segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Agência: Milhares de cristãos fugiram do Iraque Central


 
 
Igrejas e cristãos de Bagdá recebem ameaças freqüentes  
  A agência de Refugiados das Nações Unidas relatou que milhares de cristãos iraquianos estão fugindo do Iraque Central e buscando refúgio na região norte do país.

Cerca de 1000 famílias têm fugido de Bagdá e Mosul para a região controlada de Kurdish e Planícies de Nineveh no norte, de acordo com o Alto Comissariado para Refugiados das Nações Unidas (UNHCR, sigla em inglês). Um número crescente de cristãos iraquianos tem também cruzado a fronteira para a Síria, Jordão e Líbano.

A agência expressou preocupação com relação à Suécia ter repatriado forçosamente um grupo de 20 iraquianos, incluindo 5 cristãos de Bagdá, depois de seus pedidos de asilo serem rejeitados.

“A UNHCR reiterou fortemente o seu apelo aos países para absterem-se de deportar os iraquianos das partes mais perigosas do país,” falou Melissa Fleming, porta-voz chefe da agência, aos repórteres em Genova na sexta-feira.

Um cristão disse aos oficiais que escapou do Iraque em 2007 depois de receber ameaça de morte de milicianos. Ele viajou por todo o Oriente Médio e Europa antes de finalmente chegar à Suécia.

O homem disse que pediu asilo político três vezes em 2008 mas todos eles foram rejeitados porque não se considerou que ele estava pessoalmente visado.

Alguns foram rejeitados por causa da melhora das condições de segurança no Iraque.

Saída do país

“O êxodo lento, porém constante” dos cristãos se iniciou em 31 de outubro com o ataque mortal na Igreja Católica da capital do Iraque e ataques subsequentes. Pelo menos 58 pessoas morreram quando militantes armados, alguns vestindo coletes suicidas, invadiram a Igreja Nossa Senhora da Salvação durante a Missa de Domingo.

“Nós temos ouvido muitos testemunhos de pessoas fugindo de suas casas depois de receberem ameaças diretas. Alguns foram capazes de agarrar somente alguns de seus pertences com eles,” disse Fleming.

“Nossos escritórios distribuíram ajuda de emergência e estão em contato com as autoridades locais para assegurar que os cristãos que se deslocaram recentemente, estejam sendo apoiados e assistidos.”

Muitos dos cristãos iraquianos que recentemente chegaram à Síria, Jordão e Líbano, disseram aos escritórios da UNHCR que partiram com medo, como resultado do ataque violento em 31 de outubro.

A agência de refugiados disse que as Igrejas e organizações não governamentais os têm alertado a esperar que mais pessoas fujam nas próximas semanas.

Na quarta-feira, o Vice-Presidente dos EUA Joe Biden disse em seu discurso antes do Conselho de Segurança, que a frequência dos ataques violentos tem alcançado seu nível mais baixo desde que o governo dos Estados Unidos entrou no Iraque em 2003.

Mas ele reconheceu que “os ataques pelos extremistas” permanecem entre desafios enfrentados pelas forças de segurança no Iraque e expressaram preocupação particular pelos ataques dirigidos às pessoas de fé, incluindo cristãos e muçulmanos.

Proteção

A UNHCR disse reconhece os esforços que o governo do Iraque está fazendo para tentar proteger todos os cidadãos, incluindo grupos de minoria vulneráveis tais como os cristãos.

“O Iraque reiterou seu compromisso de aumentar a proteção dos lugares de culto,” disse Fleming.

Apesar do número de vítimas civis ser inferior em relação ao ano passado, grupos minoritários estão cada vez mais suscetíveis a ameaças e ataques, acrescentou ela.
Fleming reiterou a posição da UNHCR de que os requerentes de asilo que vêm das províncias de Bagdá, Diyala, Nineveh e Salah-al-Din, no Iraque, bem como da província de Kirkuk, não devem retornar e devem ser “considerados cuidadosamente” dada a “violência ainda em alto nível” em todo o Iraque.

“A UNHCR considera sério que – incluindo indiscriminação – ameaças à vida, integridade física ou liberdade resultantes da violência ou eventos que seriamente perturbam a ordem pública, são razões válidas para a proteção internacional,” disse Fleming.





Fonte: Christian Post
 

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