

Mesmo com toda essa bagagem de homem público, o ilustre senador continua um homem puro... ignora até mesmo os fatos mais fudamentais da Casa legislativa que preside...

Tanto em uma como em outra situações (apenas dois exemplos do despautério que ocorre em todos os níveis dos "poderes" ), ressalta aos olhos a vergonhosa afronta cometida pelos "representantes do povo" ao cidadão comum.

Consideremos o valor do salário mínimo nacional: não chega a R$ 500,00 (quinhentos reais). Consideremos, outrossim, os muitíssimos trabalhadores cuja "renda" não chega aos R$ 150,00 - ou ainda bem menos que isto... E tanto uns quanto outros trabalham durante um mês inteiro. Alguns, quase de sol a sol, como os rurais...

E olhemos o que ocorre com os membros dos "Poderes"...: salários surreais etc etc etc... e "trabalham" de terça a quinta-feira, pois têm que estar presentes nas "bases" para (sic) "ouvir as necessiDades dos eleitores"...

Pergunto: dá para comparar?

Se der, não é para que se sinta até mesmo vergonha de ser brasileiro? Que representantes do povo são esses, sem decoro, sem respeito, sem dignidade e sem vergonha alguma de agir como o fazem?

Que representantes do povo são esses, que atuam em detrimento dos direitos dos cidadãos que representam e criam uma casta especial, burlando-nos a todos, desgoverno após desgoverno?

E que povo somos?

Um povo, em sua maioria, bom demais, para tolerar tudo isso e ainda sentir-se feliz. Que Deus nos proteja, pois só Ele poderá mudar isso tudo.

fonte http://brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=9712
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