sábado, 13 de novembro de 2010

Psicóloga punida vai continuar trabalho de apoio a homossexuais que voluntariamente decidem deixar a prática e recorrem à terapia

O advogado da psicóloga Rozangela Alves Justino, punida nesta sexta (31/7) pelo Conselho Federal de Psicologia (foi condenada à censura pública) por oferecer terapia para ajudar pessoas que desejam sair do homossexualismo, disse que vai recorrer na Justiça Federal contra a decisão, que manteve condenação anterior do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro. Segundo o advogado Paulo Fernando, a decisão “fere a liberdade de expressão, fere a liberdade científica e, principalmente, ofende aquelas pessoas que voluntariamente desejam praticar determinados atos. O resultado foi de uma flagrante injustiça e vamos argui-lo”. Rozangela, por sua vez, que apareceu na entrevista coletiva após a decisão, ainda no CFP, com óculos escuros e máscara do tipo cirúrgica, por temer represálias se fosse reconhecida nas ruas, afirmou que vai continuar seu trabalho de apoio a homossexuais que voluntariamente decidem deixar a prática e recorrem à terapia. “Com certeza, vou continuar. Vejo que as pessoas têm direito de procurar esse apoio. É a pessoa que define o quer dentro da psicoterapia. Não sinto vergonha e nunca sentirei de acolher pessoas que querem deixar voluntariamente o estado de homossexualidade. Estão me submetendo a uma mordaça. Mas quero dizer às pessoas que estão em estado de sofrimento psíquico e desejam deixar a homossexualidade que procurem profissionais nas suas cidades”, disse a psicóloga aos jornalistas, ainda em Brasília, logo após a decisão. O advogado de Rozangela disse ainda, na entrevista coletiva, que o trabalho de Rozangela iria até aumentar: “Nesses 28 anos, ela não teve nenhum paciente que reclamasse do tratamento que recebeu. Devido a essa notoriedade, acredito que vai ter fila na porta do seu consultório de tanta gente querendo ser atendida". Em resposta à resolução do CFP que afirma, desde 22 de março de 1999, que a homossexualidade “não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”, a psicóloga citou uma publicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que traz a definição de transtorno de identidade sexual. "A homossexualidade pode ser primária ou secundária a outros transtornos”, comentou Rozangela. Enquanto aguardava a decisão, Rozangela já afirmava em seu blog a certeza de estar amparada pela oração e apoio efetivo da Igreja: “Ainda nos encontramos na sala de espera do CFP e estou me sentindo muito bem acompanhada pessoal e tecnicamente por diversos advogados, e pelo pastor Rodrigo da igreja Bola de Neve-DF, além da assessoria do deputado Paes de Lira. Deus colocou diversos advogados e amigos ao meu redor. Milhares de pessoas em todo o Brasil oram por mim e em tudo vejo a mão de DEUS. Embora o site da ABRACEH esteja fora do ar porque milhares de pessoas entraram para participar do abaixo-assinado, as pessoas continuam enviando seus nomes, profissão e número do documento. Não sabemos qual será o desdobramento disso, razão pela qual os advogados me disseram que o abaixo-assinado deve continuar. Paz e todo o bem. Rozangela”. A ABRACEH é uma rede de apoio cidadão que realiza trabalhos preventivos através da ação sócio-educacional-espiritual junto a pessoas que sofrem por terem desenvolvido qualquer transtorno e a sobreviventes da violência estrutural/doméstica/social, priorizando as crianças e os adolescentes em situação de risco social, especialmente aqueles vitimados pelo abuso e exploração sexual. O enunciado do abaixo-assinado, para quem deseja reproduzir e passar aos membros de sua igreja, ou mesmo entre amigos e familiares, é o seguinte: ABAIXO-ASSINADO Considerando os termos dos Arts. 3º, IV; 4º, II; e 5º, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988, que nos assegura o direito de: a) PENSAR (liberdade de consciência); b) EXPOR NOSSAS IDÉIAS (liberdade de expressão, intelectual e científica); c) ASSOCIAR PARA APOIAR OS QUE QUEREM SER APOIADOS (liberdade de atuar e/ou fornecer informações à sociedade). É que abaixo assinamos em apoio à psicóloga Rozangela Alves Justino, CRP 05/4917, para que continue a incluir em seu atendimento profissional, também as pessoas que voluntariamente desejam deixar a atração pelo mesmo sexo e a realizar trabalhos preventivos, de forma a garantir este direito humano e constitucional. A psicóloga Rozangela Alves Justino prometeu e vem cumprindo o seu juramento quando da colação de grau que por meio do seu exercício profissional contribuiria para o desenvolvimento da Psicologia como ciência e profissão na direção das demandas da sociedade, promovendo saúde e qualidade de vida a cada sujeito e a todos os cidadãos e instituições cumprindo todos os princípios fundamentais e artigos que envolvem a sua responsabilidade segundo o seu Código de Ética Profissional. (A orientação é que seja feita uma tabela para a lista de assinaturas com NOME / PROFISSÃO / DOCUMENTO, quantas linhas couberem numa folha. No Word em forma de paisagem cabem 25 assinaturas. Após a coleta das assinaturas, deve ser enviado para a CAIXA POSTAL 106.075, Niterói, RJ, CEP 24230-970) Um dos que assinou o manifesto foi o jornalista e pastor metodista, Luciano Pereira Vergara, que declarou: “Manifesto meu total apoio à Psicóloga Rozangela Justino, pessoa de meu conhecimento pessoal, cujos trabalhos tenho acompanhado há vários anos e pelo meio dos quais ela tem cumprido com honradez e competência, fazendo de sua habilidade profissional um instrumento de amor e resgate que torna o exercício de sua função um modo eficaz no propósito de ajudar a quem dela se socorre a se realizar como pessoa e ser social. Feliz a categoria que tem em suas fileiras profissionais da estirpe, seres humanos sensíveis, como a minha amiga Dra. Rozangela Justino”. * Com informações da Agência Brasil. Foto: Valter Campanato/ABr

Nenhum comentário:

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...