sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Samuel: Profeta, Sacerdote e Juiz




Samuel teve importância singular na história de Israel. Ele foi o último dos juízes a exercer autoridade civil sobre o povo. Embora não pertencesse à linhagem de Arão, oficiava os rituais como principal sacerdote. Foi também reconhecido como profeta e criou escolas de profetas que influenciaram as futuras gerações dos reis de Israel.
Seu nascimento é fruto de uma promessa feita por sua mãe, Ana, que fez um voto com Deus, prometendo que seu filho seria um Nazireu¹ e o serviria no templo.

 Samuel, ainda jovem, foi entregue ao sacerdócio e ministrava perante o SENHOR, servindo sob a direção de Eli (I Sm 2.11;18). Era conhecido como correto, ao contrário do que se dizia dos filhos de Eli. Estes não apenas roubavam de Deus ao exigir as porções sacerdotais antes que o sacrifício fosse entregue, mas também se portavam de tal maneira, que as pessoas passaram a evitar ir a Siló² para sacrificar ao Senhor. Por causa disso o pecado desses jovens era muito grande, conforme narra a Bíblia em I Sm 2.17.
Mas para o bem de Israel, Samuel, mesmo estando sujeito ao mal e à influência dos filhos de Eli, reagiu contra as atitudes ímpias e tornou-se consciente do chamado de Deus desde a juventude. Enquanto ele crescia o Senhor era com ele, e fazia com que todas as suas palavras se cumprissem (I Sm 3.19). Todo o Israel reconhecia que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor.
Ele suscitou uma grande reforma nacional, renovando a aliança e trazendo o povo de volta à adoração ao Senhor Deus. Samuel extinguiu os rituais de adoração cananéia das fileiras de Israel e estabeleceu um circuito entre as cidades de Mispa, Ramá, Gilgal, Belém, Betel e Berseba, para realizar suas tarefas sacerdotais e desenvolver um ministério de ensino eficiente. Com a ajuda de Deus subjugou os filisteus em Mispa, e ali ergueu uma pedra; e deu-lhe o nome “Ebenézer”, dizendo: “Até aqui nos ajudou o Senhor (I Sm 7.12).
Samuel continuou como juiz de Israel todos os dias da sua vida (I Sm 7.15). Já na sua velhice, por não haver liderança em Israel, pois seus filhos Joel e Abias não andaram em seus caminhos, deu ouvidos ao povo e consentiu, mesmo relutante, que se fosse escolhido um rei para Israel. Saul foi escolhido por Deus para ser o primeiro rei de Israel, porém, por ter se apossado indevidamente da responsabilidade sacerdotal, foi rejeitado posteriormente. Samuel o advertiu e previu que o seu reinado não permaneceria (I Sm 2.13). Seguindo a ordem de Deus, Samuel ungiu Davi como rei no lugar de Saul.
Andou com retidão todos os dias da sua vida (I Sm 12.5), e ao final, entregou ao povo a advertência de que a prosperidade da nação dependia de sua obediência a Saul, bem como da sua sujeição à lei de Moisés. Morreu com aproximadamente 52 anos,  e todo o povo de Israel se reuniu e pranteou; e o sepultaram onde tinha vivido , em Ramá. (I Sm 25.1)
Samuel é um exemplo para a nossa geração, que também vive em um mundo que precisa ser restaurado. Ele foi levado quando criança para um ambiente religioso corrupto, e viveu em um período onde a nação de Israel servia outros deuses. Mesmo assim, consciente da sua responsabilidade, não se deixou corromper e lutou pela restauração e libertação de Israel. Que possamos aprender com Samuel e desejar que Deus seja coroado e cheio de glória e honra. Que o seu reino avance e a sua justiça se propague por toda parte. Levando o povo ao arrependimento dizendo: “Se vocês querem voltar-se para o Senhor de todo o coração, livrem-se então dos deuses estrangeiros e dos postes sagrados, consagrem-se ao Senhor e prestem culto somente a ele” (I Sm 7.3a).

1. Nazireu: ( do hebraico nazir נזיר da raiz nazar נזר “consagrado”, “separado”), dentro da Torá é o termo que designa uma pessoa que consagra-se a Deus por um tempo determinado. Segundo a Bíblia, a marca mais comum da separação desta pessoa – que podia ser um homem ou uma mulher – era o uso do cabelo não cortado e a abstinência do consumo de vinho ou qualquer outro alimento feita de uva.
2. Siló: cidade no monte de Efraim e a capital religiosa de Israel no tempo dos Juízes. É mencionada na Bíblia Hebraica como um lugar de reunião para o povo de Israel onde havia um santuário contendo a Arca da Aliança
Artigo baseado no livro “Curso Vida Nova de Teologia básica – Vol. 2 – Panorama do Antigo Testamento”, Samuel J. Schultz – Gary V. Smith, Vida nova.
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FONTE . Diogo Kobbi

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