terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Conhecendo o processo de libertação





Quando a pessoa está em processo de libertação e não conclui da maneira correta, ela se sente forte e acha que pode caminhar com suas próprias pernas, que não deve ouvir os conselhos dos seus intercessores e que já sabe o suficiente sobre a palavra para tomar as próprias decisões. Disso decorre que ela não busca corretamente a edificação, firmando na palavra, participando da escola bíblica, se resguardando em jejuns e oração, fugindo do mal que antes a escravizava, mas que ainda continua rondando sua vida. Essa pseudo libertação acaba por se tornar um problema maior em sua vida, pois dá lugar à ação do inimigo. Precisamos saber que ele não desiste facilmente, que, ao contrário de muitos cristãos, ele é persistente e insiste nas mesmas estratégias para atingir o seu objetivo: tirar o escolhido do alvo. Isso significa que ele não abandona seus propósitos e age com determinação para roubar as bênçãos. Sabemos pelo conhecimento da palavra de Deus que ele não tem permissão para nos tirar o que Deus deu, mas que somente nós podemos dar a ele essa permissão. E a única maneira de autorizarmos a ação do diabo em nossas vidas é o pecado. Pecar significa fugir do alvo. Quando pecamos, damos autorização ao inimigo para atuar em nossas vidas, porque afastamos a mão de Deus de reger ao nosso favor. Se nos desviamos do alvo, passamos uma procuração ao inimigo e ele envia seus cooperadores para atuar em nossas vidas, com legalidade.

Jesus deixa isso claro em Mateus 12:43-45. Se a pessoa não está completamente liberta, ela continua correndo sérios riscos de dar espaço à ação do diabo que de modo algum desiste dela, mesmo porque sabe que é escolhida e que está tentando trilhar o caminho de Deus. Mas é preciso persistência e, sobretudo, obediência, sem questionamento, porque o mundo espiritual tem reflexo no mundo físico, mas não é visível por aqueles que ainda não estão vendo a luz por completo.

43 E, quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra.

44 Então, diz: Voltarei para a minha casa, donde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada.

45 Então, vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração má.


Infelizmente, é comum ver nas igrejas pessoas que passam muito tempo apresentando sintomas de falta de libertação, achando-se libertas e voltando a manifestar em outras ocasiões. Por que isto acontece? Porque o espírito imundo que estava com ela originalmente foi arrancado, quando ela se dispôs a viver no caminho de Jesus. como ela não vigiou, deu livre acesso para ele voltar. Não é difícil compreender: a casa foi limpa, adornada e não foi preenchida novamente. Assim ele volta, e volta pior do que era, trazendo consigo outros companheiros.

Mas, como quebrar este ciclo? A única forma é esvaziar-se de sí e encher-se de Deus. Deixar de lado as próprias escolhas, que, em geral, são feitas sob a sugestão do maligno, e olhar para o alto. Esvaziar a casa e a ornamentá-la para o Espírito Santo é a única solução. Desse modo, ao encontrar libertação, deve-se imediatamente adotar uma postura de combate ao pecado, de combate ao demônio, de santificação, de amor a Deus e pedir com todas as forças que o Espírito Santo preencha os espaços deixados pelos demônios, tornando assim impossível ao diabo entrar. “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tiago 4:7)

O diabo tem atacado, principalmente, na vida emocional das pessoas, porque sabe que essa área leva à destruição de outras. Quem não tem equilíbrio emocional, em geral, não tem equilíbrio social, financeiro, profissional. O que ganha de um lado, perde de outro. Além disso, ele sabe que, atacando a família, a célula mais forte da sociedade, ele domina os fragilizados com a separação, com problemas nos relacionamentos, por isso investe com toda força nos relacionamentos. Mas não pensem que ele age ostensivamente, mostrando as garras e os dentes. Isso ele faz em outro estágio, quando o desavisado (ou o avisado que não vigiou) já se encontra na lama. O diabo é sutil e persistente. Ele sugere, não ataca frontalmente. E muitas vezes se apresenta tão inocentemente que acreditamos que ele venha de Deus. Veja o que diz Paulo em 2 Coríntios 11:14 “E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz”.
O importante é reconhecermos que ele não brinca e se dermos espaço vai entrar com seu exército para vencer a batalha, mesmo sabendo que é um derrotado. Jesus já venceu por nós, mas se damos legalidade ao diabo, ele afasta de nós o direito de filhos e nos escraviza no pecado. E somente nós podemos legitimar sua ação. Veja o que ele faz para atacar a vida pessoal de quem não se liberta complemente, dando espaço para que outros sete voltem e se instalem, encontrando a casa adornada. Ele usa seus demônios para atacar o ponto fraco de uma pessoa. Eis alguns deles, que agem na vida emocional:

1 Espírito de encantamento: faz com as pessoas se aproximem, principalmente as carentes e que estão em sintonia; cega os olhos aos defeitos e problemas que tão logo se apresentarão; quando ele age, faz com as pessoas se sintam atraídas pelas aparentes qualidades e não enxerguem nenhum defeito ou incompatibilidade, seja ela pessoal, moral, física, ou religiosa;

2 Espírito de confusão e contendas: provoca discussões e brigas por qualquer motivo, ou mesmo sem motivos, para estimular a divisão e o afastamento; faz com que surjam opiniões contrárias à palavra de Deus e estimula a desobediência; quando esse espírito age, o que prevalece são os desejos próprios, a palavra de Deus é negligenciada e até mesmo usada para justificar os erros e pecados mais vis;

3 Espírito de indiferença: faz com que a pessoa não se importe com o outro, com suas reações e anseios; provoca o mutismo e a pessoa só enxerga os seus próprios sentimentos, sem considerar que a ordem de Deus é suportar uns aos outros com amor; quando esse espírito age, o que domina é o “eu”, nunca o “nós”, então, tudo que a Bíblia ensina sobre caminhar juntos, sobre dar honra ao outro, sobre ser dois e não uma só carne é desconsiderado e a pessoa peca por omissão e desobediência;

4 Espírito de separação: tudo faz para separar a pessoa de quem as coloca no caminho do Deus, separa casais e tumultua relacionamentos que edificam, levando a pessoa à sintonia com outras pessoas problemáticas e que a afastarão de Deus; quando esse espírito age, sopra no ouvido da pessoa que o amor acabou, que deve buscar o que a faz feliz, que há opções melhores, que o importante é ser feliz e buscar o prazer ao lado de quem possa despertar esse sentimento que já não mais está presente no lar;

5 Espírito de licenciosidade: faz com que a pessoa se envolva com todo tipo de pecados, seja promíscua e aceite com naturalidade a degradação sexual, moral e pessoal; ela passa a achar correto o que até mesmo a moral mais flexível condena: a prostituição, a perversão, o homossexualismo; quando esse espírito está agindo, a pessoa vê as coisas por um ângulo totalmente contrário à palavra de Deus e passa a viver de forma imoral, em desobediência a Deus, em choque com a sociedade e com os valores morais e cristãos. Ela não vê erro em se prostituir, em vender o próprio corpo ou usufruir da prostituição, ela não enxerga que sexo fora do casamento também é prostituição, mesmo que não seja comércio do próprio corpo;

6 Espírito de angústia e depressão: faz com a pessoa se desencante com tudo e tenha uma tristeza aguda, pois não se satisfaz com nada que recebe e não encontra forças, nem fé para reagir diante das situações; quando esse espírito age, ele faz com que a pessoa se entregue aos próprios problemas e se isole, provocando um sofrimento mental, perda de sono, falta de interesse pelas coisas que antes gostava, perda da auto estima, fobia social, desorientamento pessoal. A pessoa perde o foco e a visão dos próprios planos, deixando-se levar pela tristeza e desencantamento;

7 Espírito de dúvida e negação: faz com que a pessoa não aceite a exortação de quem quer que ela não entre no caminho da destruição; ela passa a questionar a vida das outras pessoas em vez de aceitar a ajuda que lhe é oferecida para sair do abismo; faz com que a pessoa não reconheça que precisa de ajuda e apoio para se libertar; quando esse espírito age, ele leva as pessoas a colocarem em xeque a vida de quem lhes instrui, pastores, amigos mais próximos, cônjuge, pais, enfim, todos aqueles que poderiam ser o seu porto seguro em momentos de lutas e intercessores na presença de Deus; assim condena qualquer atitudes dessas pessoas e dá ouvidos aos interesses contrários, usando a palavra de Deus para justificar ações erradas;

8 Espírito de destruição: leva a pessoa a perder tudo o que tem, bens materiais, valores morais; encaminha para a degradação física e espiritual e pode levar até ao suicídio e à perda da dignidade pessoal; quando esse espírito age, ele se apropria da legalidade dada porque a pessoa abriu espaços em sua vida pessoal e, em desobediência também se descuidou de sua vida financeira, deixando o devorador entrar. Assim, tomando conta da vida emocional, fazendo com que a pessoa se afaste da comunhão com aqueles que mantém a sintonia com Deus e permitindo que ela se aproxime de quem está em sintonia com o mal, mesmo que aparentemente busque o bem (essa é uma sutileza do inimigo), e induzindo a pessoa a pensar que ela não tem mais chance, que não vale mais nada, que já chegou ao fim do poço, o inimigo leva à destruição física, emocional, financeira.

Sabendo disso, podemos escolher lutar ou aceitar a derrota, todavia, é preciso entender que essa batalha é travada no mundo espiritual. Por isso, nossa luta não é contra carne e sangue (pessoas), mas contra o diabo e seus anjos (Efésios 6.12). Não existe arma humana que possa vencê-lo. Não se vence este inimigo com armas físicas, ou mesmo com todo o conhecimento e sabedoria que possamos ter. Não podemos confiar em nossas capacidades para vencê-lo. Esse combate, antes de mais nada, requer preparação. O inimigo é ousado, sabe aproveitar as oportunidades. Por isso, devemos estar em prontidão, sóbrios e vigilantes, como nos ensina 1 Pedro 5:8. 
 
Fonte - Maná , a palavra que alimenta.

Nenhum comentário:

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...