Um professor apresentou ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPF-RS), no último mês de maio (2105), uma denúncia de que a Universidade Federal de Santa Maria estaria contribuindo para a disseminação do antissemitismo em seu Campus.
A queixa apresentada por Luís Milman contra a Instituição de ensino cita um memorando que circulou dentro da Universidade, solicitando 'com urgência', informações sobre a quantidade de alunos e professores de nacionalidade israelense no Campus.
"Vimos solicitar a V.Sa. O envio urgente de informações sobre a presença ou perspectiva de discentes e/ou docentes israelenses nesse programa de pós-graduação, podendo ser informado por e-mail", diz o memorando.
Em um vídeo publicado no Youtube, o reitor da UFMS, Paulo Afonso Burmann confirmou a existência do memorando e declarou que a solicitação é assegurada pela Lei de Acesso à Informação (12527).
"Qualquer cidadão tem o direito de buscar informações sobre as instituições públicas. Para subsidiar a sua resposta a Universidade solicita às suas subunidades, informações para responder à demanda com base na lei de informação", disse.
Solidariedade x Discriminação
Ao confirmar a veracidade do memorando, Burmann assume também o fato de que a solicitação destas informações foi feita pelo 'Comitê Santamariense de Solidariedade ao Palestino'.
Ao confirmar a veracidade do memorando, Burmann assume também o fato de que a solicitação destas informações foi feita pelo 'Comitê Santamariense de Solidariedade ao Palestino'.
Sabendo que a solicitação de informações sobre as instituições públicas é assegurada por lei, o que se questiona neste caso é: por que este Comitê teria tanto interesse - inclusive em caráter de urgência em saber informações sobre a quantidade de judeus (ou descendentes de israelenses) no Campus - seja no corpo doscente ou discente?
Tal solicitação parece chocar-se com o discurso de 'paz e solidariedade' aparentemente adotados por grupos que querem promover o tal 'boicote a Israel', pressionando a desocupação de territórios palestinos. Ao que tudo indica, para combater 'discriminação', judeus e palestinos seriam 'contabilizados' e identificados como 'estudantes israelenses' ou 'estudantes palestinos'.
GUIA ME