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Para investigar a popularidade da música evangélica durante o preparo de sua dissertação de mestrado O Gospel é Pop: Música e Religião na Cultura Pós-Moderna, apresentada no núcleo de Musicologia do Instituto de Artes da Unesp no ano passado , o professor passou a ouvir muitas canções.
‘Tem de tudo, desde rock até funk evangélico; os artistas se apropriam desses ritmos populares para alcançar um público maior.’ Mendonça afirma que essa apropriação dos ritmos populares é um dos fatores que mais contribuem para a vendagem dos discos.
‘A música serve para dar sentido para as pessoas que não conhecem a religião. Cada gênero serve a um nicho de mercado ou de pessoas a serem evangelizadas.’ De acordo com o professor, a canção gospel moderna é elemento primordial das novas práticas litúrgicas e tem demonstrado atender não somente às demandas espirituais e emocionais, como também às exigências do mercado.
O mercado, aliás, caminha junto com o sagrado, explica o autor da dissertação. ‘Vivemos numa era de intenso incentivo ao consumo e inclusive há o processo de sacralização do consumo: consumir é como levar o sagrado para casa’, diz. ‘Então, comprar um CD evangélico é como ser cristão.’
Outro motivo para que a música gospel seja um sucesso de vendas, segundo o autor, foi uma mudança de percepção. Antes, quem definia como ser cristão era o pastor, o padre, enfim. Hoje, o fiel é mais autônomo. ‘Pode interpretar a Bíblia de várias formas, assim como pode escolher o que considera ser cristão. Se ele acha que comprar um CD de pagode gospel é ser temente a Deus, ele se sente livre para fazê-lo’, avalia.
O autor faz uma ressalva. ‘Questiono se esse processo de transformar música religiosa em música pop não dilui a mensagem do Evangelho.’
Fonte: Estadão / Overbo
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