sábado, 18 de dezembro de 2010

Obras da carne e fruto do Espírito

Hoje iremos estudar sobre a feitiçaria, uma obra da carne que faz parte do segundo grupo da lista de Gálatas 5.19-22. Juntamente com a idolatria, a feitiçaria é um pecado diretamente contra Deus. Do mesmo modo que na aula anterior; iremos descobrir que a prática da feitiçaria faz parte da liturgia e às vezes de doutrinas existentes em algumas igrejas evangélicas.
Definição:
No dicionário da língua portuguesa, feitiçaria é bruxaria; encantamento; magia; mandinga.
A palavra grega usada no texto é “pharmakeia”, alusão ao uso de drogas de qualquer tipo (boas ou venenosas). Visto que as feiticeiras e bruxas usavam drogas em seus ritos, essa palavra veio a designar a prática de feitiçaria, da mágica, das bruxarias e de todas as formas de encantamento.
Se observarmos bem, a palavra esta no plural, o que nos leva a entender as várias formas de feitiçaria, mágica, encantamento e adivinhações existentes.
A Feitiçaria no antigo testamento:
Estas práticas eram veementemente condenadas no AT. A lei de Moisés punia com a morte quem invocava os mortos ou fazia qualquer ato de bruxaria, feitiçaria, adivinhações, etc...Como exemplo podemos citar: Ex 22.18 ;  Dt 18. 9-12
Na vida do rei Saul, a feitiçaria foi uma das causas fatais da sua morte ( I Sm 28.7; I Cr 10.13 e 14).
A Feitiçaria no novo testamento:
Do mesmo modo que era condenada por Deus no AT, a prática de feitiçaria é rejeitada no NT (Ap 21.8 , 22.15), sendo um grave pecado contra o Senhor.A prática da feitiçaria opõe-se diametralmente as leis de Deus sendo uma mistura de mentira, maldade e envolvimento com demônios.
A feitiçaria era comum na época apostólica entre os ímpios (ver exemplos em At 13.6 ; 19.19), no entanto ela continua bastante freqüente nos dias atuais.
A feitiçaria no Brasil:
Segundo as estatísticas; o Brasil é um dos maiores países espírita do mundo. Este dado assustador revela a grande tendência do brasileiro para o ocultismo, para o sobrenatural e prodígios, sendo uma presa fácil para espíritos enganadores, charlatões e toda sorte de feitiçaria.
Será que estes dados influenciam de algum modo igrejas que se dizem cristãs?
Infelizmente a nossa resposta é sim! O povo brasileiro é extremamente supersticioso e quando chegam em uma igreja, ao invés de procurarem a Jesus e aprenderem o que a Bíblia diz, buscam sinais, prodígios e supostos dons sobrenaturais. Para muitos Deus somente está em um lugar quando podem ver algum sinal, querem “ver para crer”.
Não devemos esquecer que a Bíblia ensina que vivemos por fé e não por vista ( II Co 5.7). Devemos lembrar também do que Jesus disse em (Mt 7.15-23); sem contar ainda que o anticristo vem com todos os sinais e prodígios da mentira ( II Ts 2.8 e 9).
Deixamos claramente a nossa posição bíblica de que cremos nos dons sobrenaturais do Espírito, bem como em sinais e prodígios do Senhor, no entanto o cristão não deve andar atrás destes sinais, eles são conseqüências de uma vida frutífera; o mais importante para o crente é o fruto do Espírito em sua vida.
Quando uma igreja é edificada sobre a Palavra de Deus, certamente os seus membros dificilmente serão enganados pelas artimanhas do Diabo, suas vidas serão verdadeiramente transformadas e amadurecerão espiritualmente, estando prontos para vencer qualquer dificuldade.
A brecha deixada pela falta de ensino, unida com interesses financeiros e de poder dos próprios líderes, bem como o coração do povo pendente ao sobrenatural, leva a certas prática dentro de igrejas que deixam os servos de Deus boquiabertos!
É nesse contexto que a feitiçaria entra dentro das igrejas e no coração de muitos.
A feitiçaria nas igrejas evangélicas:
A epístola aos Gálatas tinha como alvo os cristãos daquele local e, obviamente, os cristãos de hoje; ou seja, esta carta não tem como objetivo principal as pessoas não crentes e sim os cristãos.
Partindo deste raciocínio podemos compreender mais o sentido do alerta desta epístola: Quando Deus adverte a igreja sobre a feitiçaria, esta advertência abrange todas as formas desta prática ainda que estejam “camufladas” de desculpas e “boas” intenções.
Exemplos:
Quando uma igreja manda os seus membros usarem uma fita vermelha no braço para espantar o “olho gordo”, ela esta praticando uma forma de feitiçaria (a fita funciona como um patuá).
Quando os membros da igreja são induzidos a passar por cima de um caminho de sal grosso, ela está praticando feitiçaria.
O que dizer das rosas vermelhas, óleos de Israel, óleos da alegria, sabonetes de mirra que espantam o “olho grande” e outros tipos de mandingas?
O que diremos sobre as regressões, receitas de quebra de maldições, sete sexta - feiras da prosperidade, sessões de descarrego, etc...
Aqueles que praticam tais coisas alegam estar chamando a atenção do povo; entretanto a Bíblia não dá respaldo para nenhuma destas práticas!
Hoje vemos crentes buscando nos “profetas” a direção para suas vidas ao invés de procurarem o que Deus fala na sua palavra!
Não podemos esquecer que todo fundador de seita alega ter tido uma suposta revelação, ou ter visto algum anjo ou coisa parecida.
O fator preguiça:
Vale lembrar que para muitos é mais fácil ir ao vidente do que ler a Bíblia é mais fácil ir ao “profeta” que não o conhece, do que ir até o pastor pedir aconselhamento, haja vista que ele sabe quem são as suas ovelhas e provavelmente dirá o que não lhe agrada.
Conclusão:
A feitiçaria é uma obra da carne que por várias vezes pode ser percebida na vida de alguns que dizem ser cristão e, o que é pior, pode ser vista em muitas igrejas como parte do seu corpo litúrgico e doutrinário e, portanto, devemos rejeitar tais práticas.

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