quinta-feira, 29 de agosto de 2013

RÚSSIA ORDENA ATAQUE A ARÁBIA SAUDITA, CASO OCIDENTE ATAQUE A SÍRIA

Ontem, dia 27 de agosto de 2013, o escritório do presidente da Rússia, Vladimir Putin expediu um memorando as Forças Armadas ordenando uma ação militar massiva contra a Arábia Saudita[1] no caso do Ocidente (EUA, Inglaterra e França) atacar a Síria. Tropas americanas já começam a ocupar posições estratégicas em relação à Síria[2].
De acordo com o Kremlin, essa ordem de guerra veio em resposta a reunião do presidente Putin com o príncipe saudita Bandar bin Sultan, que teria afirmado que se a Rússia não aceitasse a queda do atual governo sírio comandado por Bahsar Al Assad, a Arábia Saudita iria permitir aos terroristas chechenos sob seu controle ações de assassinato em massa e promoção do caos em território russo durante os Jogos Olímpicos de Inverno previstos para 2014.
Em tom insinuante, o príncipe saudita teria dito: “Posso garantir a completa segurança dos Jogos Olímpicos de Inverno do ano que vem. Os extremistas chechenos que ameaçam a segurança dos jogos são controlados por nós”[3]. Além de alianças políticas, Bandar bin Sultan teria tocado na questão energética na reunião de portas fechadas,  nas transcrições não autorizadas consta a seguinte afirmação: “Examinemos como podemos unificar uma estratégia de cooperação Rússia-Arábia Saudita no tópico do petróleo. A intenção é em concordar no preço e quantidade produzida de maneira que mantenha o mercado global de petróleo estável”[3]. Essa declaração parece oferecer uma aliança entre a OPEC e a Rússia, no caso de mudanças estratégicas russas em relação à Síria. Putin assim teria replicado: “Nossa posição em relação a Assad nunca mudará. Acreditamos que o atual regime responde pelos interesses do povo sírio, e não estes canibais”. O presidente russo se referiu assim aos insurgentes por conta do vídeo[4] do dia 15 de maio, no qual um rebelde sírio extrai o coração de um soldado governista e aparenta come-lo.
Digno de nota, é o documento vazado[5] por Bradley Manning ao Wikileaks, no qual o serviço de inteligência americana ainda em 2006 discorre da seguinte maneira sobre Assad: “Ações que causem a instabilidade e aumentem sua insegurança são de nosso interesse…”. O que leva a suspeitas sobre os pronunciamentos da Casa Branca como o do vice-presidente Joe Biden que ontem declarou[6] não haver dúvidas de que o regime sírio teria usado armas químicas contra a população.
Com os eventos saindo de controle na Síria, o jornal britânico The Independent publicou[7] na segunda feira que o príncipe saudita, de estreitas relações com os EUA, tem trabalhado no suporte as facções rebeldes sírias, fornecendo inclusive armas e treinamentos na busca da derrubada do presidente Bashar Al-Assad. O jornalista independente Ben Swann apurou[8] ainda em junho que a organização terrorista Al-Qaeda estaria atuando em apoio aos rebeldes sírios. Ainda neste contexto, o ministro das relações exteriores russo, Aleksandr Lukashevich, alertou[9] que: “Tentativas de ignorar o Conselho de Segurança, para mais uma vez criar situações artificiais que deem justificativas para uma intervenção militar na região causarão ainda mais sofrimento na Síria e catastróficas consequências para outros países do Oriente Médio e do norte da África”.
Alheios às declarações russas, o premiê britânico David Cameron convocou[9] novamente o parlamento para a votação sobre o ataque em solo sírio. Enquanto o presidente Obama cancelou[10] abruptamente uma reunião entre diplomatas russos e americanos prevista para hoje. Segundo a CBS, a reunião possuía a intenção de traçar medidas com o objetivo de encerrar a guerra civil na Síria.
O governo sírio alertou[11] nesta segunda por meio do ministro das relações exteriores, Faisal Mikdad, que uma intervenção de americanos e aliados poderia gerar grande ameaça à paz mundial. Diante desta configuração geopolítica, tudo indica que qualquer ataque a Síria será considerado pelo Kremlin um ataque à Rússia.
Segundo o The European Union Times, este ataque à Síria, liderado pela Arábia Saudita, Qatar e os aliados ocidentais tem o objetivo de quebrar o domínio russo sobre o mercado de gás natural, com a construção de um gasoduto em território sírio[1].
Sobre as tentativas de derrubada do governo sírio e o ataque químico[12] ocorrido no dia 21 em Damasco, o qual vitimou mais de 1.300 pessoas, o ministro das relações exteriores russo analisou[13] como sendo uma ação planejada de incriminação do governo por parte dos interessados na queda do regime.
As circunstâncias indicam que mais uma vez o Ocidente e aliados premeditaram ações de justificativa a intervenção militar, com vistas ao domínio de recursos energéticos, isso soa muito familiar.
efe

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