Em 1973 ele foi nomeado o “provincial” da Argentina para a Companhia dos Jesuitas.
Neste cargo, Bergoglio foi o mais alto
dignitário da Ordem Jesuíta da Argentina durante a ditadura militar
liderada pelo General Jorge Videla (1976-1983).
Mais tarde ele foi nomeado bispo e depois arcebispo de Buenos Aires. O Papa João Paulo II consagrou-o Cardeal em 2001.
Quando a junta militar abandonou o poder
em 1983, o devidamente eleito presidente Raúl Alfonsin abriu um
inquérito, a Comissão da Verdade, para investigar os crimes relacionados
com o que ficou conhecido como a Guerra Suja – “La Guerra Sucia”.
“Operação Condor”
Um grande julgamento foi
ironicamente aberto em 5 de Março 2013, uma semana antes da investidura
do Cardeal Bergoglio como Pontífice. O processo sendo desenvolvido em Buenos Aires tem em vista:
“Uma avaliação da totalidade dos crimes cometidos sob a alçada da Operação Condor, uma campanha coordenada por vários ditadores da América Latina, apoiados pelos Estados Unidos nos anos de 1970 e 1980, para caçar, torturar e matar dezenas de milhares de opositores desses regimes militares”
Para mais detalhes veja «Operation Condor: Trial On Latin American Rendition and Assassination Program» de Carlos Osorio e Peter Kornbluh, 10 de Março de 2013.
A junta militar liderada pelo General Jorge Videla (na
foto à esquerda), foi responsável por incontáveis assassinatos,
incluindo assassinatos de sacerdotes e freiras que se opuseram ao
domínio militar que acompanhou o golpe patrocinado pela CIA, golpe esse que derrubou o governo de Isabel Péron, em 24 de Março de 1976.
“Videla estava entre os
generais que foram condenados por crimes contra os direitos humanos,
crimes esses que incluíam “desaparecimentos”, tortura, assassinatos e
sequestros. Em 1985, Videla foi sentenciado a prisão perpétua, na prisão militar de Magdalena.
Wall Street e a Hierarquia da Igreja Católica
A Wall Street esteve apoiou solidamente a
junta militar que se empenhava na “Guerra Suja” em benefício da mesma,
contando sempre com a participacão da hierarquia da Igreja Católicaque teve um papel central e importante de manter a legitimidade da junta militar.
A Ordem dos Jesuítas – que representava a mais influente facção da Igreja Católica -
estava intimamente associada com a elite econômica da Argentina, e isso
contra os chamados “de esquerda” do movimento Peronista.
“A Guerra Suja”: Alegações dirigidas contra o Cardeal Jorge Mario Bergoglio (atual Papa Francisco)
Em 2005, a advogada de direitos
humanos Myriam Bregman entrou com um processo judicial contra o Cardeal
Jorge Bergoglio (atual Papa Francisco I), acusando-o de conspirar com a
junta militar quando do sequestro de dois padres jesuítas em 1976.
Alguns anos mais tarde, os
sobreviventes da “Guerra Suja” acusaram abertamente o Cardeal Jorge
Bergoglio de cumplicidade nos sequestros dos padres Francisco
Jalics e Orlando Yorio, assim como nos sequestros de seis membros das
suas paróquias, (El Mundo, 8 de Novembro de 2010)
Bergoglio, que na época era o
“provincial” da Companhia dos Jesuitas, tinha dado ordens para que os
dois padres, jesuitas, “de esquerda”, e opositores do governo militar,
“deixassem os seus trabalhos paroquiais” demitindo-os, acompanhando
divisões na Companhia dos Jesuitas quanto ao papel da Igreja Católica em relação à junta militar.
Enquanto os dois padres
– Francisco Jalics e Orlando Yorio – sequestrados pelos esquadrões da
morte em Maio de 1976 foram soltos cinco meses mais tarde depois de
terem sido torturados; outras seis pessoas relacionadas à paróquia,
pessoas essas que também tinham sido sequestradas na mesma operação,
foram dadas como “desaparecidas”. Esses sequestrados desaparecidos eram
quatro professores e dois dos maridos de duas das professoras do grupo
dos seis.
Quando da sua libertação, o
padre Orlando Yorio acusou Bergoglio de efetivamente os ter entregue
[incluindo as seis outras pessoas] aos esquadrões da
morte… Jalics recusou-se a discutir sobre a acusação depois de ter
entrado em reclusão num mosteiro alemão.” (Associated Press, 13 de Março
de 2013, ênfases acrescentadas).
“Durante o primeiro julgamento da
junta militar em 1985, Yorio declarou: “Eu tenho a certeza de que ele
mesmo deu uma lista com os nossos nomes à Marinha.” Os dois padres
tinham sido levados para o centro de tortura da Escola de Mecânica da
Marinha (ESMA na sigla inglesa) e mantidos lá por cinco meses antes de
serem arrastados e jogados numa cidade dos subúrbios. (Veja Bill van Auken, «The Dirty War Pope», World Socialist Website e Global Research, 14 de Março de 2013)
Entre aqueles “desaparecidos”
pelos esquadrões da morte estavam Mónica Candelaria Mignone e María
Marta Vásquez Ocampo. Mónica Mignone era filha do fundador do Centro de
Estudos Legais e Sociais (CELS) e María Marta Ocampo era filha da
presidente das Madres de Plaza de Mayo, Martha Ocampo de Vásquez (El
Periodista Online, Março de 2013).
María Marta Vásquez, o seu
marido César Lugones e Mónica Candelaria Mignone alegadamente “entregues
aos esquadrões da morte” pelo provincial” jesuita Jorge Mario
Bergoglio, estão entre os milhares de “desaparecidos da “Guerra Suja”
da Argentina, a qual foi encobertamente apoiada por Washington, sob a
“Operação Condor”. (Veja memorialmagro.com.ar)
No decorrer do julgamento iniciado em 2005:
“Bergoglio (Papa Francisco I) por
duas vezes invocou o seu direito sob a lei argentina de poder
recusar-se a se apresentar num tribunal público, e quando finalmente
testemunhou em 2010, as suas respostas foram evasivas”. “Pelo menos dois
casos envolviam Bergoglio diretamente. Um examinava a tortura de dois
dos seus padres jesuitas – Orlando Yorio e Francisco Jalics – que tinham
sido sequestrados em 1976 em bairros pobres onde defendiam a teologia
da libertação. Yorio acusou Bergoglio de efetivamente os ter entregue
aos esquadrões da morte (…) quando se recusou a declarar ao regime que
ele endossava o trabalho desses dois seus padres. Jalics recusou-se a
comentar o caso depois de se ter retirado para um mosteiro alemão.” (Los
Angeles Times, 1 de Abril de 2005)
As acusações dirigidas
contra Bergoglio em relação aos dois padres jesuitas e aos seis membros
das mesmas paróquias, seriam somente a ponta do icebergue.
Conquanto Bergoglio fosse uma pessoa importante da Igreja Católica, ele não seria o único a apoiar a junta militar.
De acordo com a advogada Myriam Bregman: “As próprias declarações de Bergoglio provam que representantes oficiais da Igreja sabiam-no
logo desde o inicio das torturas e matanças por parte da junta” e ainda
assim endossaram publicamente os ditadores. “A ditadura não poderia ter
agido dessa maneira sem esse apoio chave,” (Los Angeles Times, 1 de Abril de 2005)
Toda a hierarquia católica estava
a apoiar a ditadura militar patrocinada pelos Estados Unidos. Vale a
pena recordar queem 23 de Março de 1976, na véspera do golpe militar:
“Videla e outros conspiradores
receberam a benção do arcebispo do Paraná, Adolfo Tortolo, que também
serviu como vigário das forças armadas. No próprio dia da tomada do
poder, os líderes militares tiveram um longo encontro com os líderes da
conferência dos bispos. Quando saiu dessa conferência, o
arcebispo Tortolo declarou que mesmo que “a Igreja tenha
a sua própria missão específica (…) há circunstâncias nas quais não
pode deixar de participar, mesmo quando isso se relacione a problemas da
ordem específica do estado.” Ele fez mesmo pressão moral para que os
argentinos “cooperassem duma maneira positiva” com o novo governo.” (The
Humanist.org, Janeiro de 2011)
Numa entrevista conduzida pelo El
Sur, o General Jorge Videla, que agora está a cumprir uma pena de
prisão perpétua, por causa dos seus crimes contra a humanidade confirmou
que:
“Ele tinha mantido a hierarquia
católica do país informada quanto a “fazer desaparecer” opositores
políticos, e que os líderes católicos tinham oferecido conselhos de como
“conduzir” a política de desaparecimentos.”
Jorge Videla afirmou que tinha mantido
“muitas conversas” com o Cardeal Raúl Francisco Primatesta,
da Argentina, a respeito da guerra suja do governo contra os ativistas
de esquerda. Afirmou também terem existido conversações com outros
bispos líderes da conferência episcopal na Argentina, assim como com o
núncio papal do país na época, Pio Laghi. “Eles aconselharam-nos a
respeito da maneira de como lidar com a situação,” disse Videla”(Tom
Henningan, «Former Argentinian dictator says he told Catholic Church of
disappeared», Irish Times, 24 de Julho de 2012)
É de valor observar-se, que de acordo com
uma declaração do arcebispo Adolfo Tortolo, os militares deveriam
sempre aconselhar-se com algum membro da alta hierarquia católica no
caso de “prisão” de algum membro das alas mais baixas da hierarquia do
clero. Essa declaração foi feita especialmente em relação aos dois
padres jesuitas sequestrados, dos quais as atividades pastorais estavam
abaixo da autoridade do “provincial” da Companhia Jesuita, Jorge Mario
Bergoglio [atual papa Francisco]. (El Periodista Online, Março de 2013).
Endossando a junta militar, a
hierarquia católica foi cúmplice de tortura e de assassinatos em massa,
num número estimado de “22.000 mortos e desaparecidos, de 1976 a 1978.
(…) milhares de outras vítimas foram mortas entre 1978 e 1983, quando os
militares foram forçados a deixar o poder.” (Arquivo da Segurança
Nacional, 23 de Março de 2006).
O papel do Vaticano
O Vaticano abaixo da direcção do Papa Paulo VI e do Papa João Paulo II fez um papel central em apoiando a junta militar argentina.Pio Langhi, o Núncio Apostólico do Vaticano na Argentina admitiu o conhecimento a respeito de tortura e massacres.
Langhi tinha contactos pessoais com membros da direcção da junta militar incluindo o General Videla e o Almirante Emilio Eduardo Massera.
O Almirante Emilio Massera, em próximo contacto com seus dirigentes americanos, foi o mentor “da Guerra Suja”.
Abaixo dos auspícios do regime militar ele estabeleceu:
“Um centro de interrogatório e tortura
na Escola Naval de Mecânica – Naval School of Mechanics, ESMA [perto
de Buenos Aires], (…) era um estabelecimento sofisticado, para muitos
fins, vital ao plano militar de assassinar cerca de 30.000 “inimigos do
estado”. (…) Muitos milhares dos prisioneiros da ESMA,
incluindo, por exemplo, duas freiras francesas, foram de maneira
rotineira torturados brutalmente sem misericórdia, antes de serem
assassinados ou jogados de algum avião no Rio de la Plata.
Massera, o membro mais vigoroso do
triunvirato, fez o seu melhor para manter seus elos com Washington. Ele
participou no desenvolvimento do Plano Condor, que era um plano de
colaboração para coordenar o terrorismo sendo praticado pelos regimes
militares sul-americanos. (Hugh O´ Shaughnessy, «Amiral Emilio Massera:
Naval officer who took part in the 1976 coup in Argentina and was later
jailed for his part in the junta’s crimes», The Independent, 10 de
Novembro de 2010)
Relatórios confirmam que o representante do Vaticano Pio Laghi e Amiral Emilio Massera eram amigos.
A Igreja Católica: Chile vs Argentina
Tem valor por si mesmo o notar-se que nas
águas do golpe militar no Chile, em 11 de Setembro de 1973, o Cardeal
de São Tiago do Chile, Raul Silva Henriquez, tinha condenado abertamente
a junta militar liderada pelo General Augusto Pinochet. Em forte
contraste com a Argentina, a posição da hierarquia católica no Chile foi
eficaz em pôr freio às ondas de assassinatos políticos, assim como
conter a extensão das violações dos direitos humanos cometidas contra os
apoiantes de Salvador Allende e os oponentes do regime militar.
O homem atrás do ecuménico, e não-partidário, Comité Pro-Paz era o Cardeal Raúl Silva Henríquez.
Logo depois do golpe, Silva (…) tomou o
papel de “actor upstander”, sendo esse um termo em inglês que a autora e
activista Samantha Power criou para distinguir pessoas que se
levantavam contra a injustiça – muitas vezes a custo de grandes riscos
pessoais – dos que denominava então, de “espectadores”.
(…) Logo após o golpe, Silva e outros
líderes da igreja do Chile publicaram uma declaração condenando as
acções dos golpistas e exprimindo dor e desgosto pelo derramamento de
sangue. Esse foi um ponto fundamental de reversão para muitos membros do
clero chileno (…) O Cardeal Raul Silva Henriquez visitou o Estádio
Nacional, e escandalizado pela escala da violência desintegradora,
instruiu os seus auxiliares a começarem a documentar os acontecimentos
reunindo informação das milhares de pessoas que se voltavam para as
igrejas, para refúgio.
As acções do Cardeal Silva levaram-no a um conflito aberto com Pinochet, que não hesitou em ameaçar a Igreja e o Comité Pro-Paz. («Taking a Stand Against Pinochet: The Catholic Church and the Disappeared» – pdf)
Jorge Mario Bergoglio não era,
nas palavras de Samantha Powers um espectador passivo. Foi cúmplice em
crimes contra a humanidade, crimes esses que foram muito abrangentes.
O Papa Francisco I não é “um
homem do povo” comprometido a “ajudar os pobres” nas pegadas de São
Francisco de Assis, como retratado em côro pelo mantra da imprensa
ocidental. Muito pelo contrário: os seus esforços durante a junta
militar, atacando consistentemente membros progressivos do clero
católico, assim como activistas empenhados em salvaguardar os direitos
humanos, activistas esses envolvidos em implementar programas contra a
grande miséria e pobreza.
Ao apoiar a “Guerra Suja” argentina, José
Mario Bergoglio (papa Francisco) violou abertamente os próprios dogmas e
doutrinas da moralidade cristã.
O QUE É O VATICANO
A instituição que o (José Mario Bergoglio
– Papa Francisco) representa o pior e mais perigoso lugar para qualquer
pai ou mãe consciente permitir a seus filhos frequentar e quem está
falando aqui não é um ateu. Há mais de 2000 anos esta instituicão e seus
representantes estão sequestrando, torturando, abusando sexualmente de
criancas e matando. O vaticano possui a maior reserva de ouro do mundo,
possuem uma quantidade de imóveis incalculável, o banco do vaticano
especula nas bolsas do mundo inteiro, fazem investimentos em empresas de
tabaco, bebidas e armas, são acusados de acobertar casos de pedofilia
em diversos países, cúmplices do nazismo e fascismo, entre outras
milhares de acusações e falcatruas ao longo da história. Na igreja
católica não tem santos. Por trás de cada santo tem uma história suja e
como pais amorosos, por favor, leiam mais e procurem informacões.
Banco católico pede desculpas por investir em armas, cigarros e pílulas…
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/08/090803_banco_acoes_dg.shtml
.
ONU quer ter acesso ao que o Vaticano sabe sobre pedofilia…
http://www.publico.pt/mundo/noticia/onu-quer-ter-acesso–ao-que-o-vaticano-sabe-sobre-pedofilia-1599883
.
Igreja Católica apoiou o Nazismo e o Fascismo…
http://telacrente.org/2010/03/25/igreja-catolica-e-o-nazismo-facismo/
.
As 13 máquinas de tortura mais terríveis da História…
http://super.abril.com.br/blogs/historia-sem-fim/as-13-maquinas-de-tortura-mais-terriveis-da-historia/
.
A IGREJA CATÓLICA ROMANA TEM AS MAIORES RESERVAS DE OURO DO MUNDO…
http://pt.apocalisselaica.net/focus/la-piovra-cattolica/la-chiesa-cattolica-romana-ha-la-riserva-di-oro-piu-grande-al-mondo
.
Vaticano é dono oculto de imóveis caros em Londres…
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1218976-vaticano-e-dono-oculto-de-imoveis-caros-em-londres.shtml
.
Reino Unido, França e Suiça : Imóveis da Igreja Católica valem cerca de 2 bilhões de reais, diz o The Guardian…
http://betobertagna.com/2013/01/24/imoveis-da-igreja-catolica-na-europa-valem-cerca-de-2-bilhoes-de-reais-diz-o-the-guardian/
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