O gerenciamento eclesiástico precisa lidar com a formação de líderes locais, verificando a pertinência da importação de lideranças. O melhor para a igreja é um líder vindo de fora ou alguém moldado na própria comunidade?
Os dons espirituais e o paradigma de importação
Ordinariamente, trabalhos pioneiros exigem liderança de fora. O Espírito Santo comissiona Paulo e Barnabé para servirem em localidades nas quais não há igrejas organizadas (At 13.1-3). A implantação e consolidação de igrejas exige investimento planejado – envio de obreiros para o atendimento de necessidades em localidades incipientes (Rm 10.14-15; Fp 4.15-18).
Na medida em que uma igreja cresce, pessoas devem ser treinadas para o desempenho de diversas funções, de acordo com os dons espirituais recebidos (Ef 4.16, 1Pe 4.10). No contexto dos ministérios surgem, naturalmente, novos líderes, aprimorados no discipulado (2Tm 2.1-2).
A Escritura estabelece os pastores e presbíteros como treinadores envolvidos na capacitação diária de novos líderes. Por isso eles devem ser altamente comprometidos com o reino de Deus, e são considerados dignos de maior honra aqueles dedicados ao ensino (1Tm 5.17). A chamada primeira liderança (pastores e presbíteros) é chamada por Deus a cuidar do rebanho com espontaneidade, como modelos para os fiéis (1Pe 5.1-3). Isso resulta na publicação de um padrão de liderança reprodutiva, produzindo líderes de departamento que, por sua vez, estão comprometidos com a geração de novos líderes, conforme o desígnio de Deus.
Conclui-se que uma igreja organizada há vários anos, em cujos quadros ministeriais falte liderança, exigindo a contratação sistemática de líderes de fora, revela uma disfunção orgânica: o corpo não está funcionando adequadamente.
A ausência de novas lideranças pode decorrer da ausência de ensino sobre vocação, dons, ministérios e mutualidade, ou ao destaque indevido da profissionalização. De modo geral, os cristãos passam a priorizar suas vidas pessoais e deixam a igreja sob os cuidados de obreiros contratados. Isso destoa do ensino da Bíblia, que destaca o sacerdócio dos crentes e sua designação para o serviço frutífero (Jo 15.16; Rm 12.1; 1Pe 2.9; Ap 1.5-6). À medida em que surgem novas necessidades no ministério, a solução é contratar “novos profissionais”, vindos “de fora”. Novos líderes não estão sendo formados, os santos não estão ministrando, nem estão sendo treinados pelos líderes antigos.
Desenvolver líderes locais, de acordo com os moldes bíblicos, é mais trabalhoso do que contratar alguém de fora. O desenvolvimento local exige uma realocação de tempo, na agenda da liderança. Além de gerar processos ministeriais convencionais, os líderes envolvem-se na geração de novas lideranças, continuamente.
Na medida em que uma igreja cresce, pessoas devem ser treinadas para o desempenho de diversas funções, de acordo com os dons espirituais recebidos (Ef 4.16, 1Pe 4.10). No contexto dos ministérios surgem, naturalmente, novos líderes, aprimorados no discipulado (2Tm 2.1-2).
A Escritura estabelece os pastores e presbíteros como treinadores envolvidos na capacitação diária de novos líderes. Por isso eles devem ser altamente comprometidos com o reino de Deus, e são considerados dignos de maior honra aqueles dedicados ao ensino (1Tm 5.17). A chamada primeira liderança (pastores e presbíteros) é chamada por Deus a cuidar do rebanho com espontaneidade, como modelos para os fiéis (1Pe 5.1-3). Isso resulta na publicação de um padrão de liderança reprodutiva, produzindo líderes de departamento que, por sua vez, estão comprometidos com a geração de novos líderes, conforme o desígnio de Deus.
Conclui-se que uma igreja organizada há vários anos, em cujos quadros ministeriais falte liderança, exigindo a contratação sistemática de líderes de fora, revela uma disfunção orgânica: o corpo não está funcionando adequadamente.
A ausência de novas lideranças pode decorrer da ausência de ensino sobre vocação, dons, ministérios e mutualidade, ou ao destaque indevido da profissionalização. De modo geral, os cristãos passam a priorizar suas vidas pessoais e deixam a igreja sob os cuidados de obreiros contratados. Isso destoa do ensino da Bíblia, que destaca o sacerdócio dos crentes e sua designação para o serviço frutífero (Jo 15.16; Rm 12.1; 1Pe 2.9; Ap 1.5-6). À medida em que surgem novas necessidades no ministério, a solução é contratar “novos profissionais”, vindos “de fora”. Novos líderes não estão sendo formados, os santos não estão ministrando, nem estão sendo treinados pelos líderes antigos.
Desenvolver líderes locais, de acordo com os moldes bíblicos, é mais trabalhoso do que contratar alguém de fora. O desenvolvimento local exige uma realocação de tempo, na agenda da liderança. Além de gerar processos ministeriais convencionais, os líderes envolvem-se na geração de novas lideranças, continuamente.
O status da liderança “importada”
Investir em uma jovem que cresceu na igreja não parece uma tarefa empolgante. De modo geral, toda a igreja conhece o seu passado, sabe que ela teve espinhas, brigou com dois namorados, passou dois anos longe da igreja, na adolescência – enfim, todos sabem de suas fraquezas. Por isso, seu interesse atual em servir a Deus não parece convincente. Ela sempre será considerada por alguns como muito comum, menos capaz ou espiritual. A nova educadora cristã, contratada recentemente, veio da Austrália e cursou um seminário de renome. Em seu currículo consta que ela trabalhou eficientemente durante vários anos, em uma grande igreja de São Paulo. Ela parece mais capacitada do que a jovem nascida no bairro e que talvez esteja ainda estudando em um seminário da cidade. A pessoa vinda de fora é desconhecida, chega com uma certa “auréola” de unção e dignidade eclesial. Ela é diferente, fala com sotaque, traz novas historietas e representa “novidade”. É melhor porque é “importada”.
Depois de algum tempo, o calor da labuta eclesial “derrete a maquiagem” da nova obreira. Torna-se notório que possui defeitos e talvez apresente alguns problemas bem maiores do que os que podem ser percebidos na jovem nascida e criada na igreja local. Ademais, ela não conhece a igreja, não absorveu a visão do corpo pela experiência, nem está inserida entranhadamente com os valores da comunidade. Alguns meses e muitos recursos despendidos depois, conclui-se que foi cometido um erro. A “mulher-maravilha australiana” foi um fiasco em seu ministério tupiniquim e deve ser “demitida”. Lastimavelmente, há igrejas que não aprendem com os erros do passado. Acham que a solução está em buscar outros líderes disponíveis no “mercado religioso.”
Depois de algum tempo, o calor da labuta eclesial “derrete a maquiagem” da nova obreira. Torna-se notório que possui defeitos e talvez apresente alguns problemas bem maiores do que os que podem ser percebidos na jovem nascida e criada na igreja local. Ademais, ela não conhece a igreja, não absorveu a visão do corpo pela experiência, nem está inserida entranhadamente com os valores da comunidade. Alguns meses e muitos recursos despendidos depois, conclui-se que foi cometido um erro. A “mulher-maravilha australiana” foi um fiasco em seu ministério tupiniquim e deve ser “demitida”. Lastimavelmente, há igrejas que não aprendem com os erros do passado. Acham que a solução está em buscar outros líderes disponíveis no “mercado religioso.”
Tempo e seminários
Outro obstáculo ao investimento intramuros é o tempo. A produção de uma liderança local é mais demorada. Além disso, é possível ter que esperar quatro ou cinco anos para preparar alguém em um seminário, para que ele comece a assumir oficialmente aquela área de necessidade da igreja.
Há quem considere que todo novo líder deve fazer um curso formal de teologia; basta que alguém se destaque para que seja logo rotulado como alguém que precisa estudar em um seminário. Essa é uma característica do clericalismo que considera os “chamados” apenas como os ministros formados em seminários. Pessoas que não foram vocacionadas para o ministério pastoral e que poderiam desenvolver excelentes trabalhos, com cosmovisão e testemunho cristãos, nas áreas do jornalismo, direito, administração, publicidade ou educação, são encaminhadas para o estudo dos tempos verbais do grego, a biografia de Ambrósio de Antioquia ou os prolegômenos metafísicos de Aristóteles. Depois são “devolvidas” às igrejas, prontas a desenvolverem ministérios desastrosos e a assumirem, posteriormente, a bandeira da frustração.
Outro ponto de vista comum é que a preparação em um seminário denominacional é sempre a melhor opção de treinamento. Tal posicionamento decorre de alguns pressupostos. Primeiramente, há a ideia de que quem estuda em um seminário é mais ortodoxo, o estudo em uma instituição confessional previne contra a heresia. Isso seria verdadeiro se não pudesse ser verificado que alguns que cursam bons seminários abandonam a sã doutrina.
Um segundo pressuposto, que alimenta a ideia de que a formação em um seminário é sempre a melhor opção, é o de que a pessoa que estuda em um seminário exerce um ministério mais produtivo. Nem sempre. A pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Desenvolvimento de Igrejas, da Alemanha, mostra que 42% das igrejas que apresentam alta qualidade de ministério e que estão crescendo, não possuem pastor com curso teológico completo (SCHWARZ, 1996, p. 23). A capacitação para qualquer serviço na igreja provém, primeiramente, do Espírito Santo. Parece ser precipitado afirmar que um curso formal de teologia possa, por si só, definir a eficiência do ministério. Sem dúvida o seminário é valioso para os que desejam aprofundar-se nas matérias bíblicas, exegéticas, históricas e filosóficas. É bom poder estudar numa instituição que ofereça um currículo voltado para o conhecimento piedoso do saber teológico. No entanto, progride em teologia quem é pesquisador arguto, quem tem fome de leitura, quem corre atrás de informações continuamente, quem considera o estudo e a reflexão como atividades estimulantes e diárias.
Um terceiro pressuposto, que alimenta a ideia de que a formação em um seminário é sempre a melhor opção, é o de que a preparação do líder eclesiástico implica no estudo distante da igreja de origem. O processo envolve o isolamento do seminarista do serviço prático na igreja local, pelo menos durante o período de seu treinamento. “Seminarista”, então, dentro da concepção tradicional, é alguém que estuda longe da igreja, recebe ajuda para sua subsistência precária durante algum tempo, e aparece de vez em quando, nas férias, para visitar sua comunidade de origem. Nesse período, ele desvincula-se do corpo de Cristo, ministerialmente falando, para preparar-se. Não é difícil tal estudante ser convidado, e aceitar o convite, para trabalhar em uma igreja próxima do seminário; não é incomum que um seminarista realize trabalhos extras na proximidade do campus. A igreja local “viu nascer” a vocação ministerial, investiu recursos durante um certo tempo e, agora, o líder em potencial decide servir em outro lugar. A roda da preparação ministerial girou e a igreja continuou sem vislumbrar a multiplicação de sua liderança.
Um caminho recomendável para os que não foram chamados para o ministério ordenado da Palavra é investir no treinamento local e verificar, junto às instituições mais próximas da igreja, qual oferece um ensino que atenda às necessidades de formação no serviço específico que será desempenhado pelo líder em potencial. O novo líder é formado à medida em que recebe ministração de seus lideres eclesiásticos locais, obtém ferramentas nos cursos dos quais participa e aperfeiçoa o que aprende no serviço prático da comunidade. A pessoa vai estabelecendo sua liderança na medida em que é testada e aprimorada na rotina eclesial (1Tm 3.6-7, 10, 5.21).
Há quem considere que todo novo líder deve fazer um curso formal de teologia; basta que alguém se destaque para que seja logo rotulado como alguém que precisa estudar em um seminário. Essa é uma característica do clericalismo que considera os “chamados” apenas como os ministros formados em seminários. Pessoas que não foram vocacionadas para o ministério pastoral e que poderiam desenvolver excelentes trabalhos, com cosmovisão e testemunho cristãos, nas áreas do jornalismo, direito, administração, publicidade ou educação, são encaminhadas para o estudo dos tempos verbais do grego, a biografia de Ambrósio de Antioquia ou os prolegômenos metafísicos de Aristóteles. Depois são “devolvidas” às igrejas, prontas a desenvolverem ministérios desastrosos e a assumirem, posteriormente, a bandeira da frustração.
Outro ponto de vista comum é que a preparação em um seminário denominacional é sempre a melhor opção de treinamento. Tal posicionamento decorre de alguns pressupostos. Primeiramente, há a ideia de que quem estuda em um seminário é mais ortodoxo, o estudo em uma instituição confessional previne contra a heresia. Isso seria verdadeiro se não pudesse ser verificado que alguns que cursam bons seminários abandonam a sã doutrina.
Um segundo pressuposto, que alimenta a ideia de que a formação em um seminário é sempre a melhor opção, é o de que a pessoa que estuda em um seminário exerce um ministério mais produtivo. Nem sempre. A pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Desenvolvimento de Igrejas, da Alemanha, mostra que 42% das igrejas que apresentam alta qualidade de ministério e que estão crescendo, não possuem pastor com curso teológico completo (SCHWARZ, 1996, p. 23). A capacitação para qualquer serviço na igreja provém, primeiramente, do Espírito Santo. Parece ser precipitado afirmar que um curso formal de teologia possa, por si só, definir a eficiência do ministério. Sem dúvida o seminário é valioso para os que desejam aprofundar-se nas matérias bíblicas, exegéticas, históricas e filosóficas. É bom poder estudar numa instituição que ofereça um currículo voltado para o conhecimento piedoso do saber teológico. No entanto, progride em teologia quem é pesquisador arguto, quem tem fome de leitura, quem corre atrás de informações continuamente, quem considera o estudo e a reflexão como atividades estimulantes e diárias.
Um terceiro pressuposto, que alimenta a ideia de que a formação em um seminário é sempre a melhor opção, é o de que a preparação do líder eclesiástico implica no estudo distante da igreja de origem. O processo envolve o isolamento do seminarista do serviço prático na igreja local, pelo menos durante o período de seu treinamento. “Seminarista”, então, dentro da concepção tradicional, é alguém que estuda longe da igreja, recebe ajuda para sua subsistência precária durante algum tempo, e aparece de vez em quando, nas férias, para visitar sua comunidade de origem. Nesse período, ele desvincula-se do corpo de Cristo, ministerialmente falando, para preparar-se. Não é difícil tal estudante ser convidado, e aceitar o convite, para trabalhar em uma igreja próxima do seminário; não é incomum que um seminarista realize trabalhos extras na proximidade do campus. A igreja local “viu nascer” a vocação ministerial, investiu recursos durante um certo tempo e, agora, o líder em potencial decide servir em outro lugar. A roda da preparação ministerial girou e a igreja continuou sem vislumbrar a multiplicação de sua liderança.
Um caminho recomendável para os que não foram chamados para o ministério ordenado da Palavra é investir no treinamento local e verificar, junto às instituições mais próximas da igreja, qual oferece um ensino que atenda às necessidades de formação no serviço específico que será desempenhado pelo líder em potencial. O novo líder é formado à medida em que recebe ministração de seus lideres eclesiásticos locais, obtém ferramentas nos cursos dos quais participa e aperfeiçoa o que aprende no serviço prático da comunidade. A pessoa vai estabelecendo sua liderança na medida em que é testada e aprimorada na rotina eclesial (1Tm 3.6-7, 10, 5.21).
Seminários internos para novas lideranças
A Escritura enfatiza a formação através da experiência, no discipulado pessoal (2Tm 2.1-2). Deus concedeu os oficiais como um dom à igreja, com o objetivo de que estes treinem ao restante dos membros para o desempenho de seus serviços (Ef 4.7-12).
A necessidade de preparação
A igreja cristã nasce em um contexto judaico, que prima pela teologia. Seus integrantes de origem judaica têm uma sólida base doutrinária fundamentada no estudo da Tora, na sinagoga. O apóstolo Paulo é um erudito do Antigo Testamento, um fariseu treinado pelo mestre Gamaliel e um cidadão cosmopolita, dotado de amplo conhecimento da cultura grega e romana (At 22.3). Ao discursar aos areopagitas, ele cita poetas gregos, Epimênedes ou Cleantes e Arato (At 17.28 – EPIMÊNEDES, Cretica; CLEANTO, Hino a Zeus, 4; ARATO, Phaenomena, 5; cf. BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA, 2. ed. (BEG2), 2009, p. 1453). Ao escrever aos cristãos de Corinto, ele cita um provérbio grego, extraído de uma comédia de Menandro (1Co 15.33 – BEG2, p. 1529).
O Senhor Jesus Cristo movimenta-se em uma sociedade multifacetada, uma mescla das culturas grega, judaica e romana. Era comum aos palestinenses se articularem em mais de uma língua.
A sociedade judaica na Palestina do século I era trilíngue. Hebraico (o idioma da sinagoga e do Templo), aramaico (a língua tradicional do dia-a-dia) e grego (a língua erudita dos países a leste do Mediterrâneo, desde sua conquista pelos gregos) eram acessíveis a todos, nas formas falada e escrita (THIEDE; D’ANCONA, 1996, p. 179-180).
Jesus falava de modo comum o aramaico, e, como judeu, dominava o hebraico, língua na qual foram redigidas as Escrituras. Ele utilizava bem o grego (Mc 7.26, que pode ser traduzido como “e a mulher falava em grego”) e seu diálogo com Pilatos provavelmente foi em latim (THIEDE; D’ANCONA, op. cit., p. 182). Jesus não era rico, e, em todo o seu ministério esteve entre os pobres e simples. No entanto, ele era um homem de seu tempo, capaz de dialogar em vários ambientes e a partir de diversos paradigmas, em três ou quatro idiomas diferentes. Tanto ele como seus discípulos possuíam uma preparação adequada para o desenvolvimento de seus ministérios.
O Senhor Jesus Cristo movimenta-se em uma sociedade multifacetada, uma mescla das culturas grega, judaica e romana. Era comum aos palestinenses se articularem em mais de uma língua.
A sociedade judaica na Palestina do século I era trilíngue. Hebraico (o idioma da sinagoga e do Templo), aramaico (a língua tradicional do dia-a-dia) e grego (a língua erudita dos países a leste do Mediterrâneo, desde sua conquista pelos gregos) eram acessíveis a todos, nas formas falada e escrita (THIEDE; D’ANCONA, 1996, p. 179-180).
Jesus falava de modo comum o aramaico, e, como judeu, dominava o hebraico, língua na qual foram redigidas as Escrituras. Ele utilizava bem o grego (Mc 7.26, que pode ser traduzido como “e a mulher falava em grego”) e seu diálogo com Pilatos provavelmente foi em latim (THIEDE; D’ANCONA, op. cit., p. 182). Jesus não era rico, e, em todo o seu ministério esteve entre os pobres e simples. No entanto, ele era um homem de seu tempo, capaz de dialogar em vários ambientes e a partir de diversos paradigmas, em três ou quatro idiomas diferentes. Tanto ele como seus discípulos possuíam uma preparação adequada para o desenvolvimento de seus ministérios.
O modelo do NT: Líderes preparados
Segundo o Novo Testamento, líderes devem ser amadurecidos e preparados teológica, emocional e espiritualmente (At 6.3; 1Tm 4.13-16; 2Tm 2.15). Os crentes, como vimos acima, também devem ser auxiliados e treinados pela liderança, a fim de desempenharem suas tarefas (Ef 4.11-12). Independentemente das justificativas apresentadas, a igreja que não forma novos líderes e não investe na qualificação de cada cristão para o serviço está deixando de funcionar conforme a Palavra de Deus.
A criação de seminários locais
Uma solução para o problema é a criação de seminários ou cursos rápidos em cada igreja, dirigidos pela primeira liderança. Esses seminários devem ser o principal centro de formação de novos líderes. Isso é, sem dúvida, um desafio que envolve um maior desgaste por parte dos líderes atuais, mas que traz muitos resultados compensadores.
Inicialmente o pastor investe na formação da primeira liderança (líderes oficiais). Isso implica tanto no discipulado pessoal quanto no estabelecimento de um currículo e na elaboração de programas e materiais didáticos que permitam a multiplicação da capacitação. Em seguida, estende-se o ensino aos líderes departamentais. Isso pode exigir alguns anos, mas não existem atalhos para a formação de obreiros locais. Como cada líder é motivado a praticar imediatamente o que aprendeu, a igreja começa a ser aperfeiçoada imediatamente após o início do processo.
Com isso a igreja investe em pessoas conhecidas, movida pela convicção de que o Espírito Santo capacita, transforma e posiciona cada um no corpo, como lhe apraz (1Co 12.18). Ocorre valorização e abertura do ministério. O novo líder desenvolve-se dentro de um contexto de maturação e aprofundamento da visão local, o que reduz choques posteriores. A equipe do ministério passa a constituir-se, majoritariamente, de membros originados na comunidade, deixando de valorizar apenas os obreiros importados. A jovem nascida na igreja encontra, então, o seu lugar de serviço e pode trabalhar no poder do Espírito Santo, contribuindo para o crescimento natural do corpo de Cristo (Ef 4.16).
Inicialmente o pastor investe na formação da primeira liderança (líderes oficiais). Isso implica tanto no discipulado pessoal quanto no estabelecimento de um currículo e na elaboração de programas e materiais didáticos que permitam a multiplicação da capacitação. Em seguida, estende-se o ensino aos líderes departamentais. Isso pode exigir alguns anos, mas não existem atalhos para a formação de obreiros locais. Como cada líder é motivado a praticar imediatamente o que aprendeu, a igreja começa a ser aperfeiçoada imediatamente após o início do processo.
Com isso a igreja investe em pessoas conhecidas, movida pela convicção de que o Espírito Santo capacita, transforma e posiciona cada um no corpo, como lhe apraz (1Co 12.18). Ocorre valorização e abertura do ministério. O novo líder desenvolve-se dentro de um contexto de maturação e aprofundamento da visão local, o que reduz choques posteriores. A equipe do ministério passa a constituir-se, majoritariamente, de membros originados na comunidade, deixando de valorizar apenas os obreiros importados. A jovem nascida na igreja encontra, então, o seu lugar de serviço e pode trabalhar no poder do Espírito Santo, contribuindo para o crescimento natural do corpo de Cristo (Ef 4.16).
Conclusão
Ao vislumbrar as demandas do reino de Deus, o Senhor Jesus Cristo afirma que há muito trabalho a ser feito, mas existem poucos trabalhadores. Seus discípulos devem orar para que Deus chame mais obreiros para a seara (Mt 9.35-38). Em seu ministério terreno, o Senhor demonstra como produzir novos líderes. A igreja dos primórdios compreendeu o princípio e levou adiante a obra do Mestre.
Igrejas da atualidade podem multiplicar seus quadros de lideranças. O caminho é árduo, mas possível. O corpo de Cristo responderá ao empenho com saúde e crescimento.
Autor: Rev. Misael Nascimento
Via: GRITOS DE ALERTA / A SERVIÇO DO REI JESUS
Nenhum comentário:
Postar um comentário