Nesma Sarwat é filha do empresário da controversa construção da Igreja de St. Mary e St. Michael em Talbiya, na terceira maior cidade do Egito, Giza. Os extremistas invadiram a casa de família para raptar Sarwat e escreveram ameaças na parede que dizia: “O islã é a solução,” “a Igreja tem que ser demolida” e os nomes dos membros restantes de sua família. As forças de segurança foram chamadas a casa depois do incidente da invasão de domicílio e sequestro. Sangue foi encontrado nas escadas e no apartamento. No Egito, é ilegal construir ou até mesmo reparar instalações da Igreja sem uma permissão especial do governo. A construção de um novo prédio requer permissão de um governador local e das forças de segurança. Um processo burocrático confuso para reparos e construção podem levar anos antes que haja uma resposta, e na maioria das vezes, ela é “não.” Mesmo quando os coptas recebem permissão dos oficiais do governo para construir ou reparar uma Igreja, tais permissões são, às vezes, não reconhecidas pelos oficiais de segurança local. A regra que requer uma licença para construir ou reformar Igrejas é uma das maiores reclamações que os cristãos egípcios tem feito contra o governo, o qual é acusado de mostrar favoritismo aos muçulmanos. Os seguidores do islã podem construir ou reparar mesquitas livremente sem ter que obter permissões. Em novembro passado, as Igrejas St. Mary e St. Michael foram manchetes quando centenas de seguranças e cristãos entraram em confronto pela construção inacabada da Igreja. Os cristãos coptas protestavam contra o encerramento da Igreja. O conflito resultou em centenas de feridos, a prisão de 176 coptas, e a morte de três cristãos egípcios, de acordo com a AINA. As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e balas reais contra os protestantes coptas no confronto de 24 de novembro. “O governador de Giza deu instruções para modificar o local de cultos para o prédio da Igreja, mas uma decisão do chefe do Distrito para travar a construção e remover as irregularidades não agradou o povo,” explicou um representante da diocese da Igreja de Giza depois do conflito. Durante os recentes protestos contra o governo, os membros da Igreja de St. Mary e St. Michael promoveram vigílias no prédio da Igreja para guardá-la. A Igreja já estava fechada desde 24 de novembro. No início, nenhum guarda de segurança interferiu, mas em 06 de fevereiro alguns seguranças voltaram e expulsaram todos que realizavam as reuniões de oração durante a revolta. O rapto da filha do empresário da construção da Igreja é o mais recente incidente contra a existência e a construção das Igrejas de St. Mary e St. Michael. Existem cerca de 2.000 Igrejas no Egito, que constituem cerca de 2% de todas as casas de culto no país. Os cristãos, porém, são representam de 8-12% da população do Egito. As duas porcentagens mostram o número desproporcional de casas de culto aos cristãos no Egito. Tradução: Missão Portas Abertas |
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Cristã copta é raptada no Egito
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