Uma liminar expedida no dia 25 de dezembro, pela juíza de Direito Plantonista, Ana Maria de Oliveira Diógenes, do Juízo de Direito da Central de Plantão Cível do Amazonas, com carta precatória ao Rio de Janeiro, cancela a reunião marcada para 4 de janeiro, na sede da CGADB no Rio, com o objetivo de excluir pastor Samuel Câmara da CGADB. Com sua exclusão, sua candidatura à presidência da CGADB, a realizar-se em abril, seria, obviamente, cancelada. Pastores Samuel Câmara e José Wellington, candidato à reeleição, são os principais concorrentes.
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Na reunião, a mesa diretora deveria analisar processo de exclusão, a partir do parecer do Conselho de Ética e Disciplina da CGADB. Os argumentos para tal estariam na acusação de manifestação do pastor Samuel Câmara, com incitação a atos não condizentes com a postura cristã, descrita na liminar como “em função de haverem os autores supostamente praticado desordem na Convenção da CGADB, realizada no dia 7 de junho do corrente ano, na cidade de Maceió (AL)”.
A liminar foi proposta pelos pastores Samuel Câmara (Belém-PA); Jonatas Câmara (Manaus-AM); Sostenes Apollo da Silva (Brasília); e Ivan Pereira Bastos, do Espírito Santo. Os autores alegam cerceamento à defesa, conforme preconizam os artigos do Regimento Interno da CGADB (artigos 131-135 e 140), que tratam das oitivas de testemunhas e da notificação.
Também alegam escassez de prazo e requereram que o processo volte a ser analisado somente após o pleito de abril, o que foi deferido pela juíza. Ponderou-se ainda a questão de interesse eleitoral e que, no caso da ausência do nome de Samuel Câmara, o pleito ficaria prejudicado em função do grande número de membros da CGADB que votaria em seu nome.
Com a liminar de suspensão do processo de disciplina, os pastores-candidatos ameaçados de desligamento Samuel Câmara, Ivan Pereira Bastos, Sóstenes Apolos da Silva e Jonatas Câmara, citados pelo Conselho de Ética e Disciplina para se apresentarem diante da mesa diretora e responderem por quebra de decoro, durante a realização da AGE Maceió, da CGADB, podem concorrer em abril.
Inscritos
Ao menos 27 mil pastores baixaram boletos para pagamento de inscrição à Convenção Geral das Assembleias de Deus, a realizar-se em Brasília, de 8 a 12 de abril, no Ginásio Nilson Nelson. Mas, desse total, até o final de semana, somente 22 mil boletos haviam sido pagos.
Dentre todos os 5 mil pendentes, é possível que sejam confirmadas pelos bancos mais inscrições e, então, número, já recorde, poderá chegar a 24 mil, mais ou menos.
Alguns fatos interessantes decorrem desse número. O primeiro é que o local tem capacidade para somente 20 mil – e também deverá ser o número máximo de presentes. A média de desistência deve chegar a 30%. Neste caso, o número, a considerar os 22 mil. Chegaria a 16 mil. Por outro lado, a maioria deverá viajar a Brasília somente para votar no dia 11.
A segunda questão, diz respeito ao número de cada candidato. Conforme informações do próprio pastor Samuel Câmara, desses 22 mil, os inscritos ligados a grupos de apoio a ele correspondem a 13 mil, portanto mais de 50%. Soma-se a este número, os dissidentes e correligionários do pastor José Wellington. O inverso não é impossível de ocorrer, mas tudo dependerá de como os dois candidatos conduzirão suas campanhas e quem e quais serão seus aliados.
Votação
Ao contrário dos anos anteriores, a votação não será por urnas eletrônicas, mas manualmente, à moda antiga. O STE não liberou as 140 urnas solicitadas pela CGADB, em função de uniformização dos programas (chips) usados pelas urnas.
Como os mesmos são de várias épocas e adquiridos de diferentes fornecedores, o STE recolheu todas as urnas para que passem por um upgrade e a usar um único sistema. Por isso, as urnas não foram cedidas.
Por convenções
Outra possível mudança que levanta questionamentos e promete polêmica, diz respeito à definição do sistema de votação por convenções e não por ordem de nomes, como até então.
Para muitos, essa seria uma forma de o pastor José Wellington pressionar as convenções e seu pastores-membros, compromissados com ele a não mudarem de posição, pois, com a votação por convenção regional daria para se ter ideia, ainda que remota, de alteração de compromisso, que envolve também investimentos.
FONTE .FRONTEIRA FINAL
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