Mais de cem pessoas foram formalmente acusadas de terem atacado e morto um casal cristão no Paquistão, em novembro de 2014.
Sajid Mesih e a sua mulher, que estava grávida, foram atacados por uma multidão que os acusavam de terem profanado o Alcorão. O casal, que vivia do fabrico de tijolos cozidos num forno tradicional, foi colocado dentro dele e queimado vivo.
Mais tarde surgiu a informação de que o incidente tinha sido instigado pelo patrão do casal, que os acusava de lhe deverem dinheiro, e que espalhou o boato de que tinha encontrado páginas queimadas do livro sagrado do Islã no seu lixo.
Quando a informação começou a se espalhar, os clérigos muçulmanos locais começaram a pedir vingança, o que levou a multidão a ir até ao local.
Ao fim de vários meses de investigação, a polícia paquistanesa acusou formalmente 106 pessoas de participação no ataque.
As minorias religiosas no Paquistão, incluindo os cristãos, são frequentemente alvo de discriminação e perseguição num país que é oficialmente muçulmano e sunita.
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