quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Guerra espiritual na mente (parte II)

 




Na primeira parte desta mensagem , estudamos que nós somos os responsáveis por inclinar a nossa mente para as coisas da carne ou para as coisas do Espírito (Romanos 8:5-6). Vimos também que o ponto de partida para renovarmos nossa mente (Romanos 12:2) é começar a pensar como Jesus pensa. Isto somos nós que temos que fazer! É a nossa parte, e não a parte de Deus! Ele, através do Espírito Santo, nos dá a direção sempre.Porém, nós, de nosso livre arbítrio, temos que tomar a iniciativa de renovar nossa mente. Em Romanos 12:2, a Palavra não diz "e Deus transformará e renovará vossas mentes", mas diz "transformai-vos pela renovação da vossa mente". Quem tem que se transformar na mente somos nós!

Nesta segunda parte, veremos como Satanás se aproveita da situação e cria muralhas em volta de nossa mente. Veja o que a Palavra nos diz em 2 Coríntios 4:4:

"nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus."

Ao ler este versículo, ficam claras duas coisas:

  1. o diabo (deus deste mundo com "d" minúsculo) tem poder para cegar as mentes (entendimentos)
  2. ele cega o entendimento dos incrédulos

Só que o diabo tem poder também para cegar até os já crentes em Cristo, não só os incrédulos! Se dermos tal legalidade em nossas mentes o diabo pode e vai agir para cegá-la. Creio que você já deve ter visto aqueles casarões com muros altíssimos na entrada. O muro não tem outro objetivo senão não permitir que se enxergue o que está dentro da propriedade. Seu campo de visão fica limitado ao muro, mas nunca avança para depois dele. É exatamente assim que o diabo faz com a mente das pessoas: constrói muralhas em volta dela e a pessoa passa a não enxergar nada além desta muralha.

Há pouco, falei sobre dar legalidade em nossas mentes para Satanás atacá-la. Como isto ocorre? Para começar, sejamos equilibrados e não vamos dar "super-poderes" ao diabo. Deus é onisciente, o diabo não é. Ou seja, Deus sabe nossos pensamentos, mas o diabo não. Só como exemplo, entre muitas outras citações, Jesus disse que Deus Pai sabe tudo o que precisamos já de antemão, em Mateus 6:32:

"(Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso."

Então a grande pergunta é: como o diabo e seus demônios descobrem nossos pontos fracos na mente e nos ataca exatamente ali para nos enfraquecer, se ele não é onisciente? A coisa funciona mais ou menos assim: o diabo começa a buscar alguns padrões em nossos comportamentos de acordo com alguns estímulos. Estes estímulos são as setas que ele lança contra nós, por exemplo: uma angústia, uma tentação, um medo etc.

De acordo com a resposta obtida a este estímulo à nossa mente, ele descobre se aquele ponto em nós é fraco ou não. Um exemplo clássico: os demônios lançam uma seta de tentação a um homem crente, conhecedor da Palavra e casado: aparece uma moça bonita jogando todo charme a este homem, lá no seu ambiente de trabalho. Este homem tem basicamente duas alternativas: inclinar sua mente para se render ao charme da moça e cometer um adultério posteriormente, ou colocar em prática a orientação do Espírito Santo para resistir, ficar longe desta moça, pois afinal adúlterio é pecado e pode impedir que este homem entre no Reino de Deus (1 Coríntios 6:9 e Apocalipse 21:8). Veja que a decisão depende do livre arbítrio deste homem em sua mente. De acordo com a reação deste homem ao estímulo (seta) que o inimigo lança, o diabo sabe se continua atacando neste ponto da mente ou não. Agora o mais importante: O inimigo só terá uma resposta positiva se o homem permitir, ou seja, se ele dar legalidade ao inimigo para continuar. Satanás então descobre o ponto fraco e prende a mente deste homem com muralhas de adultério etc.

É uma espécie de "tentativa e erro" que o diabo faz até conseguir detectar os pontos fracos na mente de alguém. Só que Satanás mais acerta do que erra, porque ele é inteligente e sabe muito bem como detectar certos padrões nas mentes das pessoas que as estimulem a pecar.

Valnice Milhomens, em seu livro "Personalidades Restauradas"1, coloca uma ilustração muito interesante: podemos dizer que existem duas pessoas disputando nossa mente: uma está dentro de nós, que é o Espírito Santo. Outra é Satanás, que vem do lado de fora com suas setas. A Palavra também nos mostra que nós tomamos decisões para onde inclinamos nossa mente, em Efésios 2:3:

"entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais."

Com tudo isto, concluímos que a nossa mente, além de ser a morada de nossa alma, é também o campo de batalha. Lembre-se que, se você é de Cristo, o inimigo não pode tocar seu espírito então ele tenta tocar no seu corpo físico e na sua mente.

Outra grande pergunta fica no ar: como então evitar que estas setas atinjam nossa mente? Em primeiro lugar, o inimigo não vai se cansar de lançar setas contra nós, que somos de Cristo. A posição da igreja é e deve sempre ser oferecer resistência a Satanás e seus demônios (Tiago 4:7). Mas para isto deve haver sujeição a Deus, inclusive na nossa mente. Tudo começa em Romanos 12:2:

"E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."

Portanto, renovarmos nossa mente é preciso. A Palavra nos diz muito claramente em Marcos 12:30 que a nossa mente também deve amar a Deus:

"Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças."

O grande erro é que a maioria das pessoas acham que, ao se converterem a Cristo, suas mentes são imediatamente mudadas e nada mais precisa ser feito. Obviamente não é assim. Renovar a mente é um processo que pode durar muito ou pouco, dependendo de cada um. O Espírito Santo sempre nos ensinará a sujeição de nossa mente a Deus desde o momento em que somos feitos novas criaturas em Cristo. Só que muitos de nós simplesmente não aprendem, não enxergam ou não aceitam os ensinamentos do Espírito Santo e insistem em continuar a pensando, se comportando como antes. A mente ainda inclina para as coisas da carne.

O que ocorre muitas vezes é a passividade da mente. A pessoa se converte e acha que a mente agora não é mais do controle dela, mas de Deus. Querem ver um erro muito constante? A pessoa lê o que está em Romanos 8:37:

"Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou."

E então ela diz: Já sou mais que vencedor, não preciso fazer mais nada agora. É um erro porque alguém já viu vitória sem antes a luta? Alguém só é vencedor de algo que lutou e venceu. O versículo não afirma que não precisamos mais lutar, mas que precisamos lutar, porque em Cristo, certamente a vitória será nossa.

Uma pessoa com mente passiva é o que o diabo precisa porque ele poderá manipulá-la e controlá-la como bem quiser. Vou mais além: por que será que, em exercícios de yoga ou similares, a pessoa precisa recitar um mantra para esvaziar a mente? Romanos 12:2 não nos diz para esvaziar ou pôr nossa mente em passividade, mas nos instrui a renová-la enchendo-a de Cristo! Em outras palavras, domínio próprio é pré-requisito para renovar nossa mente e alinhá-la com a mente de Cristo (1 Coríntios 2:16).

Outra chave bíblica está em 2 Coríntios 10:3-5:

"Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas; derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo."

Aqui, Deus nos dá a instrução clara para libertar nossa mente do inimigo e prendê-la a Cristo. Nossas armas espirituais derrubam fortalezas inimigas, que são as muralhas em volta de nosso raciocínio. Que armas são estas? A Palavra de Deus, da qual deriva outras armas, como a oração e o louvor. Daqui concluímos que, quanto mais lemos e conhecemos a Palavra de Deus, mais oraremos e louvaremos com mais edificação e traremos o raciocínio (a mente) alinhada com a mente de Cristo.

A iniciativa parte de nós, como parte de nossa obediência ao Senhor. Deus nos quer por completo, e isto inclui nossa mente também. Um dia, o Senhor me pediu para consagrar toda minha mente, meu raciocínio a Ele e assim o fiz. Se você quer tomar a atitude de consagrar sua mente ao Senhor, para alinhar sua mente com a mente de Cristo, ore em voz alta o seguinte:

"Pai querido, em nome de Jesus venho na Tua presença. Senhor, sei que minha mente está sob o meu controle e quero Te pedir perdão pelas vezes que inclinei minha mente para as coisas da carne, mesmo sabendo dos Teus ensinamentos, os quais eu não atentei. O meu sincero desejo, Pai, é inclinar a minha mente para as coisas do Espírito. Então, quero agora consagrar toda minha mente e meus raciocínios a Ti, para que eu fique atento aos ensinamentos do Teu Santo Espírito e para que eu aja, não com passividade em minha mente, mas conforme meu livre arbítrio, de modo a alinhar minha mente com a mente de Cristo. Ajuda-me e ensina-me Senhor, a pensar do mesmo jeito que Jesus pensa e que isto reflita imediatamente no meu agir. Te peço e Te agradeço, em nome de Jesus Cristo."

A Paz do Senhor a todos!



Guerra espiritual na mente (parte III)


Amado irmão e amada irmã,

Na segunda parte desta mensagem, vimos alguns pontos importantíssimos que nos ajudam a identificar possíveis ataques do inimigo às nossas mentes. Um deles está em 2 Coríntios 4:4:

"nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus."

Ou seja, o diabo tem estratégias inteligentes de cegar nossas mentes baseando-se em nossa incredulidade. Outro ponto está no fato de muitas vezes o diabo e seus demônios descobrirem nossos pontos fracos na mente mesmo eles não sendo oniscientes. E finalmente, mostramos que as nossas armas espirituais destróem as muralhas inimigas em nossa mente quando alinhamos nossas mentes com a mente de Cristo. Está em 2 Coríntios 10:3-5:

"Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas; derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo."

Nesta terceira parte, falaremos do ponto máximo que uma batalha espiritual na mente pode chegar: quando a mente entra em conflito. Para falarmos sobre este conflito, começarei citando Romanos 3:23:

"pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus."

Aqui, o Espírito Santo de Deus nos alerta que a nossa natureza é pecaminosa. Em outras palavras, todos nós já nascemos no pecado. Resumidamente dizendo, desde que Adão e Eva pecaram em Gênesis 3, desobedecendo a Deus, deram legalidade ao diabo para que ele ingressasse livremente à terra com seus demônios. Adão e Eva literalmente entregaram este mundo nas mãos do dele. O próprio diabo ousadamente disse isto a Jesus em Lucas 4:5-6:

"O diabo o levou a um lugar alto e mostrou-lhe num relance todos os reinos do mundo. E lhe disse: Eu te darei toda a autoridade e esplendor deles, porque me foram dados e posso dá-los a quem quiser."

Foi para isto que veio Jesus, para destruir as obras do diabo (1 João 3:8). A natureza pecaminosa do homem era o teor da conversa que Jesus teve com Nicodemos, em João 3:3-6:

"Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito."

Jesus sabia muito bem da natureza pecaminosa do homem e alertou a Nicodemos que, para que pudéssemos voltar ao reino de Deus, teríamos que nascer no Espírito. Ou seja, Jesus disse a Nicodemos que aquele que não nasce de novo terá sempre a tendência a agir na carne e nunca no Espírito, porque esta será sua natureza.

A nossa mente natural age na carne e terá sempre esta tendência. Faz-se necessário então mudarmos esta característica cujo primeiro passo é nascer de novo, aceitando Jesus como Senhoir e Salvador (João 1:12). Somente assim, o Espírito Santo de Deus começará a agir em nós sempre no sentido de igualar nosso caráter ao caráter de Cristo, alinhando nossa mente com a de Cristo. Foi exatamente isto que Paulo escreveu em 1 Coríntios 2:14-16:

"Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, enquanto ele por ninguém é discernido. Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo."

Os passos seguintes são de nossa responsabilidade da aliança com Deus, em Jesus Cristo. Por mais que o Espírito Santo de Deus nos ajude a transformar nossa mente, nós temos livre arbítrio e nós somos os responsáveis por aceitar este aprendizado ou não. Se não aceitamos e somos teimosos, mesmo aceitando a Jesus em nossas vidas, não somos realmente transformados. Por isto vemos muitos irmãos em Cristo que alegam que nada mudou. A mudança começa em nossa mente!

Paulo, por exemplo, era um dos maiores perseguidores dos cristãos. Ao se converter, passou a amar e seguir a Cristo em espírito e em verdade. Ele assim expressou acerca de seu caráter antes da conversão em Gálatas 4:29:

"Mas, como naquele tempo o que nasceu segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim é também agora."

Será que foi num "passe de mágica" que Paulo se transformou em sua mente? Claro que não. Ele passou por todo um processo de transformação. E a maioria das pessoas não entendem que um processo demora tempo. Querem soluções imediatistas e quando não vêem resultados a curto prazo, se decepcionam e abandonam a igreja ou mesmo o evangelho.

Preste atenção nisto: toda aliança é um acordo entre duas partes. Na aliança com Deus em Jesus Cristo não é diferente. Deus sempre faz a parte Dele, mas nós também temos que fazer a nossa. Tomar iniciativa de mudar nossa mente, nosso caráter é a nossa parte da aliança.

É neste ponto que falhamos muitas vezes: ao cumprir com a nossa parte da aliança. Este é o ponto em que quero chegar: neste processo de renovação da nossa mente, muitas vezes teremos conflitos. Você com certeza brigará com seu "EU" muitas vezes, exatamente porque sua mente carnal tenderá para pensar conforme a carne e não conforme o Espírito. É aí que muitos param e desistem.

Ora, Deus procura homens e mulheres segundo Seu coração, como foi o caso de Davi. Davi errou muito. Ele matou, cometeu adultério. Veja que ele não foi nenhum super-herói e nem perfeito. Era como nós. Mas a diferença é que Davi jamais desistiu e continuou buscando a Deus, pedindo constantemente perdão a Ele, se arrependendo verdadeiramente do que fez e se submetendo novamente aos ensinamentos do Pai. E Deus jamais deixou de considerar Davi um homem segundo Seu coração (Atos 13:22). Vemos isto claramente em muitos de seus salmos. Deus espera esta atitude de nós, ou seja, que nos submetamos a Ele e aceitemos mudar conforme os Seus ensinamentos, para chegarmos o mais próximo possível do caráter de Cristo.

O conflito na mente é uma batalha seríssima e inevitavelmente nos veremos dentro dela mais cedo ou mais tarde. Como então podemos nos preparar para vencer esta batalha? Uma das chaves de vitória é a nossa , conforme está em 1 João 5:4-5:

"O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé. Quem é que vence o mundo? Somente aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus."

Para começar a vencer o mundo (a tendência de pensarmos na carne) é necessária uma fé inabalável. A fé inabalável é aquela que, mesmo quando caímos , não desanimamos e levantamos novamente para continuarmos nossa caminhada. É importante comentar aqui que existirão momentos em que temos que reconhecer onde erramos. Muitas vezes, enxergamos o diabo em tudo, como uma válvula de escape para não assumirmos que o erro é nosso, vem do nosso "EU", que é o responsável por determinados comportamentos pecaminosos. Se isto acontecer, seja humilde, reconheça isto diante de Deus e exponha a ferida para que Ele a cure.

Mas existem situações que realmente são ataques do exército de Satanás. O conflito na mente tende a escravizar alguém se nenhuma medida for tomada. Os versículos abaixo nos alertam disto:

  • Provérbios 5:22
    "Quanto ao ímpio, as suas próprias iniqüidades o prenderão, e pelas cordas do seu pecado será detido."
  • Gálatas 5:1
    "Para a liberdade Cristo nos libertou; permanecei, pois, firmes e não vos dobreis novamente a um jogo de escravidão."
  • João 8:32-34
    "e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aqule que comete pecado é escravo do pecado."

Alguns homens da Bíblia também passaram por situações de conflito na mente. Citarei três deles que nos ensinarão três lições importantes para vencermos o conflito na mente.

  • Josué

No capítulo 7 do livro de Josué, Josué e seu exército já haviam tomado a cidade de Jericó e se preparavam para atacar a próxima cidade Ai, seguindo estritamente as instruções de Deus. Eles atacaram Ai e foram derrotados pelos habitantes daquela cidade. Josué imediatamente entrou em conflito em sua mente, conforme Josué 7:7-9:

"E disse Josué: Ah, Senhor Deus! por que fizeste a este povo atravessar o Jordão, para nos entregares nas mãos dos amorreus, para nos fazeres perecer? Oxalá nos tivéssemos contentado em morarmos além do Jordão. Ah, Senhor! que direi, depois que Israel virou as costas diante dos seus inimigos? Pois os cananeus e todos os moradores da terra o ouvirão e, cercando-nos, exterminarão da terra o nosso nome; e então, que farás pelo teu grande nome?"

Josué fez a coisa certa: pediu discernimento a Deus do que estava acontecendo. Esta é a lição de Josué. Deus imediatamente respondeu a Josué em Josué 7:10-11:

"Respondeu o Senhor a Josué: Levanta-te! por que estás assim prostrado com o rosto em terra? Israel pecou; eles transgrediram o meu pacto que lhes tinha ordenado; tomaram do anátema, furtaram-no e, dissimulando, esconderam-no entre a sua bagagem."

Deus revelou que havia uma brecha pela qual o inimigo entrou. No caso, era uma capa babilônica que Acã havia roubado, desrespeitando as ordens de Deus. Peça discernimento a Deus do que pode estar acontecendo com você! O Espírito Santo de Deus lhe mostrará mais cedo ou mais tarde a causa de seu conflito.


Jó foi uma pessoa reta diante de Deus (Jó 1:1). Mesmo assim Satanás pediu permissão a Deus para atacá-lo e Deus a concedeu. Na primeira provação que Jó passou (perda dos filhos e dos bens), ele permaneceu firme (Jó 1:20-22):

"Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor. Em tudo isso Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma."

Em sua segunda provação (úlceras), ele também permaneceu firme, mas perceba um detalhe: a própria esposa de Jó começou a lhe falar bobagens ao ouvido (Jó 2:9-11):

"Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua integridade? Blasfema de Deus, e morre. Mas ele lhe disse: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos de Deus o bem, e não receberemos o mal? Em tudo isso não pecou Jó com os seus lábios."

Mais adiante, chegam os supostos amigos de Jó (Elifaz, Zofar e Bildade) que tiveram dois comportamentos nada amistosos:

  1. Ficaram sete dias apenas olhando para Jó sem dizer uma palavra: isto obviamente incomodou muito a Jó, que ficou impaciente e começou a se amaldiçoar e murmurar, a partir do capítulo 3
  2. Literalmente diziam a Jó que sua situação ocorreu porque ele pecou contra Deus: uma grande mentira, pois Jó era reto diante de Deus (Jó 1:1). Estes "amigos" foram usados por Satanás para falarem mais bobagens ao ouvido de Jó, confundindo-o. O livro de Jó transcorre, a partir daí, dentro deste mesmo cenário.

Jó acaba por dar ouvidos a tanta bobagem dita a ele e continua a se amaldiçoar. Até que Deus se revela em Jó 41 e o conforta. Mesmo diante de situações de conflito na mente, não dê ouvidos a bobagens! Isto é arma do inimigo para tentar vencer a batalha espiritual na nossa mente.

Deus repreendeu os amigos de Jó em Jó 42:7 e restaurou tudo em dobro a Jó. Veja que a razão de tanta reclamação de Jó não foi em si a situação que ele passou, mas as bobagens que ele escutou ao longo de seu conflito.

  • Paulo

Paulo também passou por conflitos na mente. ele lutava contra si mesmo para vencer a tendência da sua mente na carne. Está em Romanos 7:18-23:

"Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está. Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros."

O guerra espiritual na mente não era exclusividade nossa. Paulo também tinha esta guerra. O que Paulo nos passa de lição é termos domínio próprio, isto é, termos a iniciativa de lutar e vencer pensamentos e tendências pecaminosas. Volto a dizer que é um processo que pode demorar tempo. A guerra pode não terminar logo, mas nunca podemos desistir. Jesus jamais nos deixou sós nesta luta. Ele mesmo disse o seguinte em João 8:36:

"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres."

Deixe o Espírito Santo falar com você e lhe ensinar! Não seja resistente ao Espírito! Aceite a transformação na sua mente que ele quer propor a você. Um discípulo de Jesus tem que ter o mesmo caráter Dele! Judas Iscariotes não tinha este caráter e todos sabem o que aconteceu com ele!

Termino esta mensagem dizendo que o Espírito Santo ajudará você a libertar sua mente de conflitos e vencer sua batalha!

  • 2 Coríntios 3:17
    "Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade."

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